"Dentre os envolvidos estão fazendeiros e um vereador da mesma família, além de vaqueiros que trabalhavam para eles"
A Polícia Civil iniciou a investigação há cerca seis meses, os fatos originários desta Operação, após a investigação de dois homicídios ocorridos em Janaúba, nos anos de 2017 e 2019, envolvendo dois vaqueiros, 30 e 35 anos, foram vítimas de homicídios no município. Apurou-se que a morte dos dois homens foi motivada por “queima de arquivo“, uma vez que as vítimas faziam parte da organização criminosa chefiada pela família, especializada em furtos de gados na região. Tão logo manifestaram o desejo em abandonar a associação criada pelos parentes foram mortas. “Quando recusaram a continuar nesta empreitada criminosa, a família com receio de ser delatada encomendava os homicídios. Dessa forma eles poderiam continuar praticando seus crimes sem contratempo” explicou a Delegada Bruna Barros, Titular da Delegacia em Jaíba.
A PCMG, esclarece que o cadáver de um dos vaqueiros ainda não foi identificado, ele encontra-se no Setor de Criminalística para identificação do perfil genético. A equipe policial trabalha para localizar o corpo do outro vaqueiro que se encontra desaparecido, estrategicamente, para dificultar a investigação. “Os envolvidos ocultaram o corpo da vítima, contudo, a investigação para apurar o homicídio avança na Delegacia. A equipe de Bombeiros Militar está trabalhando nas buscas pelo corpo que ainda não foi localizado ”, disse a Delegada Regional, Márcia Meira.
Outro homicídio que envolve a família ocorreu em 2021, no município de Jaíba, tendo como mandantes a família investigada. A motivação foi ensejada por vingança.
De acordo com a Delegada Francielle Drumond, um dos irmãos, líder da organização criminosa foi vítima de homicídio no ano de 2020, quando praticava furto de gado. A morte do ente familiar levou a fúria da família, por retaliação, eles encomendaram a morte do suspeito pelo valor de 20.000 ( vinte mil reais).
PATRIMÔNIO
O patrimônio adquirido por meio de crimes e fraudes possibilitou que os investigados vivessem uma vida de ostentação, com acervo milionário. Com as vendas dos produtos de furto destinados a abastecer o comércio de carne nas cidades da região, o grupo atingiu um enriquecimento fraudatório.
NOME DA OPERAÇÃO
A Operação foi batizada como “boi de ouro”, pois refere-se ao apelido de um
dos líderes da organização. Pelo calendário chinês, 2021 é o ano do boi. Este ano começou dia 21 de janeiro, aniversário de morte de um dos líderes da organização criminosa.
RESULTADO
Dos nove suspeitos, sete deles que foram presos em virtude dos Mandados de Prisão Temporária expedidos no Inquérito que apura os crimes praticados por eles. Os investigados foram encaminhados ao sistema prisional onde encontram-se à disposição da Justiça. Os outros dois homens presos e autuados em flagrante, foi arbitrado fiança, em conformidade com nosso ordenamento jurídico.
Durante a Operação foram apreendidos duas polveiras, duas pistolas 9mm, um revólver, calibre 38, munições, a quantia em espécie de RS 100.000,00 (cem mil reais), eletrônicos e Jóias.
EQUIPE
Participaram da ação 105 policiais civis, além disso, a ação contou com auxílio do Canil do batalhão em Belo Horizonte, do 4º Comando Operacional de Bombeiros Militar em Montes Claros e apoio Aéreo da Polícia Civil que disponibilizou o uso do Helicóptero da instituição. Além disso, foram empregues 04 drones e 29 viaturas policiais.
O Chefe do 11º Departamento em Montes Claros, Jurandir Rodrigues intermediou todo o aporte logístico para a deflagração da Operação, que contou com suporte de policiais em Montes Claros, auxilio do Corpo de Bombeiros, Helicóptero e canil, além disso, a autoridade deslocou para Janaúba onde acompanha todos os desdobramentos da Operação.“ Parabenizo a equipe pela expertise investigativa que culminou com a prisão dos suspeitos” agradeceu.
"A NOTÍCIA APURADA COM CREDIBILIDADE" |