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Foi realizada na Câmara Municipal de Montes Claros, nessa quinta 03.05 à audiência pública, para tratar da situação de abandono e descaso que se encontra o Mercado Municipal Christo Raeff.
Dentre as reclamações dos comerciantes no local, está a falta de segurança, arrombamentos durante a noite, assaltos constantes, falta de limpeza regular no local, higienização dos banheiros e aumento de flanelinha e moradores de rua no entorno.
O Vereador preponente, destacou que as cobranças têm sido constantes por parte dos comerciantes e também frequentadores do espaço.
Dezenas de comerciantes marcaram presença na audiência pública. Aramildes Barbosa trabalha há mais de 15 anos no espaço e disse que a movimentação tem caído muito por causa das más condições do ambiente.
Durante a audiência, o gerente do Mercado, Paulo Roberto Alkmin, ressaltou sobre o aumento de moradores de rua e flanelinhas no entorno.
Moradores de ruas, alojados ao lado do Mercado Municipal/Foto Diana Maia |
“É uma situação que acaba comprometendo a tranquilidade dos frequentadores e causa queda nas vendas. Os flanelinhas, por exemplo, criaram uma espécie de sistema de negócio no estacionamento, onde o cliente se vê obrigado a pagar a mais para usar o espaço”, enfatizou.
Já o comerciante João Aparecido, ressaltou que “mais do que a presença da Guarda Municipal, a ação mais ativa da Polícia Militar nos arredores do Mercado, é fundamental para garantir a segurança dos trabalhadores e frequentadores”, destacou e afirma que após o fechamento do posto policial que havia dentro mercado, as ocorrências dispararam.
De acordo com o Capitão Ibernon Rodrigues, do 66ª Companhia da Polícia Militar, a unidade foi fechada exatamente por falta de estrutura adequada e que o retorno do ponto de apoio não pode ser feito no momento, já que o Governo de Minas colocou em prática um projeto que busca diminuir o número de postos policiais para aumentar o número de militares nas ruas.
O que diz a Prefeitura
O secretário de Infraestrutura e Planejamento Urbano, Guilherme Guimarães, afirmou que já houve o levantamento dos gastos para as obras mais urgentes no Mercado e que a demora estava relacionada a falta de recursos necessários.
Ainda de acordo com o secretário, a reforma está avaliada em mais R$ 1,9 milhão, mais de R$ 1 milhão acima da verba disponível na Prefeitura. Com isso, o Estado entraria com cerca de 800 mil para a execução das obras, que devem começar em até quatro meses, a partir da contrapartida da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig).