Conhecer um veterano de guerra é a oportunidade de conhecer a história contada por um personagem que ajudou a construí-la. Se esse ex-combatente completou um século de vida, esse contato é ainda mais valioso para nós que somos brasileiros. O General de Divisão Octávio Pereira Costa, veterano da Força Expedicionária Brasileira (FEB), que combateu durante a Segunda Guerra Mundial, é uma dessas pessoas cujos atos o elevam à condição de lenda viva. No dia 5 de julho, o general completou 100 anos de idade, uma data especialmente comemorada por toda a Família Verde-Oliva.
O General Octávio Costa tomou parte nos feitos memoráveis da FEB, em terras italianas, combatendo os facistas, de 1944 até o final da Segunda Guerra Mundial, em maio de 1945. Quando era primeiro-tenente, ajudou a escrever páginas gloriosas do Exército durante o maior conflito armado da história da humanidade. Natural de Maceió (AL), sentou praça no Exército em abril de 1939, ingressando na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, da qual saiu aspirante da Arma de Infantaria em setembro de 1942. Foi promovido a segundo-tenente em abril de 1943 e a primeiro-tenente em julho de 1944, quando servia no 11º Regimento de Infantaria, sediado em São João del Rei (MG). No ano de 1944, embarcou para a campanha na Itália, onde, com os valorosos pracinhas, fez a “cobra fumar” durante a Segunda Guerra Mundial.
No retorno vitorioso ao País, deu sequência à brilhante carreira, passando à reserva remunerada no ano de 1982. Publicou, ainda, os livros “Trinta anos depois da volta” (1975) e “Cinquenta anos depois da volta” (1995), nos quais relata suas experiências na FEB durante a Segunda Guerra Mundial. Além disso, é autor da memorável frase repetida por milhares de militares: “A farda não é uma veste que se despe com facilidade e até com indiferença, mas uma outra pele, que se adere à própria alma, irreversivelmente para sempre”.
Parabéns, General Octávio Costa! Um herói do Exército e do Brasil!