Foram realizadas cem cirurgias no município de Humaitá-AM |
Marinha do Brasil
Nos
dias 13 e 14 de abril, o Projeto Amazônico de Oftalmologia Humanitária
deu início no município de Humaitá-AM. O projeto, que conta com o apoio
da Marinha do Brasil, é uma parceria entre a Universidade Federal do
Amazonas, a Universidade Federal de São Paulo, o Instituto Paulista de
Estudos e Pesquisas em Oftalmologia, a Lupas Leitor, a Johnson e
Johnson, a Fundação Piedade Cohen e a Sociedade Amigos da Marinha de
Manaus. A equipe atenderá até o dia 21 de abril os municípios de
Manicoré, Novo Aripuanã, Borba e Nova Olinda do Norte-AM.
No
município de Humaitá, cem cirurgias de catarata e pterígio foram
realizadas com pessoas a partir dos 40 anos. O Navio de Assistência
Hospitalar (NAsH) “Soares de Meirelles” realizou 1.020 procedimentos de
saúde, três raio-x e distribuiu 23 kits odontológicos e mais de 700
óculos para leitura.
O
Comandante do 9º Distrito Naval, Vice-Almirante Paulo César Colmenero
Lopes, explicou a dinâmica da operação. “Nessa comissão, a Marinha por
meio do NAsH “Soares de Meirelles”, além de realizar o atendimento
básico de saúde, participa nos exames e na distribuição de óculos para
leitura, na triagem para as cirurgias e também no apoio logístico,
levando os médicos para os municípios que serão atendidos. Essa é a
terceira vez que estamos apoiando esse programa que é muito importante
para a sociedade local, alcançando pessoas que têm a necessidade de
intervenções cirúrgicas para voltar a enxergar”.
O
projeto visa diminuir o número de pessoas atingidas pelas doenças
tropicais como a catarata e pterígio que atinge um grande número de
amazonenses, devido aos raios ultravioletas, de grande incidência na
região amazônica, principalmente, os trabalhadores de lavoura e do
campo.
Para
a doação de óculos, os pacientes passam por uma triagem por meio do
teste de acuidade visual, que ajuda a identificar o grau a ser
utilizado. Devido ao fato de grande parte da população ribeirinha não
saber ler, a empresária Anna Jankov e seu esposo, Jean Jankov, criaram
uma tabela com peixes da região como o tambaqui, tucunaré, pirarucu e
outros, que ajuda no diagnóstico. Anna e o esposo atuam como voluntários
do projeto desde 2015 e doaram, por meio da empresa Lupas Leitor, cinco
mil óculos para as comunidades atendidas nesta edição.