Blog Jornalismo Imparcial

"O possível, qualquer um pode fazer. Mas existem missões que não são para qualquer um.

Mostrando postagens com marcador Eblog do Exército Brasileiro. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Eblog do Exército Brasileiro. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

“Guardiões do Saber” na defesa da Pátria

Por João Paulo Diniz Guerra/Eblog do Exército Brasileiro. 

Pasquale de Chirico (1873-1943), artista italiano radicado na Bahia, é o autor das duas estátuas de bronze que guarnecem a entrada da centenária Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME/www.eceme.eb.mil.br) – Escola da Praia Vermelha –,criada em 2 de outubro de 1905. As estátuas, também conhecidas como guardiões do saber, foram um presente do governo francês ao Brasil no final do século XIX em reconhecimento à proclamação da República. Um dos soldados usa quepe de infantaria e o outro de engenharia, em uma perfeita união da tática com a ciência em defesa da pátria.

A homenagem não poderia ter sido mais preditiva, pois em 1919 o governo brasileiro viria a estreitar seus laços de amizade com a França ao contratar a Missão Militar Francesa (MMF) para orientar, a partir de 1920, a modernização do Exército e permanecendo entre nós até 1940. Na ECEME, naquela época chamada de Escola de Estado-Maior, a MMF contribuiu para a profissionalização do Oficial de Estado-Maior, adotando um método de raciocínio capaz de desenvolver o espírito criador, estimulando a busca de soluções para situações inéditas com temas práticos e impulsionando o pensamento doutrinário da Escola.


A missão da ECEME é forjar líderes do Exército, formar o Oficial de Estado-Maior e o assessor de alto nível, produzindo conhecimento e pensando o Exército do futuro, além de contribuir para a construção de uma mentalidade de defesa na sociedade. Para cumprir sua missão, o estabelecimento de mais alto nível do sistema de educação e cultura do Exército, baseia-se nos pilares Ensino-Pesquisa-Doutrina para formar tanto oficiais da linha bélica (nacionais e estrangeiros) quanto médicos e engenheiros militares que realizam cursos de altos estudos e de política e estratégia.

Até 1970, a ECEME esteve diretamente subordinada ao Estado-Maior do Exército, tendo sido um verdadeiro laboratório doutrinário e protagonista do pensamento crítico e inovador, tornando-se a escola que pensa no Exército do futuro. Desde então, passou à subordinação do sistema de educação do Exército, mas continuou desenvolvendo uma doutrina militar autóctone.

Recentemente, com o reconhecimento pela CAPES dos programas de pós-graduação “strictu sensu” (mestrado e doutorado), a ECEME passou a contar também com alunos civis nInstituto Meira Mattos (IMM), voltado à construção de uma ponte entre Escola com o meio acadêmico e com centros de estudos estratégicos dentro e fora do País.

Dessa maneira, a Escola segue na vanguarda para alcançar o objetivo de ampliar a integração do Exército com a sociedade, por meio do fomento à pesquisa científica, com ênfase na conscientização dos civis acerca da relevância da temática da Segurança & Defesa, uma vez que a defesa da pátria é uma das missões constitucionais das Forças Armadas e pilar basilar para o desenvolvimento nacional, constituindo dever de todo cidadão contribuir para tal.

O ensino na ECEME tem como foco o ineditismo e o caráter analítico, a partir das percepções do oficial de estado-maior no sentido de que ele aprenda o que já há de concreto, mas, principalmente, anteveja a guerra do futuro e pense nas novas capacidades que o mundo exigirá do Exército.

Com a metodologia do processo de planejamento aprendido na ECEME (Escola do Método) e contando com o apoio do seu corpo docente e discente, inúmeros problemas já enfrentados pelo Exército e pelo Brasil tiveram soluções práticas e eficientes desenvolvidas nos bancos escolares da ECEME. Por exemplo, foi possível estabelecer as estratégias para reestruturar o Brasil durante os governos militares (1964 a 1985), fazendo-o saltar da 48ª para a 8ª economia mundial; foi operacionalizado o escopo do Projeto Rondon, na década de 60, com a finalidade de levar a juventude universitária a conhecer a realidade brasileira; e foram pensados e desenvolvidos o Sistema de Planejamento do Exército (SIPLEx), o processo de modernização do ensino no Exército e o Programa de Transformação do Exército.

Da mesma forma, o corpo docente da Escola contribuiu de maneira significativa para o planejamento da missão do Gabinete de Intervenção Federal, que atuou no Rio de Janeiro no ano de 2018, ao se deparar com um problema inédito e de difícil solução. Além disso, a Escola continua, até os dias atuais, subsidiando a evolução doutrinária do Exército por meio de seus projetos interdisciplinares e estudos sobre temas de interesse da Força.

Em 2005, por ocasião das comemorações do seu centenário, a ECEME recebeu a denominação histórica de Escola Marechal Castello Branco. Uma homenagem ao antigo comandante e grande incentivador da transformação da Escola em um centro de evolução doutrinária do Exército, cujos ensinamentos se multiplicaram e se perpetuaram até os dias atuais. Em seu busto na entrada da Escola está uma de suas célebres frases: “ao chefe não cabe ter medo das ideias, nem mesmo das ideias novas. É preciso, isto sim, não perder tempo, empreendê-las e realizá-las até o fim”.

Com a finalidade de contribuir para o incremento e a difusão da mentalidade de Defesa na sociedade, foi criado o Observatório Militar da Praia Vermelha (http://ompv.eceme.eb.mil.br) em 2017, estrutura que constitui um instrumento de integração de conhecimentos destinado ao acompanhamento geopolítico da conjuntura. O Observatório, definido por áreas temáticas a partir da capacidade de análise político-estratégica, também proporciona a aproximação de instituições congêneres nacionais e internacionais e de colaboradores externos, civis e militares. Assim, a Escola que pensa o Exército aprimora-se constantemente na maneira de pensar o Brasil e o sistema internacional.

O Marechal Castello Branco mostrou que a ECEME carrega em sua história o culto à tradição que foi muito bem distinguida da rotina em suas palavras: A rotina é a tradição corrompida, deturpada e morta, ao passo que a tradição é a conservação do passado vivo. É a luta contra a morte do passado. É a entrega, a uma geração, dos frutos da geração passada. Separar o que merece durar. Deixar sair o que merece perecer”Assim, podemos deduzir que o próprio patrono da Escola incumbiu a eterna missão aos guardiões do saber: “separar o que merece durar e deixar sair o que merece perecer na Escola que pensa o Exército e a defesa da Pátria.

http://eblog.eb.mil.br/index.php/menu-easyblog/blogger/maj-guerra.html


Postagem em destaque

Pesquisa inédita mostra que mais da metade dos adolescentes brasileiros já sofreu violência sexual online

Cerca de  8.500 adolescentes de 13 a 18 anos,  foram ouvidos  de todas as regiões do país, especialmente do Nordeste e Sudeste. Diana Maia v...

Postagens mais visitadas

"Tudo posso Naquele que me fortalece"

"Tudo posso Naquele que me fortalece"
Deus no Comando!

"Siga-me, os que forem brasileiros".

"Siga-me, os que forem brasileiros".


" Quando uma Mulher descobre o tamanho da força que guarda dentro de si, nada é capaz de pará-la"

Obrigada pela sua visita!

Obrigada pela sua visita!
A você que chegou até aqui, agradecemos muito por valorizar nosso conteúdo.