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terça-feira, 27 de novembro de 2018

Exército Brasileiro realiza solenidade em memória aos que faleceram durante a Intentona Comunista


Agência Verde Oliva_ Centro de Comunicação  do Exército Brasileiro
São Paulo (SP) – O Comando Militar do Sudeste (CMSE) realizou, no dia 27 de novembro, uma solenidade em memória ao que faleceram durante a Intentona Comunista, luta fratricida que ocorreu nas cidades de Natal (RN), Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ), em 1935.
A cerimônia ocorreu na Base de Administração e Apoio do Ibirapuera, em São Paulo (SP), e foi presidida pelo Comandante Militar do Sudeste, General de Exército Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira.
O Curso de Artilharia do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de São Paulo (CPOR/SP) realizou uma salva de oito tiros de obuseiro, e a tropa, composta pela Marinha do Brasil, pelo Exército Brasileiro, pela Força Aérea Brasileira e pela Polícia Militar do Estado de São Paulo, entoou a canção Fibra de Herói.
Estiveram presentes na formatura o General de Divisão Adalmir Manoel Domingos, Comandante da 2ª Região Militar; o General de Divisão Marco Antônio Tilscher Saraiva, antigo Comandante da 2ª Divisão de Exército; o General de Divisão Antonino dos Santos Guerra Neto, antigo Comandante da 2ª Região Militar; outros oficiais-generais da ativa e da reserva; o Brigadeiro do Ar Ivo de Almeida Prado Xavier, Vice-Presidente do Círculo Militar de São Paulo; o Secretário da Segurança Pública de São Paulo, Dr Mágino Alves Barbosa Filho; o Coronel PM Marcelo Vieira Salles, Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo; e o Coronel PM Paulo Adriano Lopes Lucinda Telhada, Deputado Estadual.



segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Exército Brasileiro na semana da criança promoveu diversas atividade em escolas públicas distribuindo 850 exemplares da revista em quadrinhos Recrutinha

 
Brasil!

Sant’Ana do Livramento (RS) – A fim de comemorar a Semana da Criança, a 2ª Bateria de Artilharia Antiaérea (2ª Bia AAAe), no período de 8 a 13 de outubro, promoveu diversas atividades alusivas à referida semana.
Foram distribuídos 850 (oitocentos e cinquenta) exemplares da Revista em quadrinhos do Exército, “Recrutinha”, para as Escolas Municipais de Educação Infantil Joca Paiva, Dudu, Bem Querer, Fofolete e, também, para uma turma do 3º ano da Escola Estadual General Neto.

Na manhã do dia 11 de outubro, foi ministrada pelo Chefe da Seção de Comunicação Social, 2º Tenente Lauro Luis Mello da Rosa, uma palestra sobre “Civismo e Sistema Colégio Militar do Brasil” para os alunos do 5º ao 9º ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental Camilo Alves Gisler.
Encerrando a programação, no dia 13 de outubro, foram realizadas uma visitação ao aquartelamento, pelo Congresso de crianças e pré-adolescentes da Igreja Metodista Wesleyana de Sant’Ana do Livramento e, na sequência, atividades recreativas no Estádio Marechal Eurico Gaspar Dutra, organizadas pela própria Igreja, com o tema “Tropa de Cristo”. 

Exército Brasileiro e líderes de missões de alto risco na África integram Workshop de Segurança dos Peacekeepers da ONU

