No total, foram apreendidos e destruídos duas embarcações; seis veículos; dez motores geradores; 25 motores estacionários; e 34 escavadeiras hidráulicas. A ação integrada é contínua e segue em curso na região sem data para acabar.
Imagem Funai |
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Em uma Operação conjunta, da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Grupo Especial de Fronteira de Mato Grosso (Gefron-MT), foi apreendido mais de 350 quilos de alimentos em acampamentos do garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé, no estado de Mato Grosso, sendo doados às comunidades indígenas locais no escopo da Operação Xapiri Onipresente. Em curso desde o dia 18 de agosto, a ação de combate à atividade criminosa na área visa a favorecer a saúde, a integridade e a segurança alimentar, bem como a proteção ambiental e territorial dos indígenas Nambikwara Katitaurlu.
No total, foram apreendidos e destruídos duas embarcações; seis veículos; dez motores geradores; 25 motores estacionários; e 34 escavadeiras hidráulicas. A ação integrada é contínua e segue em curso na região sem data para acabar. O objetivo é inutilizar as estruturas do garimpo para inviabilizar o retorno dos criminosos à Terra Indígena Sararé.
Terra Indígena Sararé _ A Terra Indígena (TI) Sararé foi homologada em abril de 1985. O território tradicionalmente ocupado pelo povo Nambikwara Katitaurlu possui 67.420 hectares e está localizado na porção oeste do estado de Mato Grosso, em área de fronteira, próxima à Bolívia, nos municípios de Vila Bela da Santíssima Trindade, Conquista D'Oeste e Nova Lacerda.
A presença de garimpos de ouro na região é antiga e abrange territórios indígenas, áreas do entorno e também áreas de exploração mineral legalizadas. Desde a década de 1990 a TI Sararé é alvo de atividades garimpeiras. Naquela época chegou a ser reportada a presença de 3 mil garimpeiros atuando na área, em diversas frentes de extração de ouro. Tais frentes de garimpo foram desativadas no início dos anos 2000, por meio de uma ação permanente de fiscalização, com duração de dois anos, financiada pelo Programa de Desenvolvimento do Agronegócio (Prodeagro) e implementada pela Funai, em conjunto com o governo do estado e outros órgãos parceiros.
Após a retirada dos garimpeiros, durante alguns meses foram mantidas barreiras que impediram o retorno dos infratores, até que cessassem as tentativas de reincidência na área. Com o fim das barreiras, as invasões voltaram a ocorrer, o que exigiu a retomada das ações de fiscalização, resultando em diversas apreensões e identificação de envolvidos. A Funai e os órgãos parceiros atuam de maneira contínua a fim de combater a atividade criminosa na região para proteger e promover os direitos dos povos indígenas.