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sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Recife: 90 anos de história

 

Eblog do EB

Por Maj Fábio José Mesquita de Araújo Maciel
Exército Brasileiro 

Em 13 novembro do corrente ano, o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Recife (CPOR/R), Centro Heróis de Casa Forte, completará 90 anos de existência. Será um momento grandioso e de imensa emoção para todos os instrutores, monitores, alunos, cabos e soldados que ao longo destes anos tiveram a oportunidade de fazer parte desse grandioso estabelecimento de ensino (Estb Ens).

Os 90 anos do Centro estão interligados pelos seus destacados valores identitários protagonizados por distintas gerações que nele puseram suas contribuições, seus ideais e suas aspirações pessoais e profissionais.

O CPOR/R, desde a sua criação até os dias atuais, possui como objetivo primordial o de formar o Aspirante a Oficial da reserva de 2ª classe, habilitando-o a ingressar no Corpo de Oficiais da Reserva do Exército (CORE). Para cumprir seu objetivo, o corpo docente instrui os alunos, dotando-os das competências profissionais necessárias para o ingresso na era do conhecimento, além de internalizar a ética militar e o culto às raízes, valores e tradições do Exército de Caxias.

As origens do Centro remontam a 1927, quando foi instituído pelo Presidente da República, Washington Luís, a criação dos Centros de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR) com o intuito de realizar a formação de oficiais para a 2ª classe do CORE e suprir o Exército de oficiais subalternos, após inspiração do Capitão Luís de Araújo Correia Lima, devido ter sido constatada a carência de oficiais nos postos de primeiro e segundo tenentes, após a I Guerra Mundial.

Em 14 de julho de 1933, o Ministro de Estado dos Negócios da Guerra, General Augusto Inácio do Espírito Santo Cardoso, em nome do Chefe do Governo Provisório, baixou as instruções para a organização e o funcionamento do CPOR/R. Cerca de 4 meses após, em 13 de novembro de 1933, o General cria na cidade do Recife o Centro.

As memórias do CPOR/R se aliam à história da capital pernambucana, pois por este Estb Ens passaram ilustres membros do Poder Executivo Estadual, parlamentares, médicos, advogados, artistas, destacados militares do Exército, dentre outros profissionais. Nesse contexto, cabe ressaltar que o Centro teve como comandante, no período de 1941 a 1943, o General de Divisão Roberto de Pessoa, que mais a frente foi considerado o paraquedista militar número 1 do Brasil.

Ainda como parte da história do Centro, o CPOR/R formou sete oficiais que lutaram em defesa da liberdade e da democracia contra o imperialismo e a tirania almejados pelo nazifascismo, que culminou na 2ª Guerra Mundial. Estes oficiais compuseram a Força Expedicionária Brasileira, que lutou bravamente no Teatro de Operações na Itália.

A partir de 1933, ano de sua criação, até os dias atuais, o CPOR/R funcionou em quatro locais distintos da cidade do Recife. Inicialmente, na Rua do Hospício, onde atualmente existe o Hospital Militar de Área do Recife (HMAR). Em 1939, foi transferido para o Forte de São Tiago das Cinco Pontas, expressivo patrimônio colonial brasileiro, construído em 1630, durante a ocupação holandesa, permanecendo por lá até 1940, quando retornou para o primeiro local. Mais tarde, mudou-se para a Rua Benfica, onde hoje funciona o Museu da Abolição, Centro de referência da Cultura Afro-Brasileira. Em 1949, foi transferido em definitivo para as atuais instalações no bairro de Casa Forte, bairro nobre da zona norte da cidade, passando a ocupar o “Velho Casarão de Casa Forte”.

