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quarta-feira, 26 de abril de 2023

Vídeo_ Operação Motoqueiro Fantasma: PCDF cumpre 63 mandados de prisão e de busca e apreensão em Minas Gerais, Bahia e Goiás

grupo criminoso, atuavam em diversos núcleos: operacional, administrativo, logístico e financeiro”, explica o delegado Guilherme Melo.


Diana Maia via Delegacia Geral da Polícia Civil do Distrito Federal/PCDF

A  Polícia Civil do Distrito Federal/PCDF, por intermédio do trabalho investigativo da Corpatri, realizou,  nesta quarta-feira (26) a Operação Motoqueiro Fantasma. Os mandados foram cumpridos nas primeiras horas do dia. Durante a ação, foram cumpridos 26 Mandados de Prisão Preventiva e 37 Mandados de Busca e Apreensão, nas regiões de São Sebastião, Ceilândia, Taguatinga, Samambaia, Itapoã/DF e em Planaltina de Goiás e Cidade Ocidental/GO; Minas Gerais e Bahia. 

 A operação foi deflagrada em razão do aumento significativo dos índices de subtração de motocicletas no Distrito Federal, comprovado por meio de levantamento realizado pela Divisão de Análise Técnica e Estatística – Date/PCDF, referente ao primeiro semestre de 2022. 

Consta, ainda, no relatório mais recente produzido no corrente mês pela PCDF que, nos últimos três anos, o furto de motocicletas alcançou 36% do total de furtos de veículos ocorridos em todo o DF. De acordo com as investigações, os crimes atingem as camadas econômicas mais desfavorecidas, geralmente motoboys, uma vez que os furtos estão relacionados a motocicletas de baixa cilindrada e apelo popular, utilizadas na prestação de serviço de entrega de bens e produtos, e que são adquiridas pelas vítimas em longos prazos de financiamento. 

O delegado da Corpatri, Guilherme Melo, explica que esse tipo de crime afeta diretamente no aumento dos índices de insegurança da população e ainda contribuem para elevar o preço dos fretes dos serviços de entrega de produtos diversos cobrados em aplicativos.

 Nesse contexto, a Corpatri, por meio da Divisão de Repressão aos Roubos e Furtos de Veículo – DRFV II, designou uma força-tarefa, objetivando a apuração da materialidade, autoria e circunstâncias de crimes que envolvem a subtração e receptação de motocicletas. 

As investigações demonstraram a existência de um grupo criminoso, sediado na região de São Sebastião/DF, responsável por alimentar esse mercado criminoso, integrado por pelo menos 26 criminosos associados para furtar, adulterar, ocultar e revender motocicletas a receptadores do DF e de outras unidades federativas  Goiás, Bahia e Minas Gerais. 

Entenda o caso 

De acordo com o apurado, os integrantes do grupo furtaram cerca de 31 motocicletas entre novembro de 2021 e abril de 2023.

Verificou-se, ainda, que o grupo conta com a participação de diversos integrantes que se dividem em tarefas operacionais de furto e adulteração das motocicletas, e financeiras, voltadas para a venda das motocicletas a receptadores residentes em Minas Gerais e responsáveis pela revenda na Bahia e em Goiás. “O transporte das motocicletas era realizado em pequenas caminhonetes, vans e até mesmo caminhões, obtidos pelo líder do grupo e pelo receptador principal, incumbidos de revender as motocicletas fora do DF”, finaliza Melo.

Cumpridas as formalidades legais, os presos serão recolhidos à carceragem da PCDF, onde permanecem à disposição da Justiça. 

Saiba mais como os núcleos do grupo criminoso atuava:

 • Operacional: etapa em que os criminosos realizavam os crimes de furto das motocicletas, os quais são praticados, preferencialmente, na área central de Brasília— Asa Sul e Norte, Sudoeste, Setores Hoteleiros e SIA— e nas regiões administrativas de São Sebastião, Ceilândia, Samambaia, Taguatinga e Guará; 

• Administrativo-Logística: etapa em que os criminosos realizam a ocultação, desmanche e adulteração das motocicletas. As motocicletas são levadas para chácaras, residências e esconderijos dos integrantes, onde têm o chassi e placa modificados, de modo a serem preparadas para a venda e entregues aos receptadores; 

• Financeira: as motocicletas passam pelas transformações materiais e documentais para deixá-las aptas à venda. Aqui os principais integrantes recebem e repassam os pagamentos das motocicletas furtadas e repassam os valores por meio de contas bancárias de terceiros diretamente ligados a eles, visando dificultar o rastreamento da origem e destinação do lucro obtido. 



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