No momento da manifestação dos carroceiros, a vereadora Ceci Protetora do (PP), e sua equipe, não se encontrava na Câmara Municipal, o que foi motivo de repúdio, sendo vaiada.
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| Fotos Sarah Matias/Blog Jornalismo Imparcial |
Montes Claros - MG - Na manhã desta quinta-feira (01/07), aconteceu uma manifestação pacífica em frente a Câmara Municipal de Montes Claros, onde se reuniram cerca de 200 carroceiros, para contrariar um projeto que visa a Substituição Gradativa da Tração Animal. A proposta é de autoria da vereadora Ceci Protetora (PP).
Os carroceiros alegam que a vereadora fez um compilado de vídeos, sendo parcial e tendenciosa, ao julgar que todos os carroceiros maltratam animais.Os manifestantes disseram ainda, que desde que a vereadora foi eleita, nunca foram ouvidos pela mesma, e que sequer receberam ajuda dela para custear algum medicamento ou outra coisa que pudesse suprir a necessidade do animal, que se precisar de algo, é do próprio bolso que arcam. Inclusive, registraram a indignação, pois muitos medicamentos que deveria ser fornecido pelos entes públicos, não é obtido com facilidade.
Todavia, eles disseram que todos os animais são bem tratados, recebem banho, água, alimentação e medicamentos quando necessário, e que são casos atípicos, quando acontece castigos imoderados, não compactuando com tal atitude.
Ainda foi citado pelo carroceiro, uma situação reportada em um vídeo mostrado pela vereadora, quando na realidade foi um acidente de trabalho, terminando sendo usado como articulação política, sem procurar conversar com o pai de família, que durante a pandemia continua trabalhando para não faltar o alimento, finalizou o entrevistado, Paulo Henrique.
Além disso, eles ressaltaram que o provento de seus lares é por meio da atividade com a tração animal, realizando a limpeza de vários lotes e entulhos espalhados pela cidade, e que sofrem com toda essa situação, humilhação, porque além de não conseguirem pagar o INSS por não ter reconhecimento profissional como carroceiros, sofrem novamente pelo fato da maioria dos carroceiros terem a escolaridade baixa, sendo a grande maioria analfabeta.
Ainda o Presidente da Associação de Carroceiros, José Aparecido Oliveira, informou, que 50% da classe dos profissionais que são associados, que chega a 522 pais de família, são analfabetos, não pagam INSS, e não houve diálogo para oferecer outros meios destes profissionais ganharem o pão de cada dia.
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| O carroceiro Paulo Henrique de 26 anos, que desde criança cresceu fazendo o serviço braçal, juntando entulhos, falou sobre as dificuldades da profissão e como a classe está desamparada, sendo vítima de preconceito e discriminação. |
Paulo Henrique, que exerce a função de carroceiro desde criança, também indignado, cobrou uma atitude imparcial da vereadora, antes dela julgar os profissionais pela sua baixa condição, e que se hoje tem o alimento na mesa da sua casa, deve ao trabalho pesado realizado durante a pandemia.
A manifestação foi bem movimentada, contando com a participação dos carroceiros, e seus fiéis companheiros de trabalho: a carroça e os animais.
A imprensa, acompanhou o movimento, assim como vereadores e assessores de Deputado Federal, que defendem a causa animal, mas que no momento, preferiram não se manifestar, ouviram as queixas dos carroceiros e acharam injusto o posicionamento da vereadora não ajudar a classe, procurando problemas aonde não tinha, e em off, disseram que não compraria a briga com uma classe trabalhadora, neste momento de pandemia.
Em contrapartida, no momento da manifestação pacifica, a vereadora Ceci Protetora (PP), que foi a criadora do projeto, e seus assessores não se encontravam na Casa Legislativa.
