quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Tropa com mais de mil militares do Exército atuam na Operação Ágata - Fronteira Sul

Foto Sgt Lorençato

Cerca de mil militares do Exército, estão atuando na Operação Ágata - Fronteira Sul, na faixa que liga o Estado do Paraná, sem data para terminar a missão.

A tropa empregada na linha de frente pertence à 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada, de Cascavel/PR. Os militares realizam bloqueio e controle de estradas e patrulhamento de rios em cooperação com a Marinha do Brasil e Força Aérea Brasileira.

A ação, tem como objetivo coibir ocorrência de ilícitos transfronteiriços, como tráfico de drogas, de armas, mineração ilegal e outros crimes ambientais. 

A Operação Ágata ocorre, ao longo do ano, em toda a faixa de fronteira terrestre, são mais de 16 mil km, envolvendo 11 estados brasileiros que fazem fronteira com dez países.

Só este ano na região Sul, as apreensões (principalmente de drogas, armas, contrabando e cigarros) resultaram num prejuízo de mais de R$ 9 milhões às organizações criminosas.

A Constituição Federal do Brasil estabelece que a faixa de até 150 km de largura ao longo das fronteiras terrestres, é considerada fundamental para a defesa do território nacional. A atuação das Forças Armadas, por meio de ações preventivas e repressivas, no combate a delitos transfronteiriços e ambientais na faixa de fronteira, em situação de normalidade, está amparada pela Lei Complementar no 136, de 25 Agosto de 2010.

Para o chefe do Centro de Coordenação de Operações do Comando Militar do Sul, Coronel Maia Filho, a operação teve êxito já no primeiro dia, com ações de ordem ostensiva e repressiva, como pontos de controles de vias e rios. 

"Foram apreendidas quantidade considerável de drogas. Essa é uma grande oportunidade de coibir os ilícitos transfronteiriços e ambientais. Ressalto a importante colaboração que estamos recebendo da população local. Vamos continuar atuando em benefício da segurança da área fronteiriça, em especial nesta operação com os nossos vizinhos paraguaios", reforçou.







Homem é preso e condenado por quatro anos por furto qualificado, em Montes Claros

 

Blog Jornalismo Imparcial

A Polícia Civil,  cumpriu na tarde desta quarta-feira (24/8), um Mandado de Prisão expedido em desfavor de um homem, com 44 anos, condenado a quase quatro anos por furto qualificado, em Montes Claros, na região Norte do estado. 

O suspeito, conforme se apurou, é reincidente em crimes de furto qualificado no município,  cometidos em desfavor de várias vítimas. O mandado cumprido foi emitido pela Justiça no início do mês de agosto desse ano.

O condenado foi preso após diligências realizadas pela equipe de apoio da Delegacia Regional,  após os trâmites ele foi conduzido  ao sistema prisional e se encontra à disposição da Justiça.



Instituto Militar de Engenharia: 230 anos de pioneirismo e de realizações em prol do Exército e do País

Por General de Brigada Juraci Ferreira Galdino

No período colonial, a longínqua metrópole buscava uma maneira eficiente de lograr êxito em seu oneroso e hercúleo encargo de preservar a joia mais preciosa de seu surpreendente Império. A evolução desse processo conduziu a criação da Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho.

Inaugurada em 1792, a Real Academia tornou-se a primeira escola de engenharia das Américas e a terceira do mundo. Difícil aquilatar a importância de um empreendimento dessa envergadura que, durante várias décadas, se constituiu na única opção de formação de engenheiros no Brasil, legando ao País, ainda em processo de construção, profissionais altamente gabaritados, em paridade com aqueles formados pelas melhores escolas de engenharia do mundo.

Ao longo do tempo, a busca pela excelência na formação militar e no ensino de engenharia ensejou evoluções e transformações nos estabelecimentos de ensino do Exército. Nesse diapasão, mister constatar que o ramo mais frondoso da árvore genealógica, que tem a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho como ancestral remoto, conduziu ao Instituto Militar de Engenharia.

O pioneirismo e a excelência são características marcantes dessa trajetória. As datas de criação dos atuais cursos de graduação e de pós-graduação do IME e a atuação de “Imeanos” na implantação de empreendimentos inovadores, estratégicos e estruturantes da Nação são evidências irrefutáveis dessas características.

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Embratel, a Petrobras e a Eletrobras, entre outras organizações e corporações essenciais ao desenvolvimento nacional, foram concebidas e consolidadas com efetiva participação de egressos do IME.

