Guarulhos (SP) – Foi com um abraço bem apertado que a Policial Militar Dulce Luciano Ramos recebeu a filha, a 2º Tenente Ketthy, da 11ª Brigada de Infantaria Leve (11ª Bda Inf L), na noite de 7 de agosto, após a oficial do Exército Brasileiro passar três meses em Boa Vista (RR) acolhendo imigrantes oriundos da venezuela que se encontram em situação de vulnerabilidade em Roraima. "Eu estava morrendo de saudade. Ela nunca tinha ficado tanto tempo longe de casa. Vou paparicá-la bastante", afirmou a mãe.
A Tenente Ketthy e outros 85 integrantes do Comando Militar do Sudeste (CMSE) compuseram a sétima e última leva do 5º Contingente da Força-Tarefa Logística Humanitária para o Estado de Roraima a desembarcar na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos (SP), depois de atuarem na Operação Acolhida. "Foi uma experiência muito boa, muito gratificante. Nós ajudamos quem realmente estava precisando", disse a oficial.
Ao pousarem na Base Aérea, os militares prestaram continência ao terreno, um cerimonial realizado pela tropa que permanece mais de 24 horas fora de seu aquartelamento. O ato simboliza a alegria do retorno ao lar e a gratidão ao solo pátrio.
Em seguida, a tropa entoou a Canção do Exército e, logo após, o Chefe do Estado-Maior do CMSE, General de Brigada Ricardo Piai Carmona, deu as boas-vindas aos militares.
Operação Acolhida
Desde 2018, o Governo brasileiro reconhece a existência de uma crise humanitária gerada pela imigração desordenada de milhares de imigrantes para o Estado de Roraima.
Para o cumprimento dessa missão, foi estabelecida a Operação Acolhida, uma Força-Tarefa Logística Humanitária, cuja atividade principal é a coordenação dos trabalhos das várias agências ministeriais presentes, com a finalidade de fornecer os serviços públicos essenciais e necessários para receber esse pessoal e alimentá-los, bem como de garantir-lhes saúde, segurança e assistência social.
Dessa forma, coube ao CMSE a composição do 5º Contingente, com cerca de 450 homens e mulheres.