Ministério da Defesa
Nota de esclarecimento
Em relação à matéria intitulada “Repórteres se deparam com Pantanal de morte e impotência”, publicada em 16 de agosto pelo Jornal Folha de São Paulo, a Marinha do Brasil (MB), por meio do Comando do 6º Distrito Naval, esclarece que a Operação Pantanal, em combate aos incêndios no bioma, foi deflagrada em 25 de julho pelo Ministério da Defesa, por solicitação do Estado de Mato Grosso do Sul. Diferente do que a matéria induz a pensar, não é uma operação militar e sim um trabalho interagências entre Forças Armadas, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso, Polícia Militar Ambiental e Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Com relação à participação das Forças Armadas no combate ao fogo no Pantanal, suas ações contam com fuzileiros navais com curso de combate a incêndio florestal e foram planejadas visando, também, à contribuição no aspecto logístico, com emprego de helicópteros capazes de realizar, em minutos, o transporte de pessoal, material e mantimentos às frentes de combate aos incêndios em locais onde, na maioria das vezes, o deslocamento seria inviável por vias terrestres ou fluviais e, quando possível, levaria horas ou dias.
O Pantanal é a maior planície alagável do planeta, ocupando só no Brasil uma área equivalente a uma vez e meia o tamanho de Portugal, e tem sofrido com a maior seca dos últimos anos.
A Operação Pantanal teve início pela sua porção sul-mato-grossense, que concentra dois terços da área total do bioma. A região possuía 21 pontos de queimadas. Ao longo dos trabalhos, os índices iniciais foram ultrapassados, passando para o total de 32 pontos. Após três semanas de atividades de aeronaves, brigadistas e militares, os pontos de queimadas foram controlados e, no momento, não há registros de fogo aparente na região. As ações foram estendidas à porção do Pantanal no Estado de Mato Grosso no dia 6 de agosto e prosseguem na região, apresentando como resultado redução dos pontos de incêndios.
Por fim, a MB ressalta que a força-tarefa reúne cerca de 400 profissionais, entre militares, bombeiros militares, brigadistas do Ibama/Prevfogo e ICMBio, operando dia e noite em condições difíceis e em regiões inóspitas. As equipes estão trabalhando há quase um mês diante desse cenário sem registro de incidentes relevantes ou perda de vida humana.
Comunicação Social do Com6ºDN