No princípio, o Centro foi criado apenas com o Curso de Infantaria e recebeu, ao longo do tempo, seus atuais cursos: Artilharia (1944) e Intendência (1944), Engenharia (1951), Comunicações (1968), Material Bélico (1978) e Cavalaria (2010). No período de 1956 a 1963, funcionou no Centro o Curso de Formação de Oficiais da Reserva do Serviço de Saúde. Ao longo de todos estes anos foram declarados Aspirantes a Oficial cerca de 13.500 cidadãos. Atualmente, o Centro conta com 170 alunos da sociedade pernambucana.

Em 1992, foi instituído pelo comandante daquela época, o Cel Art Antônio Gabriel Ésper, o brado do Centro, transcrito a seguir:

“Nós somos os legítimos herdeiros dos heróis de Casa Forte, em nosso quartel aprendemos no hoje a defender a Pátria, a conduzir homens e a ser a voz civil do Exército na sociedade do amanhã”.

O referido brado externa a dimensão e a importância dos militares que são formados pelo Centro, sendo possível remontar ao período de ocupação holandesa na região e despertar no jovem a importância em defender a Pátria e a liderar homens, tornando, no futuro, a voz civil do Exército na sociedade.

Um fato curioso da sua história é que em 1993 o Colégio Militar do Recife, após ser reativado, passou a funcionar nas instalações do CPOR/R. Em outubro do mesmo ano, foram iniciadas as obras de construção do pavilhão, hoje ocupado pela Divisão de Ensino, com a finalidade de abrigar a 5ª série do Colégio e o Estágio Preparatório para Oficiais Temporários (EIPOT).

Em 2010, o CPOR/R passou por uma grande reformulação nas suas instalações, inicialmente com a inauguração do Complexo Desportivo e Social Heróis de Casa Forte, consistindo na construção da piscina, da área de lazer conhecida como “Terração” e construção do campo de futebol com grama sintética. Em seguida, em outra fase, foi construído o ginásio, cujo nome é uma homenagem a um combatente do Exército pertencente à Força Expedicionária Brasileira, o Maj Apollo Miguel Rezk.

Recentemente, em novembro de 2018, a Portaria Nr 1.833, de 5 NOV 18, do Comandante do Exército, concedeu a Denominação Histórica ao CPOR/R de “CENTRO HERÓIS DE CASA FORTE”, em alusão a uma das mais notáveis vitórias pernambucanas contra o domínio holandês, a Batalha de Casa Forte, ocorrida em 17 de agosto de 1645, travada no bairro onde hoje está localizado.

Por fim, ao completar 90 anos desde a sua criação, o CPOR/R se orgulha de manter acesos os valores e tradições do Exército Brasileiro junto à sociedade pernambucana. Os militares que fizeram parte dessa história, não apenas cumpriram a nobre missão de ter servido à nação brasileira por intermédio do Centro, mas também obtiveram a oportunidade de ser importante vetor de integração do Exército com a sociedade do amanhã.

Sobre o autor

O Maj Mesquita é Oficial de Infantaria oriundo da Academia Militar das Agulhas Negras. Possui os seguintes estágios, especialização e cursos: estágios de Escalador Militar, Segurança e Proteção de Autoridade, Adaptação e Operação na Caatinga, Avançado de Operações de Paz, Desarmamento e Desmobilização e Reintegração e Observador Militar das Nações Unidas;  capacitação em Planejamento Estratégico Organizacional, especialização em Gestão em Administração Pública e Bases Geo-Históricas para formulação Estratégica; e cursos de Gestão e Assessoramento de Estado-Maior e Básico Paraquedista. No exterior, foi instrutor da Escola de Aperfeiçoamento de Oficias do Exército Uruguaio, comandante de Pelotão de Operação de Paz e preparou o 2º contingente das Forças Armadas do Paraguai para a Missão de Paz no Haiti. Comandou a Companhia de Comando do Comando Militar do Nordeste. Foi instrutor chefe do Curso de Formação de Sargentos do 4º Batalhão de Polícia do Exército (4° BPE) e instrutor do Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB). Atualmente é o Chefe Divisão da de Pessoal do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Recife (CPOR/R).



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