Anvisa divulgou comunicado sobre risco de miocardite e pericardite registrado nos Estados Unidos, após vacinação com imunizantes contra Covid-19 com RNA mensageiro (RNAm) como o da Pfizer
Divulgação Fundação de Vigilância em Saúde (FVS/RCP):
Jornalismo Imparcial
Amazonas_ A Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, alerta para que a população vacinada contra a Covid-19 observe sintomas que indiquem eventos adversos pós-vacinação, quando receber doses de imunizantes contra a infecção.
No dia 9 de julho, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu comunicado sobre risco de miocardite (inflamação do músculo cardíaco) e pericardite (inflamação do tecido que envolve o coração) após vacinação com imunizantes contra Covid-19 com RNA mensageiro (RNAm), como o da Pfizer, que está disponível no país.
No comunicado, a Anvisa informa que solicitou aos produtores do imunizante a alteração da bula do produto, incluindo a miocardite e a pericardite na seção de advertências e precauções. Apesar do alerta, a FVS-RCP mantém a recomendação de continuidade da imunização com a vacina da Pfizer, dentro das indicações descritas em bula e protocolos de aplicação de doses orientados pelo Ministério da Saúde.
O diretor-presidente da FVS-RCP, Cristiano Fernandes, aponta que os benefícios do imunizante superam os riscos. “A Anvisa não recebeu relatos de miocardite ou pericardite após a vacinação no Brasil. No entanto, é importante que as pessoas continuem acreditando na vacina, porque é uma importante ferramenta no combate à pandemia”, afirma.
Cristiano acrescenta que o alerta serve, também, para que, não só os cidadãos que recebem a vacina, mas também os profissionais que atuam nas unidades de saúde, estejam atentos para os sinais e sintomas de eventos adversos e notifiquem imediatamente os casos suspeitos.
No comunicado, a Anvisa detalha que os casos registrados de eventos adversos relacionados às vacinas com imunizantes contra Covid-19 com RNA mensageiro (RNAm), nos Estados Unidos, foram identificados em adolescentes e adultos jovens, predominantemente, do sexo masculino e acima de 16 anos, e ocorrendo, principalmente, após a aplicação da segunda dose da vacina.
“Vale ressaltar que os casos têm um bom prognóstico e tem evoluído sem sequelas. O risco de pegar a doença Covid-19 é muito maior do que qualquer risco de evento adverso pós-vacina”, alerta a infectologista Solange Dourado, responsável por eventos pós-vacinais do Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (Crie/FVS-RCP).
Sintomas
Quem for se vacinar contra a Covid-19 e tiver histórico de miocardite ou pericardite, deve informar os episódios ao profissional de saúde vacinador. Um médico deve avaliar a relação entre o benefício e o risco da vacinação com a vacina da Pfizer nos casos de pessoas com esse tipo de histórico de saúde.
Os eventos adversos mais comuns após a vacinação são dor no local da aplicação da vacina, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, calafrios, dor nas articulações e febre. A maioria dos efeitos colaterais que ocorrem com o uso da vacina são leves e temporárias que finalizam de um a dois dias após a vacinação. No entanto, se o vacinado sentir falta de ar, dor no peito e palpitações, a recomendação das autoridades de saúde é procurar, imediatamente, atendimento médico.
Referência
A FVS-RCP é responsável pela Vigilância em Saúde do Amazonas. A instituição funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na avenida Torquato Tapajós, 4.010, Colônia Santo Antônio, Manaus. Contato telefônico da FVS-RCP (92) 3182-8550 e 3182-8551.