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segunda-feira, 14 de maio de 2018

Comando da Amazônia missão mãe da Pátria Amada

Jornalismo Imparcial com informações do CMA

Na Amazônia, servir a Pátria, é uma missão que requer muito amor, dedicação, profissionalismo, além das renúncias diárias, pois são mais de 5 milhões de quilômetros quadrados entre selva e rios que precisam de proteção diuturna, além de apoio nas áreas de além da saúde e educação. Dentre os mais de 21 mil militares que integram o Comando Militar da Amazônia (CMA), encontramos a presença de mães militares que muitas das vezes estão longe dos filhos e da família, a fim de cumprir, com amor e dedicação, as inúmeras missões nas 24 horas por dia e nos 7 dias por semana, popularmente conhecido nos quartéis como 24/7.
Assim tem sido, por exemplo, a vida da Aspirante a Oficial Juliana Neves Oliveira, mãe do estudante Samuel João Oliveira de Souza, 13. Hoje, Juliana vive a uma distância de mais de 1,5 mil quilômetros do filho, uma vez que desempenha sua atividade profissional na localidade de Vila Bitencourt, Município de Japurá, (distante 779 quilômetros de Manaus), como farmacêutica do 3° Pelotão Especial de Fronteira (PEF) do Comando de Fronteira Solimões / 8° Batalhão de Infantaria de Selva. Ali, onde ela ajuda a proteger o Brasil, também presta assistência a pessoas carentes das mais variadas origens.
Aspirante a Oficial Juliana Neves Oliveira
 Natural de Atalaia do Norte - onde vive o seu filho Samuel – Juliana tem que realizar uma verdadeira aventura, uma vez que precisa voar, navegar e rodar em estradas, por mais de 01 dia, desde Vila Bitencourt, passando por Tabatinga, Bejamnin Constant até chegar a Atalia do Norte, uma vez que Samuel ficou morando com a avó materna, a fim de que pudesse dar sequência aos estudos. “Sempre estou a serviço do Exército nas comunidades indígenas e ribeirinhas em missão, atendendo os mais necessitados. Se o meu filho tivesse vindo comigo para o PEF, ficaria sozinho, pois vivemos a serviço dos que precisam de nós. Quase não teria minha companhia e por aqui a dificuldade de estudo e lazer é imensa, por isso preferi que ele ficasse com a minha mãe para poder estudar enquanto assisto aos que são totalmente esquecidos e precisam de todo nosso apoio e serviço”, disse.
Filha de Ticuna (etnia indígena), a Aspirante relatou que foi a primeira da família a conseguir estudar e obter um certificado do ensino superior. “Fui mãe do Samuel quando ainda tinha 17 anos, mas o meu filho nunca foi o impasse para eu deixar de sonhar e correr atrás dos meus objetivos, ele foi mais um incentivo”. Ao completar os 20 anos, Juliana ganhou uma bolsa de estudos em uma universidade particular da capital. Mesmo com toda dificuldade, ela conseguiu vir para Manaus e compartilhou moradias até conseguir concluir o curso.
“Servir ao Exército tem sido uma honra. Moro hoje distante da minha família, mas no PEF encontrei outra família. Muitas das vezes sou a mãezona dos indígenas, do soldado que precisa de alguma orientação ou conselho. Vejo a importância do meu serviço. E como sempre digo, meu filho está bem com a minha mãe e hoje estou, além de servir a Pátria, cuidando de outros filhos que precisam bem mais da minha presença. Tudo que eu faço é com amor e sou retribuída por isso, e é com essa retribuição que hoje consigo manter meus dois irmãos na capital, um cursando Direito e a outra Enfermagem”, detalhou.
 “Servir ao Exército tem sido uma honra. Moro hoje distante da minha família, mas no PEF encontrei outra família. Muitas das vezes sou a mãezona dos indígenas, do soldado que precisa de alguma orientação ou conselho. Vejo a importância do meu serviço. E como sempre digo, meu filho está bem com a minha mãe e hoje estou, além de servir a Pátria, cuidando de outros filhos que precisam bem mais da minha presença. Tudo que eu faço é com amor e sou retribuída por isso, e é com essa retribuição que hoje consigo manter meus dois irmãos na capital, um cursando Direito e a outra Enfermagem”, detalhou.
Mesmo vivendo em uma região de fronteira, sem acesso a shoppings, parques, cinema, dentre outros meios de diversão, para a Aspirante o que mais lhe causa saudade é a família. “Sem dúvida alguma, minha maior saudade é do meu filho e da minha mãe. Quando conhecemos a realidade dos moradores das comunidades ribeirinhas, aprendemos como é fácil ser feliz com pouca coisa. Como é importante ter a presença do Exército nessas áreas, onde praticamente a população é esquecida. Ganhei novos filhos e uma nova família, mas a imensa saudade dos meus de sangue segue comigo, pra qualquer missão que for enviada”, reforçou.

Além das mães-militares atuantes nos Pelotões Especiais de Fronteira (PEF), há também as esposas-mães dos militares, que ao presenciarem a realidade dos assistidos pelo Exército Brasileiro (EB) nas comunidades ribeirinhas e indígenas de difícil acesso, literalmente arregaçam as mangas. Envolvem-se em projetos, buscam ajuda humanitária e sempre estão atuando com os esposos nas diversas missões desenvolvidas pelos pelotões, fazendo com que o Exército, realmente, nunca pare.
A dona de casa Michelle Pequeno da Silva Azevedo, 23, esposa do cabo Rendson Faia de Azevedo, 24, é um dos exemplos dessas esposas que muitas vezes se envolve nas ações e missões para atender a todos os moradores das comunidades que necessitam do apoio militar. O casal também atua no 3º PEF, município de Japurá (779 quilômetros da capital).
 
