A Associação dos Pecuaristas de Parintins, pretende acatar a decisão judicial publicada na data de ontem 14/11 pela juíza Larrissa Padilha Roriz Penna, que deu o prazo de 48 horas para a entidade organizadora do Concurso Garota Expopin 2021, inscreva a trans Priscilla Molinary, e caso desacate a decisão pode ter que pagar multa diária de R$ 500 reais.
Foto cedida pela Trans Priscila Mollinary |
Amazonas_ A juíza de Direito do Estado do Amazonas Larrissa Padilha Roriz Penna, deu o prazo de 48 horas para que a Associação dos Pecuaristas de Parintins (APP), entidade organizadora do Concurso Garota Expopin 2021, inscreva a trans Priscilla Molinary de 24 anos, que é coreógrafa, dançarina e trabalha na Associação Folclórica Boi-Bumba Caprichoso. Em caso de descumprimento, a Associação, pode ser penalizada e pagar uma multa diária de R$ 500,00, ( Quinhentos reais), a decisão foi publicada neste domingo (14).
O Blog Jornalismo Imparcial, fez contato na tarde desta segunda-feira (15), com a trans Priscila, no momento que estava se maquiando para conceder entrevista a duas rádios no município de Parintins, e fazer sua inscrição na Associação.
Para Priscila, essa vitória na Justiça, representa uma grande conquista não somente para ela, mas para outras mulheres trans, que sofrem todos os tipos de preconceitos. Principalmente no próprio município de Parintins, onde a maior parte de profissionais que trabalham nas alegorias e abrilhantam a festa dos bois, são homossexuais, e mostram sua arte para o mundo, mas tem que conviver em pleno século XXI, com todos os tipos de humilhações na região ribeirinha.
Desde 2018, o STF decidiu que transexuais e transgêneros poderão mudar registro civil sem necessidade de cirurgia. Ministros decidiram ainda que não será necessária autorização judicial para mudança. 'Temos o direito de ser diferentes em nossa pluralidade e nossa forma de ser'. No caso da trans Priscila, além de não poder fazer a inscrição, ainda passou por situação vexatória, por profissionais despreparados. para saber lidar com transexuais.
Entenda o caso
Priscilla Mollinary Soares da Silva, depois de ter sua inscrição para o concurso Garota Expopin negado pela coordenação da disputa recorreu a Defensoria Pública do Estado do Amazonas que entrou com a ação judicial.
O evento que é promovido pela Associação dos Pecuaristas de Parintins APP que fica 369 km de Manaus, capital do Amazonas em primeiro momento negou o pedido da trans, que entrou com uma Ação de Obrigação de Fazer c/c Indenização por Danos Morais com Pedido de Tutela de Urgência Antecipada de Caráter Incidental" .
A decisão da Magistrada, foi publicada nesse domingo, 14 de novembro, que acatou a ação movida pela Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM), Comarca de Parintins.
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