Militares que prestam serviços nas Bases Comunitárias Móveis sofrem com falta de estrutura em Montes Claros

Créditos Diana Maia

Diana Maia_ Blog Jornalismo Imparcial
Montes Claros/MG_ Com a desativação dos Pelotões da PM em Montes Claros, que foram substituídos por Bases Comunitárias  Móveis,  militares, sem uma estrutura adequada, estão desmotivados  em trabalhar nas Bases Móveis, desencadeando ansiedade e depressão.
As Bases Móveis por ser um local muito pequeno, com a chegada do verão, aumenta a sensação térmica, prejudicando a saúde do militar, que de acordo com os apetrechos que carregam em média 12 a 15 quilos, termina comprometendo a qualidade de vida,  alguns já com problemas na coluna e o psicológico abalado e desmotivado.
Militares que preferem não se identificar com medo de represálias, relataram que a falta de estrutura das Bases Móveis, dificulta a vida da população na hora da confecção do REDS, antigo (BO).Em muitos casos a população até desiste de fazer o REDS, por ter que se deslocar para outra unidade, devido a falta de Wi-fi na Base.
O Blog Jornalismo Imparcial, visitou duas principais unidades de Montes Claros, onde presenciamos as dificuldade dos militares, no momento que a população recorria até a Base para relatar casos de furtos, e violência doméstica, não tinha viaturas para dar apoio ao militar.
Na Base Móvel, da Avenida João XXIII, localizada próximo ao Hospital Aroldo Tourinho, no bairro Edgar Pereira, sem modem, o profissional  pediu gentilmente para que os solicitantes se deslocassem para a Unidade Central, localizada na Praça Dr.Carlos.
A única  Wi-fi que temos é emprestada de uma padaria localizada nas proximidades.

"Pela falta de internet, a população precisa  recorrer a outra Base, o que dificulta e muito a elucidação de algumas ocorrências devido a demora, é difícil" informou um militar.
Já no bairro Cidade Nova, a queda de energia  na parte elétrica da Base Móvel, foi o motivo para encaminhar os solicitantes que precisavam registrar  REDS.
Outra reivindicação dos militares, que trabalham nas Bases, é falta de acomodações adequadas para sua higiene física e espaço para fazer uma refeição, comprometendo a sua saúde.
"Muitas vezes ficamos hora com fome e sem poder ir ao banheiro, pois não a profissionais para render, alguns  foram para reserva e sem efetivação de novos militares, aumenta o trabalho, a lei prevê 40 horas semanais.Precisamos de ajuda psicológica, há profissionais doentes ao ponto de surtar, precisamos do apoio da sociedade e acima de tudo do governo para prestarmos um bom serviço", informou nossa fonte.

Na unidade Móvel da Avenida João XXIII, o militar usa o banheiro público do hospital, sem privacidade alguma e sem armários, não há um local adequado para colocar sua mochila.
"Moça, no banheiro se ajeita como pode, ficamos vulnerável a  doenças contagiosas, uma vez que várias pessoas doentes procuram a unidade hospitalar," informou um militar.
Em contato com o Hospital Aroldo Tourinho, sobre a utilização do banheiro, pelos militares,  não houve um pronunciamento oficial pela assessoria de imprensa.
O Blog Jornalismo Imparcial em entrevista  com o Secretário de Segurança do Estado de Minas Gerais, o General Mário Araújo, que estava neste final de semana no município de Montes Claros, informou,  que já está ciente das dificuldade dos militares, e que tudo que for para apoiar as estruturas que trouxeram verdadeiro benefício aos indicadores e segurança a população será feito."Eu tomei conhecimento recentemente no Norte de Minas Gerais, dessas dificuldades, vou conversar com o Coronel Geovane, que é o Comandante Geral, e relatar esses fatos que a senhora está me relatando, a questão do sinal da internet, do próprio conforto pessoal do militar, vou relatar isso para o nosso comandante e providenciar o melhor para os nossos homens que atuam na segurança da nossa sociedade".

General Mário Araújo_ Secretário de Segurança Pública do Estado de Minas Gerais.

O Blog Jornalismo Imparcial é um canal independente, que busca levar a baila os fatos sem cunho político, apoiando sempre a classe de segurança pública, amigos parceiros, que defendem  a sociedade Mineira.
A estes grandes profissionais que vestem a farda na alma  o nosso Respeito e Apoio!

Estado de Minas Gerais cria conselho para consultas, sugestões e acompanhamento de ações de Segurança Pública

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, assinou na sexta-feira (6/9), o Decreto nº 47.708, que dispõe sobre a criação do Conselho Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (CESPDS-MG). O órgão colegiado é permanente e integrante da área de competência da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e, também, do Sistema Único de Segurança Pública (Susp).

O CESPDS funcionará como um órgão de consultoria, podendo sugerir ações de Segurança Pública e de Defesa Social e acompanhar a execução das mesmas. O conselho também poderá propor diretrizes para a Política Estadual e para o Plano Estadual de Segurança Pública e Defesa Social, em conformidades e alinhados com as respectivas políticas e planos nacionais – o que possibilita uma maior integração na área de Segurança com outros Estados.

Outra competência importante é sua atuação junto ao Poder Legislativo, podendo estudar, analisar e sugerir alterações na legislação pertinente. O órgão deverá ser composto por 22 integrantes, que serão membros titulares, e será presidido pelo secretário da Sejusp. Dentre os componentes estará o comandante-geral da Polícia Militar, o delegado-geral da Polícia Civil, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, o chefe do Gabinete Militar do Governador e a ouvidora-geral do Estado. Outras secretarias, órgãos do Poder Judiciário e sociedade civil também terão cadeiras para seus respectivos representantes.

A criação e atuação do CESPDS será importante, ainda, para que o Estado receba recursos provenientes do Fundo Nacional de Segurança Pública, segundo o secretário adjunto de Justiça e Segurança Pública, Alexandre Leão. De acordo com ele, o conselho representa mais um passo dado por Minas Gerais em direção ao alinhamento institucional com as demais esferas de governo, integrando o Susp e aproximando também vários segmentos do setor público.

“A existência de conselhos dessa natureza, nesse contexto, é importante porque fortalece o controle social e a efetividade das políticas públicas de Segurança e Defesa Social. Trata-se de ferramenta de gestão que possibilita conhecer a realidade de cada local, de modo que as políticas públicas possam atender às suas reais necessidades, além de acompanhar seus resultados, sem deixar de considerar a valorização e a formação do profissional da área,” afirma Leão.

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