sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Exposição 200 anos de Ciência, Tecnologia e Inovação no Exército

O Exército Brasileiro, por intermédio do Departamento de Ciência e Tecnologia, realizará a exposição intitulada “200 anos de Ciência, Tecnologia e Inovação no Exército”, no Forte de Copacabana, na Cidade do Rio de Janeiro, no período de 8 de novembro até 1º de dezembro do corrente ano.

Muito mais do que uma viagem através do tempo, o evento também contará com uma exposição de materiais e equipamentos militares modernos, desenvolvidos pela engenharia militar nacional, demonstrando de forma inequívoca a capacidade de nossa gente para desenvolver tecnologias de ponta e inovar em áreas sofisticadas e de vanguarda.

Dessa maneira, os visitantes da exposição terão a oportunidade de contemplar realizações do Exército, no campo da Engenharia Militar, que se revelaram indutoras de crescimento econômico e de desenvolvimento social e impulsionadoras da defesa e da segurança nacional. Além disso, vivenciarão indícios de um futuro promissor ao se depararem com alguns dos resultados recentes das atividades de ciência, tecnologia e inovação do Exército Brasileiro em prol da soberania e do desenvolvimento nacional. Finalmente, perceberão que, com o correr do tempo, surgem novos desafios que são enfrentados com os mesmos valores que caracterizam o Exército do Brasil.

Essa viagem começa nos idos de 1792, 30 anos antes da independência, com a criação da Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, a primeira escola de engenharia das Américas, a terceira do mundo e a origem remota do Instituto Militar de Engenharia. Desde então, o Exército se notabiliza na formação, na especialização e no aperfeiçoamento de engenheiros que contribuem para o desenvolvimento científico-tecnológico do Exército e do país. Os visitantes conhecerão um pouco da história dos “Trens”, estabelecimentos que eram encarregados de armazenar e fabricar materiais bélicos e que contribuíram para a futura industrialização do país. Eles terão noção do papel preponderante da Engenharia militar nos diversos conflitos armados do Brasil Imperial, apoiando o planejamento, o preparo e o emprego da força militar.

Obras de ilustres engenheiros militares poderão ser apreciadas, como as do Barão de Capanema, do Tenente André Rebouças e do Marechal Rondon, assim como as de tantos outros que participaram da construção de ferrovias, de linhas telegráficas, de rodovias e de demais trabalhos de engenharia, aplicando sólidos conhecimentos científicos e tecnológicos no esforço de interligação das regiões mais longínquas do país e contribuindo para a manutenção da unidade e integração nacionais e o desenvolvimento econômico.

Na primeira metade do século XX, o pioneirismo e a importância do Exército no desenvolvimento científico e tecnológico do país são evidenciados pelo Instituto Militar de Engenharia, com a criação de cursos de engenharia essenciais ao domínio de paradigmas tecnológicos fundamentais ao preparo de pessoal, para atender demandas do Exército e do país nos campos da ciência e da tecnologia. Destacam-se, nesse contexto, os cursos de Engenharia Aeronáutica (1939), embrião do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), e de Metalurgia (1938) e Comunicações (1939), cujos egressos atuaram decisivamente na implantação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a primeira grande indústria de base do País, e do Sistema Nacional de Telecomunicações.

Os visitantes se surpreenderão com os avanços em diversos setores ao tomarem conhecimento da essencial participação do Exército na criação do padrão de TV em cores do sistema PAL-M, que permitiu a implantação de uma indústria nacional capaz de fabricar televisores em cores a preços acessíveis, na segunda metade do século passado; no desenvolvimento do primeiro computador totalmente nacional, que motivou a criação do primeiro curso de Engenharia da Computação do país no Instituto Militar de Engenharia; na concretização da Usina de Itaipu e da Ponte Presidente Costa e Silva (Ponte Rio-Niterói); e de tantas outras realizações centrais para ao desenvolvimento do país.

