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quarta-feira, 9 de março de 2022

Repórter da TV Band é ferida por bomba e sofre um trauma auditivo em manifestação das Forças de Segurança Pública em Belo Horizonte.

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) esclarece que serão apuradas todas as condutas de servidores que contrariam determinação judicial ou recomendações do Ministério Público de Minas Gerais no tocante à paralisação de atividades ou no que diz respeito a comportamentos inadequados e inaceitáveis durante as manifestações das forças de segurança, realizadas em Belo Horizonte. 

Diana Maia/Blog Jornalismo Imparcial

Belo Horizonte/MG_ Nesta quarta-feira (9), durante as manifestações das Forças de Segurança Pública, que cobram recomposição salarial do governo de Minas, os jornalistas da TV Band, Laura França e Caio Tárcia, foram alvos de ataques  de manifestantes da Segurança na Praça da Estação em Belo Horizonte.


A repórter, teve que ser socorrida e encaminhada ao hospital depois de um artefato explosivo estourar no seu entorno. No final da noite a repórter informou em sua rede social, que estava bem.

O Governador Romeu Zema, também em suas redes sociais, manifestou solidariedade.


Em Nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) esclarece que serão apuradas todas as condutas de servidores que contrariam determinação judicial ou recomendações do Ministério Público de Minas Gerais no tocante à paralisação de atividades ou no que diz respeito a comportamentos inadequados e inaceitáveis durante as manifestações das forças de segurança, realizadas em Belo Horizonte. 

POSICIONAMENTO BAND MINAS - POLICIAIS SOLTAM BOMBA E FEREM REPÓRTER

A repórter Laura França, da TV Band Minas, teve de ser socorrida após uma bomba estourar do lado da profissional durante a cobertura da manifestação das forças de segurança pública na praça da Estação, em Belo Horizonte. Segundo relato de profissionais da imprensa presentes no protesto, apesar do pedido dos organizadores para os manifestantes não soltarem bombas, os agentes da segurança pública presentes no protesto ignoram o comando e continuam a explodir os artefatos durante o trajeto. Além das bombas, vários policiais, contrariando decisão da Justiça, protestam armados. A Band repudia a atitude dos manifestantes e cobra da Polícia Militar o acompanhamento do protesto, garantindo a segurança dos envolvidos, inclusive dos profissionais da imprensa. A emissora também exige responsabilidade das categorias envolvidas no ato e solicita o acompanhamento do caso pelo governo de Minas, pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

O sindicatos dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, também emitiu uma nota repudiando os ataques de bombas contra os jornalistas.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJMPG) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiam mais uma violência sofrida por jornalistas em manifestações dos policiais e cobram do governo do estado, do Ministério Público e da própria Polícia Civil que os fatos sejam apurados e os responsáveis punidos. Hoje (9/3), durante manifestação dos policiais por melhorias salariais, no centro da capital mineira, uma equipe da Band Minas foi ferida e hostilizada. No último dia 25/2, uma equipe da TV Globo foi cercada, xingada e hostilizada, também durante a manifestação dos policiais, e teve que deixar o local.

Durante o ato, enquanto trabalhava na cobertura, a repórter Laura França, da TV Band Minas, foi ferida por uma bomba e sofreu um trauma auditivo, após o artefato estourar do seu lado. O repórter Caio Tárcia, da Band News, também foi alvo de uma bomba lançada contra ele quando seguia acompanhando a manifestação. Por sorte não foi atingido, mas foi hostilizado e xingado durante a cobertura e teve que deixar o ato.

Laura vai passar por exames nesta tarde para avaliar a extensão do trauma e Caio para apurar se houve algum dano. Os dois estão sendo assistidos pelo comando da emissora, que divulgou uma nota repudiando a atitude dos manifestantes e cobrando da Polícia Militar o acompanhamento do protesto, garantindo a segurança dos envolvidos, inclusive dos profissionais da imprensa. A emissora também exigiu responsabilidade das categorias envolvidas nas agressões e o acompanhamento do caso pelo governo de Minas, Ministério Público e Justiça.

O SJPMG e a Fenaj também querem garantia de segurança para os jornalistas em atos da polícia e que os casos envolvendo os jornalistas da Band e do Globo sejam rigorosamente apurados e severamente punidos. É inaceitável que as forças de segurança do estado ajam com violência e hostilidade para impedir o trabalho da imprensa.

Urge uma ação efetiva do estado e suas instituições para coibir casos como esses. Sem punição firme para casos como esses a violência contra jornalistas vai seguir crescendo de maneira vertiginosa, colocando em risco não somente a vida dos trabalhadores da notícia, mas também a liberdade de imprensa no Brasil. A violência contra jornalistas é um ameaça à sociedade e à democracia. Exigimos apuração.



 


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