Há dois meses nasceu o segundo filho do casal e, por conta disso, o futuro deles é buscar cursar um nível superior ou uma estrutura melhor de educação para as crianças. “Sei da importância do trabalho do meu esposo e por isso, sempre que possível, estou auxiliando-o nas missões. Como sou da região, conheço mais a fundo a realidade do povo que é assistido pelo Exército e, enquanto as crianças estão pequenas e não precisam da escola, vamos nos dedicando no que for possível para atender a comunidade, mas me preocupo com o futuro dos nossos filhos e sei que vamos precisar buscar outro lugar para o ensino deles”, comentou.
Michelle contou que a experiência de acompanhar o esposo quando há necessidade de ajuda nas missões têm feito com que ela amadureça ainda mais e muito mais rápido. “Tenho amadurecido não só como mulher, mas principalmente como mãe, pois a responsabilidade e a necessidade de empenho nas missões é muito grande. É trabalhoso, mas gratificante. O Exército é a única força que as comunidades assistidas pelo 3º Pelotão podem contar, principalmente na área da saúde”, disse a dona de casa.
O Exército Brasileiro (EB) elegeu Rosa da Fonseca, mãe de grandes soldados e expoentes da Nação – Marechal Deodoro da Fonseca, Proclamador da República e Primeiro Presidente Constitucional da República dos Estados Unidos do Brasil; General de Brigada João Severiano da Fonseca, patrono do Serviço de Saúde do Exército Brasileiro; Marechal Hermes Rodrigues da Fonseca, 8º Presidente da República, entre 1910 e 1914; lembrando que também perdeu três filhos na Guerra da Tríplice Aliança - como representante maior da Família Militar, na ajuda que o Exército Brasileiro presta ao desenvolvimento do País. E tem sido com o esse espírito que outras “Rosas da Fonseca” tem seguido, apoiando, ajudando pessoas, elevando ainda mais, como mães dos seus filhos naturais ou de coração, pessoas, independente das suas origens, no desenvolvimento do Brasil, nos mais longínquos e remotos locais da Região Amazônica, como fazem Juliana e Michelle.
 

segunda-feira, 23 de abril de 2018

CMA celebra os 370 anos do Exército Brasileiro


Divulgação CMA
Jornalismo Imparcial
Em alusão aos 370 anos do Exército Brasileiro, comemorado no último dia 19 de abril, o Comando Militar da Amazônia (CMA) realizou no Campo de Parada Coronel Jorge Teixeira, localizado dentro do Comando, situado na avenida Coronel Teixeira, Nº 4715, Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus, a formatura de entrega de Diplomas de Colaborador Emérito e medalhas para civis e militares, pelo reconhecimento do serviço prestado a Força Terrestre na Amazônia Ocidental.
Mais de 1.700 militares estiveram presentes na formatura de celebração dos 370 anos do Exército Brasileiro. Durante o evento foi lida a Ordem do Dia - mensagem do Comandante do Exército Brasileiro, General de Exército Vilas Boas - no qual relembra o surgimento da própria Força, na Batalha de Guararapes.
Diante a mensagem, o comandante do Exército reforçou a presença da força terrestre no território nacional. “O Exército de hoje renova, diariamente, seu compromisso de defender, desde sempre, a Pátria, a soberania e a liberdade. Cada vez mais, faz-se presente em todo o território nacional: na fronteira do Estado de Roraima, onde acolhe e ampara os irmãos venezuelanos em uma operação interagências no Rio de Janeiro, contribuindo diretamente com a Intervenção Federal; na Garantia da Lei e da Ordem, no lugar em que se fizer necessário; nas Operações na Faixa de Fronteira, na qual combate os ilícitos; no semiárido nordestino, onde distribui água. Indo além, vistoria presídios, constrói e recupera vias de transporte, socorre atingidos por calamidades e participa de missões de paz da ONU”, cita o comandante na ordem.
O comandante do CMA, General de Exército César Augusto Nardi de Souza, durante a solenidade, reforçou a importância do trabalho do Exército em preservação da Amazônia, área tão extensa do país. “A presença do Exército na Amazônia é de longa data e sempre com esse víeis de integração e proteção, com cooperação ao desenvolvimento e ao mesmo tempo com a defesa de nossas fronteiras. Além disso, colabora com a saúde junto as populações carentes, com integração da Marinha e Força Aérea. A presença das Forças Armadas na Amazônia tem característica muito especial e principalmente uma integração muito particular com toda a sociedade”, destacou o General de Exército Nardi.
Na oportunidade, o comandante do CMA reforçou que a prioridade do Exército na Amazônia será de continuar a cumprir a missão. “As missões na Amazônia continuam e seguiremos com todos os projetos, procedimentos e diretrizes de ordem do nosso Comandante do Exército e a nossa prioridade é sempre cumprir da melhor maneira possível todas as missões que o CMA recebe”, reforçou.
Durante a solenidade, mais de 60 pessoas entre civis e militares foram agraciados com o reconhecimento do serviço prestado ao Exército. Além das representações dos comandantes e representantes das forças armadas, auxiliares e civis, o evento contou com a presença do vice-governador do Estado. Encerrando a formatura, a tropa desfilou diante dos presentes.





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