Divulgação PF |
Diana Maia/Blog Jornalismo Imparcial
Montes Claros/MG - A Polícia Federal com o apoio do 55º Batalhão de Infantaria, Dionisio Cerqueira subordinado a 4ª região militar do Exército Brasileiro, deflagrou na manhã desta quinta- feira 30/3, a Operação Blaster, que tem como objetivo, combater crimes relacionados ao comércio ilegal de explosivos.O juízo da Vara Única de Grão Mogol/MG expediu 06 mandados de busca e apreensão. Durante esta operação contou com a participação do Exército que atuou na fiscalização administrativa do estoque de explosivos encontrados nos paióis.Foram apreendidos hoje cerca de 10 mil reais.
Entenda o caso
As investigações iniciaram quando dois suspeitos foram presos em dezembro de 2022, com mais de uma tonelada de explosivos. A operação Blaster é um desdobramento da apreensão realizada em 3/12/2022 próximo a cidade de Salinas quando dois indivíduos, que transportavam em uma camionete cerca de 1260 unidades de dinamite, 1250 metros de fio detonador não elétrico e 18 caixas de espoleta, foram presos.
A partir das prisões, a PF descobriu que os explosivos foram vendidos ilegalmente por operadores de empresas atuantes na área de comércio de explosivos e demolição.
Também foi apurado que os valores referentes à venda ilegal dos artefatos estavam direcionados aos proprietários de empresas localizadas na Região de Coronel Murta/MG.
Por esta razão estão sendo cumpridos hoje, 30/3/2023, 6 mandados de busca e apreensão, além da oitiva de quatro pessoas vinculadas às pessoas jurídicas investigadas.
As empresas adquiriram legalmente os explosivos, entretanto, a ocorrência do comércio irregular está sendo objeto desta investigação, no intuito de apurar a existência de outras vendas, além da possibilidade de que os explosivos desviados tenham sido utilizados para explosão de caixas eletrônicos.
Com isso, busca-se localizar outros explosivos em situação irregular, valores e eventuais vendas ilícitas efetivadas pelos investigados, assim como auxiliar na elucidação de outros crimes cometidos com o uso de explosivos.
As condutas apuradas encontram previsão no Estatuto do Desarmamento e podem configurar crime de porte e comércio ilegal de artefatos controlados, com penas que somadas podem chegar a 18 anos de reclusão.
O nome da operação faz referência ao “Blaster”, que é o elemento encarregado de organizar e conectar a distribuição e disposição dos explosivos e acessórios empregados no desmonte de rochas.