Assim como acontece com o mitológico
pássaro Fênix, o Brasil, após "morrer" enquanto País, renasce das
cinzas. Exatamente conforme narrado na aludida mitologia grega, o Estado
brasileiro, antes de sucumbir, entrou em uma espécie de "combustão",
provocada, sobretudo, pelo devastador "incêndio" da corrupção
institucional.
Consumido, particularmente nos últimos
12 anos, por uma corrupção endêmica, fenômeno que atingiu patamares
absolutamente inéditos na história nacional (e, quiçá, mundial), e que
literalmente carcomeu as estruturas institucionais do poder político, a
Justiça Federal - compreendida pela sua estrutura tríade, a incluir a
Polícia Judiciária Federal e, em especial, o Poder Judiciário Federal,
instituições consolidadas durante o Regime Militar (a primeira, criada
pela Lei nº 4.878/65; a segunda, recriada por força do AI nº 2/65 e da
Lei nº 5.010/66), além do Ministério Público Federal (com sua ampla
autonomia conferida pela Lei Complementar nº 40/82) -, foi (e continua
sendo) exitosa em impedir a fragmentação destrutiva da Nação brasileira,
processando e punindo, de forma inédita e singular, os responsáveis
pelos inúmeros e estarrecedores desmandos e desvios legais, éticos e
morais que vieram à tona nos últimos anos.
A eleição de um novo governo, além de
uma nova representação congressional, marca, por derradeiro, não
propriamente o fim desse processo, mas o despertar do próprio Povo
brasileiro, que, praticamente a uma só voz, bradou, como no passado, um
grito de BASTA!
O momento, portanto, é de uma verdadeira
cura e renascença nacional, centrada em um novo paradigma de firmeza,
credibilidade e equilíbrio institucional. Nesse sentido, o tão aguardado
(e já expressamente anunciado) fim das antigas nomeações políticas
fundadas no famoso (porém nefasto e nada republicano "toma lá, dá cá") e
o advento de uma tecnocracia governamental, alicerçada, em sentido
diametralmente oposto, na meritocracia dos ocupantes dos cargos
ministeriais, confere a tônica dos novos tempos em que o Brasil se
apresenta, finalmente, com credenciais que podem conduzir
verdadeiramente o nosso País ao rol das nações consideradas
desenvolvidas.