Por Adidância na Suécia/ Coronel Clauco Rossetto
A Força Aérea Brasileira (FAB) participou,
em abril, do Exercício de Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas da
Suécia. O treinamento, programado no calendário operacional do
Departamento de Defesa da Suécia, conta com a parceria do Ministério da
Defesa da Finlândia. Ambos os países, por meio de suas respectivas
Universidades de Defesa, organizam o exercício simulado para o
treinamento dos oficiais estudantes do Curso de Comando e Estado-Maior
de ambos os países.
Ao concluir o treinamento, os militares
receberam os certificados de participação e o oficial aluno da FAB,
Tenente-Coronel Aviador Geancarlo Jandre, recebeu um prêmio da
Universidade Finlandesa e um Certificado da Universidade de Defesa da
Suécia pelo desempenho no exercício.
O foco do treinamento é a capacidade de
interação conjunta em nível operacional por meio de processos de
construção dinâmica de assessoria de Estado-Maior. Instrutores dos
Estados Unidos, Alemanha, Suíça e Estônia compuseram as diferentes
simulações de problemas de Estado-Maior, com relevância ao conceito de
ponte estratégica entre o nível político e o operacional para a correta
tomada de decisão e proporcional uso da força para a solução dos
problemas.
A coalizão foi formada por diferentes
países europeus, em um cenário fictício com características da região da
Escandinávia, e teve a participação da Coréia do Sul e do Brasil junto à
estrutura da Força Aérea Componente. A missão internacional conjunta é
delimitada pelas regras estabelecidas pela Organização das Nações Unidas
(ONU) e tem como objetivo a simulação da manutenção da paz em uma
região multicultural e multinacional em conflito.
De acordo com o Tenente-Coronel Giancarlo,
participar do ciclo decisório do padrão OTAN e da simulação de
problemas dinâmicos de alta complexidade e intensidade, em nível
operacional e estratégico, é de grande valia para entender a
metodologia. “Tive a oportunidade de assimilar conceitos importantes
como as relações civil-militar, político-social, direito internacional,
regras de engajamento e estratégico-operacional. Também serviu
para treinar os ciclos diferenciados de inteligência, o planejamento
conjunto e o processo de priorização e escolha de alvos", disse.
O exercício teve uma semana de preparação
teórica sobre os processos e ciclos de planejamentos aplicados pela
OTAN. “Foi a conclusão de dois meses de estudos vinculados à construção
da estratégia nacional de um país, do planejamento operacional conjunto e
da aplicação tática conjunta dos recursos planejados conforme a
respectiva concepção de emprego”, completou o oficial da FAB.