Gerações de Imeanos contribuíram para a realização de obras de infraestrutura nacionais, como hidrelétricas, pontes, rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. Participaram também de projetos que evidenciam a aguçada e invulgar criatividade nacional, como o Programa Proálcool e o Sistema PAL-M, voltado à implantação da TV em cores no Brasil na década de 1970.

A despeito da grandiosidade e da importância dessas conquistas, bem como daquelas em proveito da obtenção de capacidades militares genuinamente nacionais, há realizações que figuram ainda mais emblemáticas pois conjugam exemplos de abnegação, dedicação e amor extremo ao Brasil, as quais são evidenciadas pelo sacrifício capital daqueles que verteram sangue e suor em prol da defesa, da integridade, da coesão e da soberania deste país continente. Nessa senda, emerge icônico o Tenente-Coronel Juvêncio, engenheiro militar, cujos restos mortais repousam no primoroso Monumento aos Heróis de Laguna e de Dourados, erigido em homenagem aos heróis que tombaram em defesa do solo pátrio. Conjugar o saber, a valentia e o amor à Pátria é a essência e a verdadeira fortaleza de nossos engenheiros, a força de nossa Força.

Os engenheiros militares são reconhecidos pela excelência de seus trabalhos e pela dedicação ao Exército Brasileiro e ao Brasil. O Marechal Trompowski, Patrono do Magistério Militar; o Marechal Rondon, Patrono da Arma de Comunicações; o Marechal Mascarenhas de Moraes, Comandante da Força Expedicionária Brasileira; e o Marechal Montenegro, fundador do Instituto Tecnológico de Aeronáutica e Patrono da Engenharia da Aeronáutica, ilustram o vasto rol de expoentes que escreveram páginas memoráveis de nossa história, que marcaram época e que inspiram as gerações sucessoras.

Os desafios atuais são tão importantes e complexos quanto aqueles enfrentados pelas gerações passadas. A ciência e a tecnologia despontam como o cerne das capacidades militares almejadas pelo Exército Brasileiro; a inovação tecnológica é a força motriz da competitividade, do desenvolvimento e da soberania; e a face da batalha transforma-se pela adoção do Poder Inteligente, pela fluidez das fronteiras do espectro cibernético e pelas assimetrias cada vez mais desafiadoras. A história mostra de forma inequívoca que, nos momentos de crises agudas e nas guerras, não bastam diplomacia, boas relações internacionais e abundantes recursos financeiros: é preciso dispor de capacidades avançadas em pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, produção industrial e prestação de serviços de base tecnológica para gerar e difundir inovações genuinamente nacionais. O epicentro dessa empreendedora jornada é a existência e o aprimoramento contínuo de estabelecimentos de ensino e de pesquisa de excelência.

Vivenciamos um mundo de grandes transformações e de vertiginoso avanço tecnológico com reflexos fulcrais em todas as expressões do poder nacional. Pensadores de todos os matizes desenvolvem modelos e conceitos na perspectiva de captar os elementos essenciais dessa efervescência: 4ª Revolução Industrial, Era do Conhecimento, modernidade líquida e sociedade digital são algumas das denominações que surgem desse esforço.

Cônscio dessa dinâmica conjuntura, o Departamento de Ciência e Tecnologia estabeleceu diretrizes e orientações para prosseguirmos na busca incessante pela excelência na formação militar, no ensino de engenheira e na pesquisa científica. Sob essa égide, as mudanças necessárias deverão preservar nossa essência, forjada pelos nossos antepassados que conjugam forte base científica, sofisticado conhecimento técnico e sólida formação militar. Dessa forma, amalgamamos o arcabouço técnico a princípios basilares, valores éticos e morais que permeiam nossa secular instituição e que são fundamentais para o desenvolvimento de uma sociedade sadia e justa.

Nesse diapasão, o IME vem empreendendo revisões curriculares da formação militar e da graduação de engenharia. Além disso, incorporou os conceitos de universidade empreendedora e universidade inovadora ao de escola corporativa, passando a vislumbrar a possibilidade de desenvolver projetos de P&D na faixa intermediária na escala de maturidade tecnológica. Desse modo, almeja-se ampliar o rol de contribuições deste Estabelecimento de Ensino para o Exército e para o País, não apenas com a formação, a especialização e o aperfeiçoamento de Recursos Humanos altamente qualificados, mas também com a geração de inovações passíveis de serem licenciadas à indústria. Como resultado, o IME aprovou importantes projetos de P&D com recursos oriundos do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações, os quais serão peremptórios para a ampliação e modernização da infraestrutura laboratorial, alçando os meios de apoio à geração de resultados inovadores do Instituto a patamar de destaque.