Agência Verde Oliva_Centro de Comunicação Social Exército Brasileiro

Entebe (Uganda) – O General de Divisão Elias Rodrigues Martins Filho, Force Commander da Missão de Estabilização das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO), participou do workshop sobre o tema “Melhorando a Segurança dos Peacekeepers”, no período de 12 a 14 de outubro, em Entebe, Uganda. A atividade, organizada pelo Departamento de Operações de Manutenção da Paz e pelo Departamento de Apoio de Campo da Organização das Nações Unidas (ONU), reuniu representantes de cinco missões de alto risco da ONU na África: MINUSCA (República Centro Africana), MINUSMA (Mali), UNMISS (Sudão do Sul), UNAMID (região do Darfur, Sudão) e MONUSCO.
A atividade decorre das recomendações contidas no Relatório Santos Cruz, de autoria do General de Divisão Carlos Alberto dos Santos Cruz, que visa a reduzir mortes e feridos entre peacekeepers devido a atos de violência nas missões de paz.
O workshop foi composto por sessões plenárias e discussões em grupos temáticos onde foram tratadas questões comuns às Missões, como Planejamento, Integração e Coordenação; Segurança Individual e Coletiva; Prontidão Operacional; Gerenciamento de Desempenho; e Liderança.
O General Elias apresentou as lições aprendidas, as melhores práticas e os desafios enfrentados pelo componente militar da MONUSCO na implementação dessas recomendações, compartilhando as medidas que resultaram na redução drástica de baixas nas tropas dedicadas à proteção de civis e à neutralização de grupos armados que hostilizam a população do Congo.
 

 


