Saída dos Comandantes das Forças Armadas instaura clima tenso em Brasília.

 " Não queremos política em nossos quartéis".

Comandante Edson Pujol (Exército), Ilques Barbosa Junior (Marinha) e Antonio Carlos Bermudez (Aeronáutica).

Diana Maia

Brasília - Nesta terça-feira (30/03), o desligamento dos comandantes do Exército, Aeronáutica e Marinha gerou um clima tenso em Brasília. A saída foi comunicada após a demissão do Ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva. Em apenas três linhas o Ministério da Defesa, emitiu uma nota.

Nota Oficial: Substituição dos Comandantes das Forças

O Ministério da Defesa (MD) informa que os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica serão substituídos.

A decisão foi comunicada em reunião realizada nesta terça-feira (30), com a presença do Ministro da Defesa Braga Netto, do ex-ministro, Fernando Azevedo, e dos Comandantes das Forças.

A nota não especifica por qual ou quais motivos os comandantes deixaram seus cargos, mas especula-se que o principal motivo seria a forma como o governo vem tratando as Forças Armadas, querendo politizar as instituições. 

Ademais, no cenário político, Bolsonaro, estava insatisfeito com o Comandante Edson Pujol, por não se manifestar publicamente nas redes sociais, defendendo seus posicionamentos, sendo favorável à ciência, e bastante crítico a postura do presidente no controle da pandemia. Entretanto,o então Ministro Fernando Azevedo discordou sobre a retirada do Comandante, que desde o ano passado, declarava; " Não queremos política em nossos quartéis".

Até o presente momento, não foram citados os possíveis substitutos dos três comandantes.