Foto Ricardo Stuckert |
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Nesta quinta-feira (12/9), o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da cerimônia do (Manto Tupinambá), acompanhado por representantes da administração pública federal e uma comitiva Tupinambá com, aproximadamente, 170 pessoas que vieram de Olivença (BA) para se encontrar com o item sagrado. A Cerimônia ocorreu no Museu Nacional (na Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro).
A ida dos Tupinambá ao Rio de Janeiro foi possibilitada por uma articulação e um processo de escuta promovido pelo Ministério dos Povos Indígenas (MPI), que visitou Olivença e Serra do Padeiro, na Bahia, para dialogar com os indígenas e aproximá-los do Museu para que tivessem condições de realizar seus rituais e cumprir seus costumes em relação à vestimenta sagrada.
Entenda o caso
O manto Tupinambá tem quase 400 anos e estava fora do Brasil desde meados do século XVII. Permaneceu no Museu Nacional da Dinamarca por 335 anos. Desde que chegou ao Brasil, segue em um espaço de guarda, numa sala da Biblioteca Central do Museu Nacional preparada para garantir a sua preservação. O manto não está atualmente em exposição, mas será destaque, em 2026, na reabertura das exposições do Museu Nacional, no Paço de São Cristóvão.
O Assojaba Tupinambá (Manto Tupinambá) é uma vestimenta sagrada, utilizada em rituais e composta por penas de aves nativas.
A indumentária emplumada representa para o povo Tupinambá uma confluência entre a dimensão espiritual (os Encantados e os antepassados), o meio ambiente, a economia e a agroecologia e a transmissão de saberes. O manto é uma peça com cerca de 1,20 metro de altura, por 80 centímetros de largura. Considerado uma entidade sagrada pelos Tupinambá, é confeccionado (em sua maioria) com penas de guarás, mas também com plumas de papagaios, araras-azuis e amarelas. A peça teria sido levada à Europa por holandeses, por volta do ano de 1644. Foi doada pelo Museu Nacional da Dinamarca que, desde o ano de 1689, detém outras quatro peças como essa.
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