Exército Brasileiro _ A função interacional dos brados de guerra

Texto da TC QCO Daniela Bruno Corbari Corrêa
 Existe uma prática comunicativa bastante comum entre militares de Forças Armadas de diversos países do mundo. A mesma prática é verdadeira no Exército Brasileiro: a utilização de brados de guerra durante os intercâmbios interacionais.
Inúmeros brados são adotados na caserna. A adoção destes ou daqueles, a meu ver, nada tem de arbitrária, dependendo, entre outros aspectos, da identidade do grupo que os usa. Há brados característicos dos integrantes de determinadas tropas, como a de montanha, por exemplo. Algumas organizações militares, assim como as unidades subordinadas ao Comando Militar da Amazônia; a Brigada de Infantaria Pára-quedista, no Rio de Janeiro; os Regimentos e Esquadrões de Cavalaria por todo o Brasil; o Comando de Operações Especiais, em Goiânia, entre outros, adotam seus brados característicos, que, com o passar dos anos, tornam-se parte das tradições e até mesmo da história de cada organização militar.
Tomemos como exemplo o brado “BRASIL”. Ele é usado em inúmeras situações interacionais, parecendo “substituir” uma fala menos opaca, aparentemente mais lógica ou compreensível aos que não fazem parte do grupo.
“BRASIL!” é enunciado em cumprimentos entre militares do tipo “Bom dia”, “Boa tarde”. Igualmente parece ser usado no lugar de “Obrigada”, “De nada”, “Vamos lá!”, “Força!”, “Ânimo”, “Sim, senhor”, “Não, senhor”, “Estou bem”, “Estou mal”, “BRASIL!”. O mesmo brado faz-se ouvir também como resposta a qualquer ordem recebida (“Tenente, reúna todos os homens do seu pelotão e cerre comigo em 5 minutos”), além de ser proferido como exclamações mediante fatos e acontecimentos surpreendentes, positivos ou não (“FO negativo pra você!”). “BRASIL!” poderia ser proferido e “entendido” tanto como pronta resposta a uma ordem, quanto como resposta a uma simples colocação em uma conversa entre pares, do tipo expressão de contentamento ou descontentamento, para concordar ou discordar, repreender, gratificar, elogiar, para conferir um tom jocoso ou um tom sério à interação.
Enfim, parafraseando o filósofo Derrida, quando se referia à desconstrução (“Desconstrução é tudo”): “BRASIL!” é tudo.
Atentemos, porém, para um intrigante “senão” cético que ameaça a legitimidade dos brados de guerra da caserna. Já que a mesma forma de expressão pode ser proferida em uma infinidade de situações interacionais, tomando significados por vezes antagônicos, é seguro que justamente em interações baseadas nos pilares da hierarquia e da disciplina, em que impera a certeza da verdade, fiar-se no brado? O brado realmente funciona nas interações mesmo com todo o deslizamento de sentido que oferece dadas as diferentes e contraditórias situações em que é empregado? Eles constroem verdades, mundos e identidades ou apenas denotam o enfeitiçamento do qual a linguagem é capaz? Não seria o brado uma ilusão para conferir identidade a quem o usa?
Em artigo com o mesmo título do texto deste blog, ofereço um estudo detalhado do caso das interações com brados de guerra. Nele, examinei a dicotomia entre o pensamento cético e o pensamento essencialista sobre a linguagem, buscando, em Wittgenstein, uma perspectiva alternativa que permita superar essa oposição binária. A íntegra do artigo poderá ser consultada tão logo seja publicada em periódico da AMAN. Por hora, ofereço o texto sobre o qual meu leitor se debruça.
O ceticismo linguístico é a descrença na potência da linguagem como um lugar de compreensão. Diferentemente da ideia dos filósofos essencialistas, o ceticismo linguístico postula que a linguagem não se presta a dizer nem o real nem a verdade, já que sobre “real” e “verdade” também paira a dúvida cética. Posto que a descrença na potência da linguagem como lugar para a compreensão tem sido, ao longo da história, uma sombra nos espectros epistemológico e ontológico de “certezas”, volto ao estudo de caso em questão.
Ao observar mais atentamente as interações nas quais o brado de guerra é enunciado, tal discussão faz-se bastante oportuna. Sendo tão fluido a ponto de adaptar-se a enquadres antagônicos, qual fosse líquido ou gasoso, o “poder de fogo” comunicativo do brado de guerra pode denunciar a desconfiança em relação à linguagem, trazendo tal dúvida às trincheiras deste trabalho. Assim, respeito a posição do cético e, para não ocorrer em argumentos que trivializam esta posição, ofereço a seguir uma leitura cética do caso que estudo.
Parafraseando Oswaldo Porchat, ao duvidar dos discursos das filosofias, é natural, então, que eu seja tentada a ver nessas interações com brados de guerra meros jogos de palavras, jogos engenhosos e complicados, mas que, uma vez analisados, não posso mais levar a sério. Brados de guerra seriam brinquedos com a linguagem usados por pessoas enfeitiçadas e seduzidas pela ilusão que tais brinquedos criam.
Na visão do cético, as interações com brados de guerra constituem “o teatro do parecer ser” proporcionado pelo feitiço que a palavra evoca. Qualquer sentido que o brado pudesse trazer seria aparência, ilusão de comunicação, compreensão ou entendimento. Esta peça teatral encenaria um mundo, de acordo com Montaigne, em “Apologia a Raymond Sebond”, criando uma espécie de redoma. Segundo este filósofo, a verdade (e também a verdade do brado) estaria muito distante e nosso conhecimento acerca dela estaria submetido à fragilidade dos nossos sentidos e paixões.