Ao incorporarmos novas condições físicas às melhores práticas de formação militar, de ensino de engenharia e de pesquisa e desenvolvimento científico-tecnológico, preservamos a nossa tradição de prestar excelentes serviços ao Exército e ao País, honrando o legado de nossos antepassados.

SOBRE O AUTOR

Promovido ao posto atual em 25 NOV 20. Natural de Malta, Paraíba. Filho de José Galdino Fernandes e de Aureni de Freitas Fernandes. Graduado em Engenharia Eletrônica (UFPB, 1991). Declarado 1º Ten do QEM, em 1992. Doutor em Engenharia Elétrica (UFCG, 2002). Possui os cursos de Direção para Engenheiros Militares (ECEME, 2010) e de Altos Estudos de Política e Estratégia (ESG, 2017). Dentre outras, exerceu as funções de Chefe da AGITEC e Chefe do CAEx. É o Comandante do IME, desde 28 ABR 21. Possui cerca de 130 publicações científicas; foi jovem pesquisador do estado do Rio de Janeiro e do CNPq. Possui a Medalha Militar de Ouro, a Medalha do Pacificador, a Medalha do Mérito Judiciário Militar e a Ordem do Mérito Militar no Grau Comendador.



PCMG informa que o sistema de emissão de carteira de identidades já foi regularizado na tarde desta quarta-feira (24)

 A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que o sistema de emissão de carteira de identidades já foi regularizado no início da tarde desta quarta-feira  24 de agosto,  e se encontra em pleno funcionamento.

*Com informação do 4º Departamento de Polícia Civil



PCMG informa que o sistema de emissão de carteiras de identidades está momentaneamente fora do ar.

 

Blog Jornalismo Imparcial

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa nesta quarta-feira (24), que o sistema de emissão de carteiras de identidades está momentaneamente fora do ar. 

O Instituto de Identificação já está trabalhando para restabelecer o serviço.O cidadão com atendimento programado para hoje (24/08)  que está sendo impactado pela indisponibilidade poderá agendar um novo horário para atendimento pelo Portal MG www.mg.gov.br, e pelo MG aplicativo para celular ou ainda pelos terminais de autoatendimento disponíveis nas UAIs. Caso não encontre vaga poderá solicitar um horário pelo Fale Conosco do Governo para realizar a emissão do RG de forma imediata e prioritária, no link https://www.mg.gov.br/pagina/fale-conosco.

A PCMG lamenta os transtornos e conta com a compreensão dos usuários do serviço.

*Com com informação do 4º Departamento de Polícia Civil



terça-feira, 23 de agosto de 2022

PC prende um homem por homicídio tentado, armas e munições em Taiobeiras/Norte de Minas

Blog Jornalismo Imparcial
Montes Claros/MG_ A Polícia Civil, cumpriu na manhã desta terça-feira (23/8), em Taiobeiras, na região Norte do estado, mandado de Busca e Apreensão expedido em desfavor de um homem, com 44 anos, suspeito de envolvimento em Homicídio Tentado. Durante a ação,  os policiais civis apreenderam  armas e munições.

A medida cautelar foi solicitada no inquérito policial instaurado para investigar o crime de tentativa de homicídio ocorrido no dia 4 de agosto deste ano, no Distrito de Barra da Alegria, em Indaiabira. 

Na ocasião, o suspeito motivado por disputa de terras,  foi até a casa da vítima, com 45 anos,  chamou por ele e efetuou vários disparos. Apesar de mirar na  vítima,  todos os tiros  acertaram  o portão da residência dele, que  não se  feriu.  Durante as buscas realizadas hoje, no imóvel do suspeito, os policiais civis apreenderam uma escopeta calibre 12, uma pistola 9mm, e diversas munições, inclusive cartuchos deflagrados. 

O suspeito foi conduzido para a Delegacia de Taiobeiras e o material foi apreendida. As diligências continuam visando concluir o Inquérito Policial em trâmite na Unidade.



O Palácio Duque de Caxias faz 80 anos

Por Coronel Carlos Mário de Souza Santos Rosa

Os primórdios

Em 28 de agosto, o Palácio Duque de Caxias completa 80 anos. O prédio que leva o nome do patrono do Exército se assenta próximo a um ponto de ocupação militar de mais de 200 anos, o Campo de Santana, nascido da doação feita por José da Costa Martins Gil e sua mulher, D. Emerenciana Dantas da Cunha, proprietários da área, para a construção do quartel do 2º Regimento de Infantaria, atual 2º BI Mtz, “Regimento Avaí”.

