Contas bancárias pertencentes a pessoas físicas residente em Minas Gerais e Recife, foram usadas nos esquemas criminosos organizados voltados para a prática de fraudes
A Polícia Civil do Distrito Federal em conjunto com a Polícia Civil de São Paulo, participaram, na manhã desta terça-feira (2/8), da Operação Não Seja Um Laranja deflagrada pela Polícia Federal.
A ação objetivou a desarticulação de esquemas criminosos organizados voltados para a prática de fraudes em contas eletrônicas mantidas em diversas instituições bancárias do País. Estão sendo cumpridos 43 mandados de busca e apreensão em 13 Estados e no Distrito Federal.
O Delegado-chefe da DRCC, Giancarlos Zuliani Junior, gravou um vídeo, falando sobre a ação que aconteceu nas primeiras horas desta terça-feira.
Nos últimos anos, a Polícia Federal detectou um aumento considerável da participação consciente de pessoas físicas em esquemas criminosos, para os quais “emprestam” suas contas bancárias, mediante pagamento. Este “lucro fácil”, com a cessão das contas para receber transações fraudulentas, possibilita a ocorrência de fraudes bancárias eletrônicas que vitimam uma infinidade de cidadãos. Tais pessoas são conhecidas, no jargão policial, como “Laranjas”. A Polícia Federal alerta a sociedade que emprestar contas bancárias para receber créditos fraudulentos é crime, além de provocar um dano considerável aos cidadãos, quer pelo potencial ofensivo deste tipo de conduta delitiva, a qual tem sido um dos principais vetores de financiamento de organizações criminosas, como também pelos prejuízos financeiros e emocionais a milhares de brasileiros. Em razão disso o nome da Operação, alertando que essa conduta é criminosa.
Os delitos apurados na Operação Não seja um laranja, são associação criminosa (art. 288 do Código Penal), furto qualificado mediante fraude (art. 155, § 4º do Código Penal), uso de documento falso (art. 304 do Código Penal) e falsidade ideológica (art. 299 do Código Penal), cujas penas podem somar mais de 20 anos de prisão.