Eles saberão também que, na segunda metade do século passado, a Indústria de Defesa brasileira foi uma das mais desenvolvidas do mundo, criando muitos empregos e evidenciando o domínio de tecnologias de vanguarda, essenciais para o desenvolvimento de produtos civis e militares.

Ao mergulharem no século XXI, saberão que Ciência, Tecnologia e Inovação nacional são essenciais para o desenvolvimento dos Programas Estratégicos do Exército (PEEx), compostos de sistemas e produtos de altíssimas tecnologias, e que propiciam benefícios para a defesa do Estado. Além disso, eles fortalecem a Base Industrial de Defesa e Segurança e contribuem para o desenvolvimento científico-tecnológico nacional, a geração de empregos, a projeção internacional, a paz social e a segurança do país. Eles perceberão que o Exército ajudou a construir uma pujante indústria de radares no país e desenvolver simuladores (para diversos propósitos e com vasto rol de complexidade) e sofisticados blindados e armamentos. Esses com o poder de instigar o sentimento de segurança e dissuasão e, principalmente, de auferir as capacidades para defender suas fronteiras físicas e cibernéticas, seu território, seu povo, sua cultura e sua tradição. O público terá ainda a oportunidade de ver, tocar, manusear e realizar selfies com muitos dos produtos que integram o portfólio dos PEEx.

Ao confrontarem os grandes desafios que Marechal Rondon enfrentou para levar a telegrafia às regiões isoladas do país com os das novas gerações de engenheiros militares, ficará latente que novas tecnologias surgem, mas a missão e os princípios do Exército Brasileiro continuam os mesmos.

E tudo isso estará exposto no Forte de Copacabana, repleto de paisagens bonitas e de história. Nesse cenário, o público que visitar a exposição vai perceber que o sucesso dessa trajetória de 200 anos de Ciência e Tecnologia e Inovação só foi possível pelo fato de o Exército valorizar a dimensão humana como a força de nossa Força, investindo na formação, na especialização e no aperfeiçoamento pessoal para cumprir as mais diversas missões no campo da ciência, da tecnologia e da inovação e, com isso, garantir o braço forte e a mão amiga tão conhecidos e admirados pelo brasileiro.Não percam essa oportunidade!

SOBRE O AUTOR

O Gen Ex GUIDO AMIN NAVES é natural de Franca, São Paulo. Cursou a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), tendo sido declarado aspirante a oficial da Arma de Artilharia em 10 de dezembro de 1983. Realizou os Cursos de Aperfeiçoamento de Oficiais, na EsAO, e de Comando e Estado-Maior e de Política, Estratégia e Alta Administração do Exército, na ECEME. Possui, também, especialização em Artilharia de Costa e Antiaérea, pela Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea, em Relações Internacionais, pela Universidade de Brasília e MBA Executivo, pela Fundação Getúlio Vargas. No exterior, realizou o Curso de Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas da Espanha.

Ao longo da carreira militar, desempenhou, entre outras, as seguintes funções:

No Brasil: Instrutor na Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea e na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, ambas sediadas na cidade do Rio de Janeiro (RJ); Oficial do Gabinete do Comandante do Exército, em Brasília (DF); e Comandante do 14º Grupo de Artilharia de Campanha, em Pouso Alegre (MG).

Como oficial-general: Comandante da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, na cidade de Guarujá (SP); Chefe do Gabinete do Estado-Maior do Exército, em Brasília (DF); Chefe do Escritório de Projetos Estratégicos do Exército, no EME, em Brasília (DF); e Comandante de Defesa Cibernética, em Brasília (DF).

No Exterior: Assessor do Conselheiro Militar da Missão Permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas, nos EUA; e Observador Militar da Força Multinacional da ONU para o desarmamento de Moçambique - ONUMOZ.

Atualmente, o General AMIN exerce a função de Chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia, em Brasília (DF).



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