A obra foi iniciada em 1811, sendo concluída quatro anos depois, passando o aquartelamento a ser conhecido como “Quartel do Campo” e tendo sua frente situada no local onde hoje se encontra o Palácio Duque de Caxias.

O prédio testemunhou importantes episódios da história do Brasil Colônia e Império, tais como a Aclamação de D. João VI como Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves; o Dia do Fico; a Aclamação de D. Pedro I como Imperador; e a Abdicação de D. Pedro I, até que, em 1855, o Duque de Caxias, nomeado Ministro da Guerra, realizou as primeiras reformas dignas de nota.

Em 1862, na sua segunda passagem pela pasta da Guerra, Caxias transformou o aquartelamento no Quartel-General do Exército Brasileiro, que serviu de palco para a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889.

Entre 1905 e 1910, interregno que compreende as administrações de Francisco de Paula Argolo, Hermes da Fonseca, Luís Mendes de Moraes, Carlos Eugênio de Andrade Guimarães, José Bernardino Bormann e Emídio Dantas Barreto à frente do Ministério da Guerra, o prédio recebeu novas reformas e ampliações, tornando-se sede do Estado-Maior do Exército e do Gabinete do Ministro, condição em que permaneceu até o ano de 1937.

 

O contexto

A construção do complexo arquitetônico que compõe o Palácio Duque de Caxias (PDC) é fruto da intersecção de duas propostas urbanísticas – a melhoria da mobilidade no centro da cidade do Rio de Janeiro e o embelezamento e a modernização da cidade por meio da construção de suntuosos prédios públicos, em especial das sedes ministeriais –, ambas conduzidas sob a égide do governo de Getúlio Vargas.

Em menos de uma década, a então capital federal foi aquinhoada com um rol de construções monumentais que ainda hoje marcam a paisagem carioca, com destaque para o Palácio da Fazenda, sede do Ministério da Fazenda, iniciado em 1938; o Palácio Gustavo Capanema, marco na história da arquitetura nacional, concluído em 1945, e que contou com a consultoria do conhecido arquiteto Le Corbusier; a sede do Ministério do Trabalho, atual Fórum Ministro Arnaldo Süssekind, inaugurada em 1938; e a sede da Rede Ferroviária Federal, conhecida Central do Brasil.

No que se refere à mobilidade urbana, o processo teve como catalisador o prefeito nomeado, Henrique de Toledo Dodsworth Filho que, em dezembro de 1940, por ocasião de uma palestra proferida pelo seu Secretário de Viação e Obras, o engenheiro Edison Junqueira Passos, expôs o novo modelo de circulação viária para o centro da cidade, estando inclusa a então Av. 10 de Novembro, data da implantação do Estado Novo, e que o tempo transformaria em Av. Presidente Vargas.

 

A construção

A pedra fundamental foi lançada no Dia da Independência de 1937, sendo o Ministro da Guerra o General de Divisão Eurico Gaspar Dutra e o Diretor de Engenharia, o General de Brigada Manuel Rabelo. A Comissão Construtora era chefiada pelo então Major Raul de Albuquerque, que tinha como adjuntos o Major José Osório e o Capitão Rubens Rosado Teixeira.

O projeto seguia o estilo Art Decó e esteve sob a responsabilidade do arquiteto Cristiano Stockler das Neves, que foi autor de vários trabalhos na capital paulista, dentre os quais o Edifício Sampaio Moreira que, até a inauguração do Edifício Martinelli, foi o mais alto da cidade. A proposta incluía a construção de duas grandes alas e a preservação de metade das quatro existentes, mantendo dessa forma o formato quadrangular dos antigos aquartelamentos, unindo passado e presente.

A ala principal, voltada para a avenida que seria construída, constaria de subsolo, sobrelojas, dez andares e de uma torre central com mais 13 andares, enquanto a outra, à retaguarda, mais tarde batizada Ala Marcílio Dias, teria seis pavimentos, contando ambas com 165,00 metros de extensão.

As alas laterais, remanescentes do prédio de 1910, com 160,50 metros e três pavimentos, respectivamente voltadas para a Praça Cristiano Otonni, onde hoje se ergue a Central do Brasil, e para o Palácio Itamaraty, foram conservadas sem alteração.

Para não prejudicar a continuidade dos trabalhos da Administração Militar, a ala principal foi edificada em uma área afastada 20 metros da frente do antigo prédio. A entrada da frente encontra-se revestida de granito vermelho-escuro e preto, abrangendo o saguão de entrada com dois andares, tendo ao fundo, acima do primeiro lance de escadas, um vitral de 13 metros de altura de autoria de Alcebíades Miranda Júnior, representando o “Duque de Caxias em Itororó”.

