Com o exercício, a Companhia de Reação Rápida do CMN passa a compor o Sistema de Prontidão de Capacidades de Manutenção da Paz das Nações Unidas, estando apta para atuar em qualquer lugar do mundo.
“Essa é uma das missões mais nobres que um soldado pode vir a cumprir, por exigir um preparo especial, preocupação com a população e com o país em que está atuando. Isso não só na parte militar, mas também na parte civil, de entendimento dos acordos, do código de direitos que regem uma missão como essa”, destacou o Comandante da 23ª Brigada de Infantaria de Selva, General Veiga.
Uma exigência da ONU é a inclusão de pelo menos 9% de militares do segmento feminino no efetivo. Desta forma, 16 mulheres integram a Companhia, inclusive como comandantes de fração. Uma das participantes foi a Tenente Ávila, comandante do Pelotão de Apoio Logístico. Ela comentou sobre a participação das mulheres. “É uma oportunidade para mostrar que a gente consegue acompanhar as missões. Evoluímos fisicamente durante a semana, os exercícios foram eficientes. Então, estamos preparadas para carregar a nossa mochila e manejar o nosso fuzil como qualquer militar”.
A gestão do adestramento é da Divisão de Missão de Paz do Comando de Operações Terrestres (COTER) e a avaliação e certificação fica a cargo do Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB). “Esta certificação começou há alguns meses, quando equipes do CCOPAB vieram para Altamira e conduziram instruções para os comandantes de todos os níveis da Força de Reação Rápida e para o Estado-Maior, procurando incorporar nos treinamentos que eles já têm de operações na selva com o que a gente chama de ‘pacote azul’, que são as doutrinas da ONU. A Companhia foi muito bem. Percebemos um progresso do ano passado para cá, e hoje a gente pode dizer que o 51° BIS tem uma tropa que atinge e supera os padrões exigidos pela ONU no desdobramento em uma missão de paz”, esclareceu o Comandante do CCOPAB, Coronel Vaz.
De acordo com o Chefe de Missões de Paz, Aviação e Inspetor Geral de Polícias Militares do COTER, General Alexandre, a atividade vem contribuindo não só para desenvolver habilidades coletivas da tropa, mas também individuais. “A gente percebe que do ano passado para cá, muitos militares se interessaram em estudar outros idiomas, principalmente o inglês, visto que os documentos da ONU são em inglês. É interessante ver o crescimento e o empenho de todos os militares envolvidos”, ressaltou.
O Comandante Militar do Norte, General Guilherme, acompanhou alguns exercícios em campo, analisando o poder de reação das tropas diante de situações simuladas. “É uma tropa especializada de selva, então, as exigências são diferentes, existem vários tópicos a serem abordados e checados. É uma satisfação muito grande poder constatar o preparo e a dedicação dos integrantes dessa subunidade”, concluiu.
Comando Militar do Norte
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