O governo dos EUA ainda não detalhou como pretende implementar essa proposta ou quais seriam os próximos passos para viabilizá-la.
Da redação
(Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (9) que os EUA devem “possuir e assumir o controle de Gaza”, sugerindo que países do Oriente Médio poderiam ajudar na reconstrução da região. Segundo Trump, a situação atual da Faixa de Gaza é de completa destruição e o restante será demolido.
“Estou comprometido em comprar e possuir Gaza. Quanto à reconstrução, podemos permitir que outros Estados do Oriente Médio reconstruam partes dela, outras pessoas podem fazê-lo sob nossa supervisão. Mas estamos comprometidos em possuí-la, assumi-la e garantir que o Hamas não volte”, declarou Trump a jornalistas a bordo do Air Force One. Ele enfatizou que “não há nada para voltar”, descrevendo Gaza como um “canteiro de demolição”, onde tudo será derrubado antes da reconstrução.
Desde que reassumiu a presidência em 20 de janeiro, Trump tem sugerido a ideia de os Estados Unidos assumirem o controle de Gaza e liderarem um grande esforço de reconstrução. No entanto, até agora não esclareceu o destino dos palestinos que vivem na região, especialmente após mais de um ano de bombardeios israelenses em resposta ao ataque do Hamas em outubro de 2023.
A proposta gerou reações imediatas da comunidade internacional, com diversos países questionando sob qual autoridade os EUA reivindicariam Gaza. Além disso, líderes árabes e organizações de direitos humanos condenaram a ideia, classificando-a como uma tentativa de anexação ilegal e um risco para a estabilidade regional.
O presidente israelense, Isaac Herzog, afirmou que Trump deve se reunir com o presidente egípcio, Abdel Fattah el-Sisi, e possivelmente com o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, embora não tenha fornecido datas específicas para esses encontros.
O governo dos EUA ainda não detalhou como pretende implementar essa proposta ou quais seriam os próximos passos para viabilizá-la. A comunidade internacional segue acompanhando os desdobramentos.
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