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quinta-feira, 30 de março de 2023

Polícia Federal e o Exército Brasileiro combatem crimes relacionados ao comércio ilegal de explosivos no Norte de Minas

As investigações iniciaram quando dois suspeitos foram presos em dezembro de 2022, com mais de uma tonelada de explosivos.

Divulgação PF

Diana Maia/Blog Jornalismo Imparcial

Montes Claros/MG - A Polícia Federal com o apoio do 55º Batalhão de Infantaria, Dionisio Cerqueira subordinado a 4ª região militar do Exército Brasileiro, deflagrou na manhã desta quinta- feira 30/3, a Operação Blaster, que tem como objetivo, combater crimes relacionados ao comércio ilegal de explosivos.O juízo da Vara Única de Grão Mogol/MG expediu 06 mandados de busca e apreensão. Durante esta operação contou com a participação do Exército que atuou na fiscalização administrativa do estoque de explosivos encontrados nos paióis.Foram apreendidos hoje cerca de 10 mil reais.

Entenda o caso

As investigações iniciaram quando dois suspeitos foram presos em dezembro de 2022, com mais de uma tonelada de explosivos. A operação Blaster é um desdobramento da apreensão realizada em 3/12/2022 próximo a cidade de Salinas quando dois indivíduos, que transportavam em uma camionete cerca de 1260 unidades de dinamite, 1250 metros de fio detonador não elétrico e 18 caixas de espoleta, foram presos. 

A partir das prisões, a PF descobriu que os explosivos foram vendidos ilegalmente por operadores de empresas atuantes na área de comércio de explosivos e demolição. 

Também foi apurado que os valores referentes à venda ilegal dos artefatos estavam direcionados aos proprietários de empresas localizadas na Região de Coronel Murta/MG.

Por esta razão estão sendo cumpridos hoje, 30/3/2023, 6 mandados de busca e apreensão, além da oitiva de quatro pessoas vinculadas às pessoas jurídicas investigadas. 

As empresas adquiriram legalmente os explosivos, entretanto, a ocorrência do comércio irregular está sendo objeto desta investigação, no intuito de apurar a existência de outras vendas, além da possibilidade de que os explosivos desviados tenham sido utilizados para explosão de caixas eletrônicos.

Com isso, busca-se localizar outros explosivos em situação irregular, valores e eventuais vendas ilícitas efetivadas pelos investigados, assim como auxiliar na elucidação de outros crimes cometidos com o uso de explosivos.

As condutas apuradas encontram previsão no Estatuto do Desarmamento e podem configurar crime de porte e comércio ilegal de artefatos controlados, com penas que somadas podem chegar a 18 anos de reclusão.

O nome da operação faz referência ao “Blaster”, que é o elemento encarregado de organizar e conectar a distribuição e disposição dos explosivos e acessórios empregados no desmonte de rochas.






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