Foi deflagrado nesta quarta-feira (5/12) a Operação Hooponopono, visando combater o crime de lavagem de dinheiro por investigado da Operação Água de Prata, deflagrada em 17/05/2016.
Florianópolis/SC_ Estão sendo cumpridos 15 mandados de
busca em apreensão, em endereços localizados nos municípios de
Florianópolis/SC, Joinville/SC, Blumenau/SC, Vitor Meirelles/SC, São
José do Cerrito/SC e Curitiba/PR, bem como ordens judiciais de sequestro
de bens e de bloqueio de contas bancárias.
Cerca de 68 policiais federais, em
conjunto com 8 auditores fiscais da Receita Federal, estão atuando nesta
fase da investigação, cujo objetivo é arrecadar novos elementos de
convicção, que de outra maneira não poderiam ser obtidos, a fim de
tentar descortinar o grau de participação dos envolvidos no
branqueamento de capitais.
A Operação Água de Prata teve o
objetivo de reprimir organização criminosa, que estaria infiltrada em
diversas prefeituras municipais da região do extremo sul de Santa
Catarina, desviando recursos públicos obtidos através de convênios com a
União para obras de saneamento do PAC II.
Documentos apreendidos naquela ocasião
indicavam que servidor público estaria ocultando patrimônio supostamente
de origem ilícita, o que deu origem à nova investigação, levada a
efeito em conjunto com a Receita Federal, restando evidenciado que um
grupo de indivíduos estaria, em aparente unidade de esforços, atuando
para ocultar ou dissimular a origem de recursos obtidos de forma
ilícita.
Os envolvidos poderão ser indiciados
pela prática do crime de lavagem de dinheiro, cuja pena máxima é de 10
anos de reclusão, bem como por associação criminosa, cuja pena pode
chegar a 3 anos de prisão.
O nome desta fase da operação é uma referência a uma prática havaiana antiga. Hooponopono,
cuja tradução livre pode ser "corrigir um erro" ou “tornar certo o que
está errado”, é uma técnica de autoconhecimento e que visa à cura
espiritual, emocional e física. No âmbito da investigação, está
relacionada à busca da verdade real e correção do enriquecimento ilícito
verificado na operação.