domingo, 1 de junho de 2025

Em visita à China, UFMG amplia iniciativas conjuntas com a Universidade Hust

 Novas parcerias envolvem áreas como engenharia, IA e medicina; a reitora Sandra Goulart Almeida esteve em Wuhan e também em Hong Kong, onde participou de encontro da WUN

Sandra Goulart (no centro, de preto), Aziz Saliba (de gravata vermelha) e Flávia Souza (de máscara) com os anfitriões na Hust/Foto: Huazhong University of Science and Technology

Da redação
jornalismoimparcial@gmail.com

A reitora Sandra Regina Goulart Almeida, durante viagem à China, na última quarta-feira, 28 de maio, assinou novos acordos para ações conjuntas com a Huazhong University of Science and Technology (Hust). Engenharia, inteligência artificial e medicina são algumas das áreas sobre as quais há conversas adiantadas. Sandra foi recebida pela vice-reitora da instituição chinesa, Yiqing Zhan.

Um novo acordo assinado pelas duas instituições cria um centro de pesquisa em urbanismo com sedes na UFMG e na Hust. Além de Wuhan, cidade-sede da Hust, Sandra Goulart esteve em Hong Kong para encontro da World Universities Network (WUN). Na viagem, a reitora foi acompanhada pelo diretor de Relações Internacionais da UFMG, Aziz Tuffi Saliba, e a responsável pelo Setor de Redes e Missões da diretoria, Flávia Souza.

Parceiras desde 2013, UFMG e Hust mantêm intensa colaboração por meio da presença na Universidade do Instituto Confúcio (IC) – braço educacional e cultural do governo chinês – e em campos como os da arquitetura e urbanismo, ciências econômicas e direito. Os diretores das faculdades da Hust dedicadas a essas áreas participaram de parte dos encontros bilaterais.

“A Hust é uma parceira muito relevante, de longa data”, afirma Sandra Goulart, que, em apresentação para os anfitriões, destacou a tradição e a inovação que marcam a história da UFMG, sublinhando a excelência acadêmica e os serviços prestados à sociedade, em Minas Gerais e no Brasil.

“Enfatizei o nosso lugar de destaque em rankings universitários de relevância global, a inovação tecnológica e a produção científica de ponta, e ainda o valor e a diversidade da nossa comunidade”, diz a reitora. Em sua fala, Sandra também fez breve relato sobre atividades, na UFMG, do Instituto Confúcio, que, junto com a Faculdade de Letras, oferece cursos de mandarim, arquitetura e urbanismo, economia e direito. 

Livro sobre direito chinês
A Hust é uma das universidades que enviará professores e estudantes para a Brics Legal Studies School, que será realizado em agosto, na UFMG. O objetivo do encontro, informa Aziz Saliba, é promover estudos comparados e debates sobre os sistemas jurídicos dos países do bloco, no qual Brasil e China se unem a países como África do Sul, Rússia e Índia. Também serão tratados temas de interesse comum como mudanças climáticas e as perspectivas para o Brics. A UFMG lidera um grupo de coorganizadores formado por nove outras instituições.

O diretor de Relações Internacionais anuncia também o lançamento, pela UFMG e pela Hust, do primeiro livro em português de introdução ao direito chinês, com capítulos escritos por professores do país asiático. “Essa iniciativa é muito importante tendo em vista o grande volume de negócios feitos por Brasil e China”, ele argumenta.

Ações e recursos
Em Hong Kong, Sandra Goulart Almeida foi debatedora em painel sobre desafios, ações e fontes de recursos para as instituições que se reúnem na World Universities Network, que congrega 25 universidades líderes em pesquisa de 18 países. Nesse encontro, a reitora da UFMG deixou a vice-presidência da rede, que ocupou por um ano. Nos dois anos anteriores, ela foi presidente da WUN – o sistema vigente na rede prevê que, ao passar a posição, um presidente deve passar um ano na vice-presidência. Ela já tinha atuado como vice entre 2021 e 2022. Ela segue integrando o órgão da WUN que reúne os reitores das universidades-membros. A UFMG mantém cerca de 20 projetos em parceria com as essas instituições.

Durante o encontro, foram apresentados pôsteres e vídeos de projetos desenvolvidos pela UFMG com outras universidades. Tratou-se também de novas colaborações, melhores práticas, inteligência artificial aplicada à pesquisa e à gestão universitária. A delegação da UFMG manteve ainda reuniões paralelas com instituições parceiras, como as universidades de Sheffield e Exeter, no Reino Unido, a Universidade de Tsukuba (Japão), a Universidade de Cape Town (África do Sul) e a Universidade de Queensland (Austrália).

Como ocorreu em 2024 na África do Sul, o encontro deste ano teve participação de instituições de países do continente – representados, neste caso, pela Asian Universities Network. “Esse novo modelo tem propiciado excelentes oportunidades de contato com instituições de países com os quais não temos relações acadêmicas. Dessa vez, trocamos informações com acadêmicos e gestores das Filipinas, do Vietnã e da Indonésia”, enumera Aziz Saliba.     

Saiba mais sobre acordos e iniciativas mantidos pela UFMG com universidades chinesas, abrangendo, além da China continental, Hong Kong, Macau e Taiwan (do ponto de vista do governo chinês, Taiwan é parte da República Popular da China, mas o governo da ilha a considera independente).



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