"Vamos levar o relatório desta audiência.” para Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa e ao governo do estado para buscar uma solução.”
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Diana Maia/Blog Jornalismo Imparcial
Montes Claros/MG_ Aconteceu nesta quinta-feira (16), na Câmara Municipal de Montes Claros, a Audiência Pública, sob o comando da presidente da Comissão de Saúde e vice-presidente da Casa, vereadora Maria Helena (MDB) que apresentou as demandas a secretária municipal de Saúde, Dulce Pimenta, e pediu o detalhamento sobre o número de cirurgias eletivas e quais são as especialidades mais procuradas nos últimos cinco anos, além da quantidade de exames.
A Audiência Pública, teve como tema, debater as denúncias de falta de atendimento ambulatorial, clinico, cirúrgico e laboratorial, por parte da rede hospitalar conveniada ao SUS.
O relatório desta audiência, segue agora, para Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e ao governo do estado, para buscar uma solução de acordo com o deputado Arlen da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
O prefeito Humberto Souto, não compareceu, sendo representado pelo procurador do município, Otávio Rocha. Em suas falas, informou, que a saúde não é um problema local, mas nacional. Garantiu que o município tem previsão de investimentos de R$ 30 milhões para saúde.
O presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Arlen Santiago, veio diretamente de Belo Horizonte, para participar da Audiência Pública, e ouvir a demanda tanto dos profissionais que atendem os hospitais como as explicações da secretária Dulce Pimenta.
Em entrevista ao Blog Jornalismo Imparcial, o deputado estadual Arlen Santiago (Avante) mostrou que os valores repassados pelo SUS estão defasados, quando se paga apenas R$ 10,00 por paciente. “Temos feito emendas parlamentares para melhorar o atendimento e pagamentos aos hospitais.
Informou ainda, que o Hospital Dilson Godinho, está muito avançado no tratamento de câncer estando aberto a todas as pessoas, principalmente para atender as mulheres.
O deputado federal Marcelo Freitas (União Brasil), foi representado por Antônio Eustáquio Gomes, em suas falas informou que a preocupação é colocar as emendas para ajudar a desafogar o atendimento. No entanto para oposição essa forma de investimento na saúde do município, seria uma novo modus operandis, que beneficiaria supostamente o deputado nas próximas eleições.
A secretaria municipal de saúde, Dulce Pimenta, fez uma apresentação do que foi feito pela administração nos últimos seis anos.
Apesar de ter dado explicações, desagradou o principal público, que faz uso do SUS. Sendo aplaudida apenas pelo seu seleto grupo municipal que compareceu em massa e envergonhou quem de fato precisa ser assistido pelo SUS.
Dulce Pimenta, informou que o problema não está em construir mais unidades hospitalares, mas manter as poucas que tem, pois falta profissionais para contratação.
A audiência, também foi marcada com falas repetitivas das autoridades e incoerência, que "a saúde não é um problema local, mas nacional".
Um parlamentar, informou que no bairro onde reside, é comum ver pessoas fazendo "vaquinhas", para as cirurgias. Precisamos melhorar as condições, tanto da população, mas também do profissional da saúde.”
O promotor de Justiça e coordenador regional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde da Macrorregião Sanitária Norte, Daniel Lessa Costa, assinalou alguns pontos, como o da Pediatria, que se arrasta há mais de um ano. “Apesar dos esforços do Ministério Público, não foi possível equalizar e o problema se alastrou para Santa Casa e outros hospitais, principalmente no que se refere a escala. Pedimos aumento e foi necessário até multas diárias. Mas não é isso que o MP quer fazer, não é dinheiro que queremos, mas que seja dada uma atenção aos pacientes. Constatamos que não temos a quantidade de leitos para atender tanta demanda.”
A superintendente Regional de Saúde de Montes Claros, Dhyeme Thauanne Pereira Marques, ressaltou a complexidade em relação à saúde e as cirurgias eletivas afirmando serem alvos de discussões intensas e que a luta é para solucionar de forma efetiva esta demanda.
A presidente do Sindicato dos Médicos de Montes Claros e Norte de Minas – SINDMED, Ariadna Janice Drumond relatou que a entidade tem recebido várias demandas de médicos, tanto salarial como do ambiente de trabalho. Denunciou que médicos são assediados diariamente por gestores de hospitais, e em alguns casos, houve até um que sugeriu que fossem fechados pontos de pediatria. “Isto é um absurdo, levando-se em conta o grande número de crianças que precisam de atendimento. A fata de pediatra e de médico perpassa por vários problemas, temos a tabela SUS defasada. A maioria dos médicos trabalha por contratos com vínculos precários.”
A presidente do Conselho Municipal do Idoso, Sandra Symone Mendes Carnielle, fez uma observação sobre o grande número de idosos que não recebe o atendimento, pois são poucos médicos que atendem nas Estratégia Saúde da Família (ESF). Precisamos melhorar esta situação com atenção especial para os idosos.”
Suelen, representando o superintendente do Hospital Universitário Clemente Farias, Carlos Eduardo Mendes D’angelis, informou que vem de uma nova gestão e que 250 contratos foram encerrados, sendo que até o momento não foi possível realizar uma nova contratação. “Somos 100% SUS sendo autorizados apenas 45 contrações para atender o quantitativo de leitos. Estamos com superlotação no pronto-socorro.”
O superintendente do Hospital Dilson Godinho. Antônio Cézar dos Santos, acredita que o problema da saúde no município é regional. “Enquanto Montes Claros estiver recebendo o volume de pacientes de outras cidades, saúde local sempre ficará um caos.”
A diretora do Hospital das Clínicas Dr. Mário Ribeiro da Silveira, Ana Paula Nascimento, enfatizou que manter um centro cirúrgico e uma escala completa é muito complexo. “Por mais que recebemos incentivos do governo, ainda é pouco. Temos um resultado mensal negativo.”
O superintendente do Hospital Santa Casa, Maurício Sérgio Sousa e Silva, defendeu que o município faça algumas ações. “A Santa Casa atende mais um milhão de pessoas anualmente. O volume de atendimento é grande. Infelizmente a nossa rede é muito fragilizada, grande parte vem de outras cidades. Existe um deficit na saúde e por isso, precisamos de fato remunerar o médico dignamente.”
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