Saiba como é o trabalho das militares da FAB em Missões de Paz da ONU |
Agência Força Aérea
Foi
em dezembro de 2011 que o Ministério da Defesa e a Organização das
Nações Unidas (ONU) firmaram uma carta de intenções com o objetivo de
ampliar a presença feminina em operações de manutenção da paz. Desde
então, o Brasil tem ocupado cada vez mais destaque no cenário mundial e o
número de mulheres militares brasileiras atuando nessas missões tem
aumentado.
As
primeiras militares destacadas para atuar em missões de paz da ONU
cumpriam uma função de representação. Aos poucos, ganharam espaço e,
atualmente, exercem atividades de grande relevância. Em homenagem ao dia
8 de março, conheça a história das duas militares da FAB que estão em
operações de paz da ONU.
Major Laura Kazue Lopes Nakamura |
O
ano de 2018 marcou a trajetória da Major Intendente Laura Kazue Lopes
Nakamura. Após passar por intensos treinamentos e avaliações, ela se
tornou Observadora Militar na Missão das Nações Unidas para o Referendo
no Saara Ocidental (MINURSO), desde novembro.
No
Sudoeste do país, por meio de patrulhas terrestres e aéreas, a oficial
atua no monitoramento do cessar fogo, na observação de possíveis
violações aos acordos militares estabelecidos e no relato de minas e
explosivos encontrados. “O observador militar não porta arma, sendo o
gorro azul e a bandeira da ONU nossos instrumentos de identificação e de
aproximação com as partes envolvidas, mas a bandeira brasileira no
nosso uniforme sempre desperta o sorriso por onde passamos. Todos têm
profundo respeito, carinho e admiração pelos militares brasileiros.
Somos exemplos de dedicação, amizade e profissionalismo em todos os
lugares”, relata.
Além de realizar um trabalho diferente do que estava habituada, para a Major Kazue, a distância dos amigos e familiares e a diversidade cultural foram as maiores dificuldades no início da missão. “Hoje, estou plenamente adaptada e pronta para exercer a função que me foi confiada. Sinto-me honrada em representar o nosso país e, em especial, a FAB. Estou orgulhosa por ser a primeira observadora militar e a primeira oficial da FAB a servir na MINURSO. Esse pioneirismo traz um misto de alegria e responsabilidade que me faz querer me aprimorar cada dia mais, demonstrando toda a capacidade dos oficiais brasileiros, mas, em especial, a força e a garra da mulher brasileira”, avalia.
Além de realizar um trabalho diferente do que estava habituada, para a Major Kazue, a distância dos amigos e familiares e a diversidade cultural foram as maiores dificuldades no início da missão. “Hoje, estou plenamente adaptada e pronta para exercer a função que me foi confiada. Sinto-me honrada em representar o nosso país e, em especial, a FAB. Estou orgulhosa por ser a primeira observadora militar e a primeira oficial da FAB a servir na MINURSO. Esse pioneirismo traz um misto de alegria e responsabilidade que me faz querer me aprimorar cada dia mais, demonstrando toda a capacidade dos oficiais brasileiros, mas, em especial, a força e a garra da mulher brasileira”, avalia.
Major Danielle Cristini Lara Espinola Nunes |
Viver
novas experiências sempre foi um objetivo na vida da Major Intendente
Danielle Cristini Lara Espinola Nunes e, com a vontade de alcançar esse
sonho, em abril de 2018, ela deu início a uma nova etapa em sua
carreira: ser staff officer na Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (UNMISS).
Atualmente,
a oficial trabalha na Seção de Operações do Quartel General da Força,
onde é encarregada de auxiliar no planejamento e monitorar as operações
que ocorrem no setor sul do país. “A ideia de trabalhar na ONU surgiu
por acaso, mas, realmente, eu senti um chamado. Senti que queria muito
estar aqui, sabia que precisava fazer algo diferente da minha vida”,
conta.
A
rotina do trabalho na área operacional é um desafio para a Major, que
atuava em outra área no Brasil. No entanto, ela encara com tranquilidade
o aprendizado diário. “Certas experiências são únicas em nossas vidas.
Participar de uma missão de paz, sem dúvida, foi a melhor coisa que já
fiz. O ganho é muito além do profissional. A gente aprende a rever
valores e a repensar quem somos e o que fazemos”, afirma.