Cavalarianos de ontem, de hoje e de sempre, que a bravura, o espírito agressivo, a rusticidade, a iniciativa, a liderança e a camaradagem sejam o apanágio de suas condutas, mantendo vivos seus valores, suas raízes e suas mais caras tradições.
“SEMPRE HAVERÁ UMA CAVALARIA!”
Crédito: CCOMSEx |
Exército Brasileiro
O Exército comemora o Dia da Arma de Cavalaria em 10 de maio, data natalícia do Marechal Manuel Luis Osorio, em uma justa homenagem a um homem oriundo de família simples, que viria a ser um dos maiores líderes militares da história brasileira.
O Marechal Osorio, filho de Manoel Luís e Ana Joaquina Osório, nascido no ano de 1808, na Vila de Nossa Senhora da Conceição do Arroio, atual município de Osório, no Rio Grande do Sul, desenvolveu, desde cedo, a capacidade de dominar os animais que lhe serviam de montaria.
Em 1° de maio de 1823, com 15 anos, assentava praça, como voluntário, no Regimento de Cavalaria da Legião de São Paulo e, logo em seguida, teria seu batismo de fogo às margens do arroio Miguelete, durante a Guerra da Independência, iniciando, assim, sua vitoriosa vida militar.
Ao longo de sua carreira, de soldado a marechal, entre a Independência do Brasil e a Guerra da Tríplice Aliança, fez-se presente em todas as campanhas pela manutenção e consolidação de nossas fronteiras sul e oeste, como a Batalha de Sarandi, na Guerra da Cisplatina; a Batalha de Passo do Rosário; a Revolução Farroupilha; e a Batalha de Monte Caseros.
Galgou o posto de marechal após se destacar na Guerra da Tríplice Aliança (1865-1870), quando comandou as tropas que iniciaram o ataque em abril de 1866 e planejou, notavelmente, as táticas e estratégias que permitiram a vitória na Batalha do Tuiuti, a maior do conflito. Em 1868, já ostentando o título de Marquês do Herval, retornou ao teatro de operações, conquistando a Fortaleza de Humaitá e vencendo a Batalha de Avaí. Posteriormente, foi convidado pelo Imperador para fazer parte do Senado. Em 1878, foi nomeado Ministro da Guerra, cargo que ocupou até o dia 4 de outubro de 1879, data de seu falecimento.
Marechal e marquês, Osorio foi possuidor de uma liderança incomum que magnetizava todos em sua volta. “O Legendário”, como ficou conhecido, foi um homem de grande simplicidade e excepcional trato com os subordinados.
Como militar, foi considerado um autêntico líder por sua coragem e rusticidade, posicionando-se, muitas vezes, na linha de frente, onde aplicava, de forma notável, técnicas e táticas militares, conduzindo suas tropas sempre por meio do exemplo. Como político, sempre apresentou uma postura coerente e leal à Constituição do Império, mantendo-se pronto para combater quando necessário.
Devido a esses feitos, a essas características e à sua competência, Osorio moldou o espírito que todo soldado cavalariano deve seguir para fazer jus às lanças que ostenta na farda, defendidas por muitos outros heróis, como Antônio João, Andrade Neves e Plínio Pitaluga.
Com o avanço das tecnologias de combate e o desenvolvimento de novas doutrinas bélicas, o cavalo passou a dividir espaço com as figuras modernas e potentes das viaturas mecanizadas e dos carros de combate dotados de maior proteção blindada, poder de fogo e capacidade de comunicação.
Sem jamais perder o espírito destemido que reside em sua história, a Cavalaria brasileira dos dias atuais realiza, principalmente, missões de reconhecimento, segurança, choque, garantia da lei e da ordem com tropas hipomóveis, defesa de pontos sensíveis e de instalações, além de desenvolver operações aeroterrestres, aeromóveis e em ambiente de selva.
Ainda assim, mantém viva a tradição equestre que forjou o âmago do seu caráter, principalmente por meio dos Regimentos de Cavalaria de Guarda (RCG). Dessa forma, apesar das mudanças doutrinárias ocorridas, a “Arma de Heróis” cultua fortemente os laços sagrados com os cavalarianos do passado, preservando as tradições e o legado de seu patrono.
Executa, também, operações na faixa de fronteira seca, onde os regimentos foram contemplados com projetos tecnológicos como o Projeto Combatente Brasileiro (COBRA), o Projeto Guarani e, ainda, o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON), que propiciaram um aumento das capacidades operacionais da Força, contribuindo para o combate aos ilícitos transnacionais.
Dessa forma, a Arma de Cavalaria desenvolveu-se ao longo dos séculos à luz da flexibilidade e de um arrojo impetuoso, aliados à inteligência combativa de seus líderes militares, que sempre refletiram o exemplo inigualável do Marechal Osorio.
Cavalarianos de ontem, de hoje e de sempre, que a bravura, o espírito agressivo, a rusticidade, a iniciativa, a liderança e a camaradagem sejam o apanágio de suas condutas, mantendo vivos seus valores, suas raízes e suas mais caras tradições.
“SEMPRE HAVERÁ UMA CAVALARIA!”
Nenhum comentário:
Postar um comentário