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sexta-feira, 17 de março de 2023

Vídeo_ Relatório da Audiência Pública da Saúde de Montes Claros será alvo de Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG)

 presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Arlen Santiago (Avante), falou;
"Vamos levar o relatório desta audiência.” para Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa e ao governo do estado para buscar uma solução.”

Imagem Diana Maia

Diana Maia/Blog Jornalismo Imparcial

Montes Claros/MG_  Aconteceu nesta quinta-feira (16), na Câmara Municipal de Montes Claros, a  Audiência Pública, sob o comando da presidente da Comissão de Saúde e vice-presidente da Casa, vereadora Maria Helena (MDB) que apresentou as demandas a secretária municipal de Saúde, Dulce Pimenta, e pediu o detalhamento sobre o número de cirurgias eletivas e quais são as especialidades mais procuradas nos últimos cinco anos, além da quantidade de exames.

A Audiência Pública, teve como tema, debater as denúncias de falta de atendimento ambulatorial, clinico, cirúrgico e laboratorial, por parte da rede hospitalar conveniada ao SUS.

O relatório desta audiência, segue  agora, para Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e ao governo do estado, para buscar uma solução de acordo com o deputado Arlen da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

O prefeito Humberto Souto, não compareceu, sendo representado pelo procurador do município, Otávio Rocha. Em suas falas, informou, que a saúde não é um problema local, mas nacional. Garantiu que o município tem previsão de investimentos de R$ 30 milhões para saúde.

O presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Arlen Santiago, veio diretamente de Belo Horizonte, para participar da Audiência Pública, e ouvir a demanda tanto dos profissionais que atendem os hospitais como as explicações da secretária Dulce Pimenta.

Em entrevista ao Blog Jornalismo Imparcial, o  deputado estadual Arlen Santiago (Avante) mostrou que os valores repassados pelo SUS estão defasados, quando se paga apenas R$ 10,00 por paciente. “Temos feito emendas parlamentares para melhorar o atendimento e pagamentos aos hospitais.

Informou ainda, que o Hospital Dilson Godinho, está muito avançado no tratamento de câncer estando aberto a todas as pessoas, principalmente para atender as mulheres. 


deputado federal Marcelo Freitas (União Brasil), foi representado por Antônio Eustáquio Gomes, em suas falas informou que a preocupação é colocar as emendas para ajudar a desafogar o atendimento. No entanto para oposição essa forma de investimento na saúde do município, seria uma novo modus operandis, que beneficiaria supostamente o deputado nas próximas eleições.

A secretaria municipal de saúde, Dulce Pimenta, fez uma apresentação do que foi feito pela administração nos últimos seis anos.

Apesar de ter dado explicações, desagradou o principal público, que faz uso do SUS. Sendo aplaudida apenas pelo seu seleto grupo municipal que compareceu em massa e envergonhou quem de fato precisa ser assistido pelo SUS.

Dulce Pimenta, informou que o problema não está em construir mais unidades hospitalares, mas manter as poucas que tem, pois falta profissionais para contratação.

A audiência, também foi marcada com falas repetitivas das autoridades e  incoerência, que "a saúde não é um problema local, mas nacional".

Um parlamentar, informou que no bairro onde reside, é comum ver pessoas fazendo "vaquinhas", para as cirurgias. Precisamos melhorar as condições, tanto da população, mas também do profissional da saúde.”

O promotor de Justiça e coordenador regional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde da Macrorregião Sanitária Norte, Daniel Lessa Costa, assinalou alguns pontos, como o da Pediatria, que se arrasta há mais de um ano. “Apesar dos esforços do Ministério Público, não foi possível equalizar e o problema se alastrou para Santa Casa e outros hospitais, principalmente no que se refere a escala. Pedimos aumento e foi necessário até multas diárias. Mas não é isso que o MP quer fazer, não é dinheiro que queremos, mas que seja dada uma atenção aos pacientes. Constatamos que não temos a quantidade de leitos para atender tanta demanda.”

A superintendente Regional de Saúde de Montes Claros, Dhyeme Thauanne Pereira Marques, ressaltou a complexidade em relação à saúde e as cirurgias eletivas afirmando serem alvos de discussões intensas e que a luta é para solucionar de forma efetiva esta demanda.

A presidente do Sindicato dos Médicos de Montes Claros e Norte de Minas – SINDMED, Ariadna Janice Drumond relatou que a entidade tem recebido várias demandas de médicos, tanto salarial como do ambiente de trabalho. Denunciou que médicos são assediados diariamente por gestores de hospitais, e em alguns casos, houve até um que sugeriu que fossem fechados pontos de pediatria. “Isto é um absurdo, levando-se em conta o grande número de crianças que precisam de atendimento. A fata de pediatra e de médico perpassa por vários problemas, temos a tabela SUS defasada. A  maioria dos médicos trabalha por contratos com vínculos precários.”

A presidente do Conselho Municipal do Idoso, Sandra Symone Mendes Carnielle, fez uma observação sobre o grande número de idosos que não recebe o atendimento, pois são poucos médicos que atendem nas Estratégia Saúde da Família (ESF). Precisamos melhorar esta situação com atenção especial para os idosos.”

Suelen, representando o superintendente do Hospital Universitário Clemente Farias, Carlos Eduardo Mendes D’angelis, informou que vem de uma nova gestão e que 250 contratos foram encerrados, sendo que até o momento não foi possível realizar uma nova contratação. “Somos 100% SUS sendo autorizados apenas 45 contrações para atender o quantitativo de leitos. Estamos com superlotação no pronto-socorro.”

O superintendente do Hospital Dilson Godinho. Antônio Cézar dos Santos, acredita que o problema da saúde no município é regional. “Enquanto Montes Claros estiver recebendo o volume de pacientes de outras cidades, saúde local sempre ficará um caos.”

A diretora do Hospital das Clínicas Dr. Mário Ribeiro da Silveira, Ana Paula Nascimento, enfatizou que manter um centro cirúrgico e uma escala completa é muito complexo. “Por mais que recebemos incentivos do governo, ainda é pouco. Temos um resultado mensal negativo.”

O superintendente do Hospital Santa Casa, Maurício Sérgio Sousa e Silva, defendeu que o município faça algumas ações. “A Santa Casa atende mais um milhão de pessoas anualmente. O volume de atendimento é grande. Infelizmente a nossa rede é muito fragilizada, grande parte vem de outras cidades. Existe um deficit na saúde e por isso, precisamos de fato remunerar o médico dignamente.”




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