Como confiar na verdade evocada por um brado de guerra que ao ser enunciado traz consigo as almas apaixonadas dos que o pronunciam, pessoas iludidas por seus próprios sentidos? Que razão, afinal, podem oferecer interações mediadas pelos sentidos e pelas emoções humanas?
A posição cética gera, assim, verdadeiro terror. Aceitá-la placidamente na contemporaneidade, momento em que a linguagem é o alvo desta artilharia de dúvidas, seria o mesmo que nos perder na deriva interpretativa da literatura, de tudo o que é escrito ou falado. A deriva interpretativa levaria também ao relativismo moral, uma vez que não haveria crédito para a interpretação de leis ou códigos de conduta. Na filosofia da ciência, observaríamos a precariedade da verdade científica. Na teoria antropológica, as dúvidas sobre o que vem a ser uma cultura impediriam qualquer estudo de ser realizado. O cético gera o caos.
Certo é, porém, que o brado funciona, sim! O brado tem valor real nas interações entre militares. Proponho aqui uma visão sinóptica da linguagem, isto é, ao estudar as interações entre militares com atenção aos brados de guerra por eles enunciados, todas as respostas de que preciso para entender o que se passa só poderão ser encontradas na interação em si. Nada precisa ser buscado fora do jogo, pois nada existe que não no jogo.
Qual um jogo, a linguagem da caserna também possui regras constitutivas. Regras interacionais, regras da conversação, culturalmente combinadas, contextuais e situadas. As possibilidades de utilização do brado “BRASIL!” são infinitas, porém, devem obedecer a uma regra conversacional para que possam fazer sentido. Uma vez capaz de usar o brado em uma interação, são sabidas as regras e já se compreende todo o sistema, isso porque os jogos de linguagem estão imersos em nossa forma de vida. As formas de vida são as práticas de uma determinada comunidade linguística, como é o caso da comunidade formada por militares de um mesmo quartel, que conseguem se comunicar e dar novos lances nos jogos de linguagem combinados no fluxo da vida de suas comunidades interpretativas.
O que se vê é que os brados de guerra funcionam nos jogos de linguagem em que são empregados. Nesta comunidade interpretativa, a caserna, os brados soam pertinentes e fazem sentido para aqueles que os proferem envolvidos nas interações.
Os membros da caserna parecem se entender, ou parecem interpretar, sem maiores dificuldades, o significado do brado em suas infinitas possibilidades de enunciação, prosseguindo na interação, sendo capazes de dar o outro lance neste jogo de linguagem. O brado, ainda que seu sentido seja deslizante, fluido ou mutante, funciona em qualquer interação, confere identidade, sensação de pertencimento, reforça e mantém laços e espírito de corpo, condição fundamental para a sobrevivência de qualquer instituição cujos pilares baseiam-se em valores socialmente construídos. O signo linguístico, no corpo do brado de guerra, faz reverberar a ideologia institucional. Funciona como catarse em momentos de vibração da tropa. Ressoa imputando valores e qualidades a quem o pronuncia. A enunciação do brado traz consigo uma realidade ideológica que não pode calar, que exige ser ouvida. O brado religa visões de mundo, consciências, ideologias, identidades; religa também as partes constituintes de organizações socioculturais, estruturações político-econômicas, modos de vida e sistemas pedagógicos. Por ser signo, o brado constitui um instrumento racional e vivo da sociedade em foco, é epifania ideológica cada vez que é pronunciado.
Brados de guerra proporcionam, no mínimo, trocas interacionais, construindo pontes interpessoais valiosas entre comandantes e comandados, entre pares. O Brado é uma ferramenta linguistica a ser empregada de forma perspicaz pelo líder. Brado, logo existo! Brados, assim entendidos, livram-nos de um solipsismo que abriria abismos epistemológicos e ontológicos. E isso já seria o bastante quando o que se pretendia investigar era a potência da linguagem como lugar para o entendimento. Afinal, ceticismo em excesso também é uma forma de crendice. Como diria Wittgenstein, há que se chegar à rocha dura.
“BRASIL!”
 TC Daniela Bruno Corbari Corrêa é da turma de 1993 da EsAEx. Atualmente servindo na AMAN, na Seção de Pesquisa Acadêmica e Doutrina. É Doutora em Linguística pela PUC-Rio (2010), com a tese: "Brasil acima de tudo! Narrativa e Construção de Identidades; o Combatente Paraquedista do Exército Brasileiro. É Mestre em Linguística pela PUC-Rio (2005), com a dissertação:"Discurso Pedagógico, Prática de significação Ideológica: Uma visão da Construção de identidade em Contexto Educacional Militar". Possui pós-graduação em Língua Inglesa, pela Universidade de Taubaté (2000), em Didática do Ensino Superior, pela Faculdade Dom Bosco (1998) e em Psicopedagogia pela UFRJ (1999). Organizações Militares em que já serviu: AMAN; IME; CMB; Escola de Idiomas das Forças Armadas Canadenses, Base Borden, Ontário, onde foi professora; e Base Saint-Jean, Quebec, onde exerceu a função de especialista em desenvolvimento de currículo para o ensino de Língua Inglesa para Estrangeiros.

