Um dia de campo realizado na Fazenda Experimental do Sindicato Rural e da Epamig, em Montes Claros, neste último sábado, 23 de outubro, encerrou o VI Congresso de Palma e Outras Forrageiras para o Semiárido e o Palmatech 2023. O evento atraiu quase 400 participantes, que puderam explorar as quatro estações montadas na fazenda, apresentando desde programas para o cultivo da palma até técnicas de manejo e colheita.
Durante a programação, os participantes puderam conferir na prática os tratos, cuidados e informações sobre os projetos de difusão da palma forrageira na região do semiárido. As quatro estações de campo foram ministradas por pesquisadores da EPAMIG, Unimontes, técnicos da CNA/Senar e uma empresa de maquinários, proporcionando a oportunidade de testar técnicas e aprender com especialistas.
"É uma alegria para nós poder receber pessoas de todo o Brasil não somente para conhecer as pesquisas desenvolvidas em nosso Campo Experimental, mas também para fortalecer a difusão da palma forrageira como alternativa para convivência com a seca. Na história recente, passamos por um período de quase sete anos de estiagem, o que trouxe uma perda gigantesca para a produção agropecuária. É preciso estar preparado para enfrentar os desafios climáticos da nossa região, e a palma pode ser uma grande aliada", avalia o presidente do Sindicato Rural, Alexandre Rocha.
Durante a manhã, as estações compartilharam informações e demonstrações, abordando diversos aspectos do cultivo da palma. Uma das estações, denominada "Rede Palma", apresentada pelas pesquisadoras Polyanna Oliveira e Leidy Rufino, focou no projeto de multiplicação dos Campos de Palma forrageira na região norte de Minas e Vale do Jequitinhonha. A pesquisadora Polyanna Oliveira explicou que a entidade compartilha informações como a forma de realizar o cadastro em caso de interesse de participação, técnicas de plantio, cultivo e como se dá o acompanhamento das unidades por parte dos pesquisadores.
Rede Palma
O programa "Rede Palma", liderado pela EPAMIG, tem como objetivo difundir a tecnologia da palma forrageira no Semiárido Mineiro. Atualmente, está presente em 41 municípios, com um total de 84 Unidades Demonstrativas e 384 Campos de Multiplicação, tendo distribuído mais de 1,6 milhão de raquetes desde o início do programa.
Em Montes Claros, também está sendo desenvolvida uma pesquisa dentro do projeto Forrageiras para o Semiárido, liderado pelo Instituto CNA, que visa selecionar as forrageiras e gramíneas mais adaptáveis para o clima e solo da região. Atualmente, a pesquisa está na fase dois, que avalia o desempenho dos cultivares junto ao pisoteio e consumo dos animais.