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segunda-feira, 3 de agosto de 2020

PROFISSIONAIS DE SAÚDE DO EXÉRCITO INTEGRAM EQUIPE QUE ATENDEU MAIS DE MIL INDÍGENAS EM MATO GROSSO


Brasília (DF) – A primeira fase da Operação Xavante chegou ao final no domingo, dia 2 de agosto. A ação interministerial das pastas da Defesa, Saúde e Justiça, na Região Centro-Oeste do Brasil, levou assistência médica e insumos para auxiliar a população indígena em seis aldeias dos polos Campinápolis e São Marcos, em Mato Grosso.

Ao todo, foram 1.578 atendimentos realizados aos indígenas da etnia Xavante com o apoio de equipes de saúde do DSEI Xavante e da Secretaria Municipal de Saúde do estado de Mato Grosso. Também foram distribuídos mais de 11 mil medicamentos, sendo a maioria para diabetes e hipertensão. Durante a ação, também foram realizados exames de glicemia e verificações de sinais vitais, diagnósticos que contaram com a ajuda de ultrassonografia portátil e de testes de COVID-19.

Um dos que se beneficiaram com o atendimento próximo da aldeia foi o Xavante Hander Tserema Tsieiwaaiodi, que pôde ouvir, pela primeira vez, os batimentos cardíacos de seu bebê. "O neném está bem e em dois meses deve nascer meu primeiro filho. Ainda não conseguimos saber o sexo porque tinha um cordão na frente. Vamos tentar outra vez na cidade quando for comprar as roupinhas. É muito bom ter médicos aqui. Também fiz uma consulta e o teste da COVID-19 ao lado da minha
casa".

Junto às comunidades assistidas, foi proporcionada a possibilidade de realização de testes de COVID-19, sendo que 149 Xavantes optaram pela realização do exame rápido, que é feito com um furo no dedo e demora alguns minutos para ficar pronto. Do total, 94 dos resultados foram negativos, 29 positivos e 26 resultaram em IGM negativo e IGG positivo para o novo coronavírus, o que significa que a pessoa já esteve infectada com o vírus, mas já está curada.
Missão Cumprida
O sentimento de missão cumprida está presente nos rostos de todos os militares que participaram da missão. Em todas as aldeias, o sentimento de gratidão dos indígenas pela equipe de saúde esteve presente. Mas, para que a missão fosse realizada, foi necessária também uma intensa atuação da equipe da Aviação do Exército.



A base da operação foi em Aragarças (GO), no 58º Batalhão de Infantaria Motorizado. De lá, todas as manhãs, os profissionais de saúde se deslocavam para os locais preestabelecidos pela coordenação da missão em dois helicópteros do Exército Brasileiro: um HM-4 Jaguar e um Super Cougar. Essas aeronaves voaram mais de 25 horas, percorrendo cerca de quatro mil quilômetros na região da operação, otimizando o deslocamento entre a base e as aldeias.
Os militares partiram de Brasília no dia 27 de julho, acompanhados por profissionais da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), subordinada ao Ministério da Saúde, e da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

 

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