O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertou nesta terça-feira (27), que se os EUA se envolverem em uma "guerra real com tiros" contra uma "grande potência" poderá ser resultado de um ataque cibernético significativo ao país, ressaltando o que Washington vê como as ameaças crescentes representadas por Rússia e China.
Biden deu essa opinião num discurso de agradecimento aos funcionários de inteligência pelo seu trabalho, no Centro Nacional de Contraterrorismo, em McLean (Virginia). Ele destacou o fato de que atualmente as “ameaças que estão mais dispersas geograficamente do que há 20 anos, continuarão exigindo nossa vigilância. E temos que continuar nossos esforços para entender melhor alguns dos alvos de inteligência mais difíceis e importantes que enfrentamos como nação”.
Mencionando seu encontro com com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, Biden comentou que ele “tem um problema real: ele está sentado no topo de uma economia que tem armas nucleares e poços de petróleo e nada mais. Ele sabe que está com problemas reais, o que o torna ainda mais perigoso, na minha opinião”. Sobre o primeiro ministro da China, Xi Jinping, disse que viajou 17.000 milhas com ele: “Eu sentei com ele, e apenas um intérprete – cada um de nós tinha um intérprete simultâneo.
"Eu acredito que é mais do que provável que se acabarmos nos envolvendo em uma guerra - uma guerra real com tiros com uma grande potência - será graças a uma violação cibernética de grandes consequências", disse Biden em um discurso de meia hora ao visitar o gabinete do diretor Nacional de Inteligência (ODNI, na sigla em inglês).
Durante uma cúpula no dia 16 de junho em Genebra entre Biden e o presidente russo, Vladimir Putin, o norte-americano compartilhou uma lista de instalações de infraestrutura que os Estados Unidos consideram fora dos limites para demais Estados-nações.