Na altura do 3º andar e 4º andares, na fachada do prédio, encontram-se dois bronzes, de autoria de Hildegardo Leão Veloso, alusivos à “A Glória Militar”, no lado esquerdo, e à “Apoteose à Bandeira”, no lado direito.

No 9º andar, ficava o Gabinete do Ministro da Guerra, atual Sala D. João VI, assim como o Salão Nobre, adornado com cinco vitrais em seu teto, referentes à “Batalha de Guararapes”, “Defesa das Fronteiras”, “Batalha do Avaí”, “Proclamação da República” e “A Pátria Brasileira”, todos de autoria de Armando Martins Viana.

A seleção dos ornamentos teve a colaboração do jurista e historiador Pedro Calmon, então Diretor da Faculdade Nacional de Direito, atual Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

A obra foi inaugurada em 28 de agosto de 1941, constituindo-se no maior edifício público administrativo de sua época, com 86 mil metros quadrados de área e 23 andares, reunindo várias repartições da Administração do Exército então dispersas.

Em 1944, a Av. Presidente Vargas teve seu último trecho inaugurado, que somado à ampliação das instalações da Central do Brasil, principal centro rodoferroviário urbano da cidade do Rio de Janeiro, concluída em 1937, fez com que o PDC ganhasse uma visibilidade nunca antes experimentada.

Finalmente, em 30 de agosto de 1949, sendo o titular da pasta da Guerra Canrobert Pereira da Costa, os restos mortais do Duque e da Duquesa de Caxias foram transladados do Cemitério de São Francisco de Paula, no bairro do Catumbi, para o panteão, erguido no local em que se situava o antigo QG do Exército Imperial.

A administração do novo conjunto arquitetônico coube ao Comando do Quartel-General do Ministério da Guerra, organização militar vinculada à 1ª Região Militar, criada em 1934, que desde aquele ano vinha cuidando da ordem, da disciplina, da polícia, do asseio, da conservação e da defesa do quartel-general. Com o advento do novo QG, passou a denominar-se Administração do Edifício do Ministério da Guerra.

 Ministério da Guerra

Durante 30 anos, o PDC foi o principal endereço da Força Terrestre, sendo palco de importantes fatos da História do Brasil e do Exército, tais como a organização da Força Expedicionária Brasileira, em 1944; a deposição de Getúlio, em 1945; os planejamentos para a criação da Escola de Paraquedistas, núcleo da atual Brigada de Infantaria Paraquedista no mesmo ano; o Movimento de 11 de novembro em 1955; a organização do Batalhão Suez; a organização da FAIBRAS; e a mudança de denominação de Ministério da Guerra para Ministério do Exército, em 1967.

No ano de 1971, o General de Exército Alfredo Souto Malan assumiu a função de chefe do EME, em Brasília, marcando o início do esvaziamento do PDC que se concretizaria em 1974, com a ida do Gabinete do Ministro para aquela cidade, relegando o referido prédio à função de QG do então I Exército. No mesmo ano, o Decreto nº 74.705, de 17 de outubro, autorizou o registro do imóvel pela União como Palácio Duque de Caxias.

Atualmente, o PDC sedia 18 organizações militares, sendo sete comandos de oficiais-generais, inclusive o único departamento que não tem sede no QG do Exército em Brasília, o Departamento de Educação e Cultura do Exército. O Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC) do Rio de Janeiro, nos autos do processo E-18/001.539/98, determinou o tombamento provisório do PDC, em 9 de dezembro de 1998, em um justo reconhecimento a um legado que não é só do Exército, mas de toda a sociedade brasileira.

 SOBRE O AUTOR

O Coronel Carlos Mário de Souza Santos Rosa é oficial da Arma de Artilharia, formado na Turma de 1991 da AMAN. Realizou o Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais no ano de 2004 e o Curso de Altos Estudos Militares no biênio 2013-2014. Desempenhou as funções de Observador Avançado, Oficial de Reconhecimento, Comandante da Linha de Fogo, Comandante de Bateria, Oficial de Comunicação Social de OM, Assessor Jurídico, Ajudante Geral, Chefe de 1ª Seção de Grande Comando, Chefe de 4ª Seção de Grande Comando, Oficial de Comunicação Social de Grande Comando, Chefe do Escritório de Projetos da 1ª DE e Assessor de Cultura do CML.



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