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Autor de “Recrutinha”, publicação voltada para o público infantojuvenil do Exército Brasileiro, visita Colégio Militar de Brasília



Agência Verde Oliva_ Centro de Comunicação do Exército Brasileiro
Brasília (DF) – No dia 10 de outubro, o Colégio Militar de Brasília (CMB) recebeu o ilustrador e autor do Recrutinha, Luiz Fernando Vieira. O desenhista conversou com os alunos do 6º ano sobre o início do processo de criação e desenvolvimento dos quadrinhos, respondeu às perguntas das crianças e apresentou os jogos do personagem, disponíveis no site do Exército e na forma de aplicativos para celular. O bate-papo marcou a semana em que a publicação completa 18 anos.
Para o Aluno Felipe Barros, a palestra foi bem produtiva: “o mais legal foi conhecer o Recrutinha, não o tinha visto de perto. Gosto muito das falas do personagem”. Para o Professor de Português do Colégio, Gênesis Joaquim Juscelino, trata-se de uma excelente oportunidade: “é uma felicidade muito grande, pois estamos trabalhando as histórias em quadrinhos e, conhecer de perto a criação e o personagem, é uma oportunidade maravilhosa que o Colégio Militar de Brasília recebe neste momento”.
“É uma surpresa, uma maravilha, pois a gente fica nos bastidores desenhando e não tem a noção do alcance que o resultado tem. É uma satisfação e eu tenho que me segurar para não me emocionar, porque o carinho das crianças é muito grande e o sucesso do personagem também”, disse Luiz Fernando.
 

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Centro de Instrução de Operações na Caatinga conclui formação de mais uma turma de militares combatentes

Agência Verde Oliva

Petrolina (PE) – Durante o mês de agosto, foram realizados os mais recentes turnos do Estágio de Adaptação à Caatinga (EAC) e do Estágio de Adaptação e Operações na Caatinga (EAOC), conduzidas pelo Centro de Instrução de Operações na Caatinga (CIOpC), fração orgânica do 72º Batalhão de Infantaria Motorizado (72º BI Mtz), situado na cidade de Petrolina, no Sertão de Pernambuco.
Os estágios objetivam a preparação do combatente para atuação no ambiente operacional de Caatinga, além de permitir a melhor adaptação de militares transferidos a quartéis sediados em regiões semiáridas.
Estágio de Adaptação à Caatinga (EAC) e do Estágio de Adaptação e Operações na Caatinga (EAOC)


O EAC tem duração de uma semana, enquanto o EAOC é desenvolvido em duas semanas. As instruções ocorrem no Campo de Instrução Fazenda Tanque do Ferro (CIFTF), com mais de 2.800 hectares de Caatinga preservada, situado próximo à localidade de Jutaí, a 110 km distante de Petrolina. Também são realizadas atividades no Parque Zoobotânico da Caatinga, dentro da área do 72º BI Mtz, onde os estagiários aprendem noções a fauna e flora locais.
Os instruendos passam por um rigoroso processo de aprendizagem, realizado em um dos locais mais desafiadores e inóspitos do mundo. O clima inclemente, a vegetação espinhosa, o terreno árido e pedregoso e a escassez de água levam o combatente ao limite de sua capacidade física e psicológica. O treinamento especial para superar tantas adversidades desse ambiente operacional, fazem do combatente de Caatinga um militar diferenciado.
O Comandante do 72º BI Mtz, Tenente-Coronel Antonio Anísio Oliveira Leite, enfatiza o fato de os militares que desenvolvem a doutrina de operações na Caatinga serem os mesmos que ministram as instruções aos estagiários, uniformizando técnicas e procedimentos. "O CIOpC é de suma importância para o Batalhão. Além de preparar o nosso próprio efetivo, também instruímos anualmente militares de tropas especializadas, particularmente da Brigada Paraquedista e Brigada Leve", acrescenta.
São realizados de 12 a 14 estágios por ano, formando mais de 400 combatentes. O Instrutor-Chefe do CIOpC, Major Leonardo Sampaio Leite, destaca a importância de a maior parte das instruções ocorrerem na Fazenda Tanque do Ferro. "Trata-se de um grande meio contribuinte no processo ensino-aprendizagem, por ter uma imensa área do bioma Caatinga preservado. Dessa forma, as atividades são desenvolvidas mais próximas da realidade, otimizando a formação militar", justifica.

Histórico
Os primeiros movimentos para a criação do Estágio de Caatinga foram dados em 1984. No ano seguinte, ocorreu o primeiro Estágio de Operações na Caatinga, com uma semana de duração. Já em 1996, após uma série de trocas de experiências, aconteceu o primeiro Estágio de Adaptação e Operações na Caatinga, com duração de duas semanas, nos moldes do que ocorre atualmente. Por fim, uma Portaria do Estado-Maior do Exército, de 21 de dezembro de 2005, estabeleceu as diretrizes para a implantação do CIOpC, importante passo para o aprimoramento da doutrina de formação do combatente de Caatinga.
 
