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quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Instituto Militar de Engenharia: 230 anos de pioneirismo e de realizações em prol do Exército e do País

Por General de Brigada Juraci Ferreira Galdino

No período colonial, a longínqua metrópole buscava uma maneira eficiente de lograr êxito em seu oneroso e hercúleo encargo de preservar a joia mais preciosa de seu surpreendente Império. A evolução desse processo conduziu a criação da Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho.

Inaugurada em 1792, a Real Academia tornou-se a primeira escola de engenharia das Américas e a terceira do mundo. Difícil aquilatar a importância de um empreendimento dessa envergadura que, durante várias décadas, se constituiu na única opção de formação de engenheiros no Brasil, legando ao País, ainda em processo de construção, profissionais altamente gabaritados, em paridade com aqueles formados pelas melhores escolas de engenharia do mundo.

Ao longo do tempo, a busca pela excelência na formação militar e no ensino de engenharia ensejou evoluções e transformações nos estabelecimentos de ensino do Exército. Nesse diapasão, mister constatar que o ramo mais frondoso da árvore genealógica, que tem a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho como ancestral remoto, conduziu ao Instituto Militar de Engenharia.

O pioneirismo e a excelência são características marcantes dessa trajetória. As datas de criação dos atuais cursos de graduação e de pós-graduação do IME e a atuação de “Imeanos” na implantação de empreendimentos inovadores, estratégicos e estruturantes da Nação são evidências irrefutáveis dessas características.

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Embratel, a Petrobras e a Eletrobras, entre outras organizações e corporações essenciais ao desenvolvimento nacional, foram concebidas e consolidadas com efetiva participação de egressos do IME.

Gerações de Imeanos contribuíram para a realização de obras de infraestrutura nacionais, como hidrelétricas, pontes, rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. Participaram também de projetos que evidenciam a aguçada e invulgar criatividade nacional, como o Programa Proálcool e o Sistema PAL-M, voltado à implantação da TV em cores no Brasil na década de 1970.

A despeito da grandiosidade e da importância dessas conquistas, bem como daquelas em proveito da obtenção de capacidades militares genuinamente nacionais, há realizações que figuram ainda mais emblemáticas pois conjugam exemplos de abnegação, dedicação e amor extremo ao Brasil, as quais são evidenciadas pelo sacrifício capital daqueles que verteram sangue e suor em prol da defesa, da integridade, da coesão e da soberania deste país continente. Nessa senda, emerge icônico o Tenente-Coronel Juvêncio, engenheiro militar, cujos restos mortais repousam no primoroso Monumento aos Heróis de Laguna e de Dourados, erigido em homenagem aos heróis que tombaram em defesa do solo pátrio. Conjugar o saber, a valentia e o amor à Pátria é a essência e a verdadeira fortaleza de nossos engenheiros, a força de nossa Força.

Os engenheiros militares são reconhecidos pela excelência de seus trabalhos e pela dedicação ao Exército Brasileiro e ao Brasil. O Marechal Trompowski, Patrono do Magistério Militar; o Marechal Rondon, Patrono da Arma de Comunicações; o Marechal Mascarenhas de Moraes, Comandante da Força Expedicionária Brasileira; e o Marechal Montenegro, fundador do Instituto Tecnológico de Aeronáutica e Patrono da Engenharia da Aeronáutica, ilustram o vasto rol de expoentes que escreveram páginas memoráveis de nossa história, que marcaram época e que inspiram as gerações sucessoras.

Os desafios atuais são tão importantes e complexos quanto aqueles enfrentados pelas gerações passadas. A ciência e a tecnologia despontam como o cerne das capacidades militares almejadas pelo Exército Brasileiro; a inovação tecnológica é a força motriz da competitividade, do desenvolvimento e da soberania; e a face da batalha transforma-se pela adoção do Poder Inteligente, pela fluidez das fronteiras do espectro cibernético e pelas assimetrias cada vez mais desafiadoras. A história mostra de forma inequívoca que, nos momentos de crises agudas e nas guerras, não bastam diplomacia, boas relações internacionais e abundantes recursos financeiros: é preciso dispor de capacidades avançadas em pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, produção industrial e prestação de serviços de base tecnológica para gerar e difundir inovações genuinamente nacionais. O epicentro dessa empreendedora jornada é a existência e o aprimoramento contínuo de estabelecimentos de ensino e de pesquisa de excelência.

Vivenciamos um mundo de grandes transformações e de vertiginoso avanço tecnológico com reflexos fulcrais em todas as expressões do poder nacional. Pensadores de todos os matizes desenvolvem modelos e conceitos na perspectiva de captar os elementos essenciais dessa efervescência: 4ª Revolução Industrial, Era do Conhecimento, modernidade líquida e sociedade digital são algumas das denominações que surgem desse esforço.

Cônscio dessa dinâmica conjuntura, o Departamento de Ciência e Tecnologia estabeleceu diretrizes e orientações para prosseguirmos na busca incessante pela excelência na formação militar, no ensino de engenheira e na pesquisa científica. Sob essa égide, as mudanças necessárias deverão preservar nossa essência, forjada pelos nossos antepassados que conjugam forte base científica, sofisticado conhecimento técnico e sólida formação militar. Dessa forma, amalgamamos o arcabouço técnico a princípios basilares, valores éticos e morais que permeiam nossa secular instituição e que são fundamentais para o desenvolvimento de uma sociedade sadia e justa.

Nesse diapasão, o IME vem empreendendo revisões curriculares da formação militar e da graduação de engenharia. Além disso, incorporou os conceitos de universidade empreendedora e universidade inovadora ao de escola corporativa, passando a vislumbrar a possibilidade de desenvolver projetos de P&D na faixa intermediária na escala de maturidade tecnológica. Desse modo, almeja-se ampliar o rol de contribuições deste Estabelecimento de Ensino para o Exército e para o País, não apenas com a formação, a especialização e o aperfeiçoamento de Recursos Humanos altamente qualificados, mas também com a geração de inovações passíveis de serem licenciadas à indústria. Como resultado, o IME aprovou importantes projetos de P&D com recursos oriundos do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações, os quais serão peremptórios para a ampliação e modernização da infraestrutura laboratorial, alçando os meios de apoio à geração de resultados inovadores do Instituto a patamar de destaque.

Ao incorporarmos novas condições físicas às melhores práticas de formação militar, de ensino de engenharia e de pesquisa e desenvolvimento científico-tecnológico, preservamos a nossa tradição de prestar excelentes serviços ao Exército e ao País, honrando o legado de nossos antepassados.

SOBRE O AUTOR

Promovido ao posto atual em 25 NOV 20. Natural de Malta, Paraíba. Filho de José Galdino Fernandes e de Aureni de Freitas Fernandes. Graduado em Engenharia Eletrônica (UFPB, 1991). Declarado 1º Ten do QEM, em 1992. Doutor em Engenharia Elétrica (UFCG, 2002). Possui os cursos de Direção para Engenheiros Militares (ECEME, 2010) e de Altos Estudos de Política e Estratégia (ESG, 2017). Dentre outras, exerceu as funções de Chefe da AGITEC e Chefe do CAEx. É o Comandante do IME, desde 28 ABR 21. Possui cerca de 130 publicações científicas; foi jovem pesquisador do estado do Rio de Janeiro e do CNPq. Possui a Medalha Militar de Ouro, a Medalha do Pacificador, a Medalha do Mérito Judiciário Militar e a Ordem do Mérito Militar no Grau Comendador.



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