 
 

sábado, 18 de agosto de 2018

A logística na Amazônia Ocidental e a difícil missão de suprir os mais de 20.000 militares da região

Agência Verde Oliva/ Comunicação do Exército Brasileiro

Manaus (AM) – O Exército Brasileiro cumpre, na área do Comando Militar da Amazônia (CMA), a árdua missão de suprir, em Classe I, cerca de 20.000 homens e mulheres que servem na região, mantendo-os em condições de contribuir para a manutenção da soberania nacional, por meio da defesa diuturna de nossas fronteiras.
A estrutura logística do Exército Brasileiro prevê diversas classes de suprimento. Uma delas é a Classe I, que corresponde aos gêneros necessários à alimentação do pessoal militar, englobando os perecíveis, não perecíveis e rações operacionais. Na área do CMA, a logística do suprimento Classe I é gerenciada pela 12ª Região Militar (12ª RM), com o apoio do 12º Batalhão de Suprimento (12º B Sup), órgão provedor da área da Amazônia Ocidental.
Para que todos os integrantes do CMA recebam os alimentos, de maneira adequada e oportuna, é necessário que o suprimento passe por um ciclo composto pelas fases de aquisição, recebimento, armazenamento e distribuição.
Conheça as fases que compõem o ciclo de abastecimento
A fase de aquisição inicia-se com a estimativa das necessidades de suprimento Classe I feita anualmente pelo órgão provedor, por meio da documentação rotineiramente enviada pelas Unidades apoiadas, demonstrando seu consumo de gêneros alimentícios. Com base no Catálogo de Especificações dos Artigos de Subsistência (CEAS), o 12º B Sup envia a relação de itens e a estimativa de quantidades à 12ª RM, que dá início ao processo licitatório, resultando na efetiva compra e definição do cronograma de entrega.
A fase de recebimento tem início quando o órgão provedor, após tomar conhecimento dos contratos firmados pela 12ª RM, passa a realizar os agendamentos das entregas junto aos fornecedores. Porém, o material só poderá ser recebido após rigorosa análise qualitativa realizada pelo Laboratório de Inspeção de Alimentos e Bromatologia (LIAB), sendo o processo acompanhado por um representante da empresa fornecedora do insumo. Não havendo alterações na qualidade do gênero, tampouco na parte fiscal, o material é considerado recebido.
O armazenamento é feito nos depósitos do 12º B Sup, que são mantidos em condições adequadas de temperatura e umidade. Também há a preocupação com o controle de pragas, que é realizado por empresa especializada, prevenindo os estoques contra contaminação e perdas de material.
A última fase é a distribuição, que fará o suprimento chegar às Unidades apoiadas. Tendo em vista a complexidade geográfica da região amazônica, é necessário utilizar os três modais para transporte do suprimento: rodoviário, fluvial e aéreo; tudo mediante um planejamento conjunto detalhado, composto de reuniões, videoconferências e outras coordenações necessárias.
O modal rodoviário é executado com os próprios meios de transporte do 12º B Sup, o fluvial é conduzido por meio do Centro de Embarcações do Comando Militar da Amazônia (CECMA) e o aéreo é realizado pela Força Aérea Brasileira, especialmente para levar o suprimento das sedes das guarnições para os seus Pelotões Especiais de Fronteira (PEF). Esses Pelotões ficam localizados em regiões inóspitas, na fronteira brasileira, e, em grande parte, não possuem acesso por estradas nem por rios, dependendo exclusivamente do apoio aéreo para sua subsistência.
Dessa forma, os mais de 20.000 homens e mulheres, independente em qual área da Amazônia Ocidental estejam atuando, receberão o devido suporte em termos de suprimento para, com isso, poder melhor desempenhar sua função, especialmente, na defesa da fronteira brasileira e manutenção da soberania nacional.
Exército Brasileiro_ 12ª RM


 

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