Agentes federais apreenderam onze armas com criminosos: espingardas calibre 12mm, um fuzil e pistolas calibre .45, de uso restrito
Foto: MMA |
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As ministras do Meio Ambiente, Marina Silva, dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, e da Saúde, Nísia Trindade, foram a Boa Vista (RR) nesta segunda-feira (1/5), acompanhadas do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, da presidente da Funai, Joenia Wapichana, do secretário nacional de Segurança Pública, Francisco Tadeu de Alencar, do diretor para Amazônia da Polícia Federal, Humberto Freire, do diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Jair Schmitt, e do secretário especial de Saúde Indígena, Weibe Tapeba, entre outros (as) representantes do Governo Federal, para acompanhar de perto as investigações, onde três indígenas, foram baleados por garimpeiros, na região de Uxiu.
Entenda o caso
Euipes do Ibama e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram atacadas a tiros por garimpeiros quando realizavam uma ação de fiscalização em área de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami neste domingo (30/4), um dia após atentado contra indígenas que resultou na morte do agente de saúde Ilson Xirixana, de 36 anos, do Distrito Sanitário Indígena Yanomami (DSEIY).
Houve confronto na ação de domingo e quatro garimpeiros morreram, entre eles um foragido da Justiça no Estado do Amapá. Agentes federais apreenderam onze armas com criminosos: espingardas calibre 12mm, um fuzil e pistolas calibre .45, de uso restrito. Os corpos chegaram a Boa Vista na noite de domingo.
O ataque, ocorrido na região de Uiaiacás, é investigado pela Polícia Federal. Há indícios de que uma facção criminosa controla o garimpo em que houve o confronto. No sábado (29/4), três indígenas haviam sido baleados por garimpeiros na região de Uxiu - dois continuam internados. O ataque deste domingo é o quarto contra equipes do Ibama desde o início da retomada do território Yanomami, em 6 de fevereiro.
Além de Ibama e PRF, a operação para combater o garimpo ilegal tem participação da Polícia Federal, da Força Nacional de Segurança Pública, da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), das Forças Armadas e dos ministérios da Justiça, dos Povos Indígenas e da Defesa.
Em três meses de trabalho, foram destruídos 327 acampamentos de garimpeiros, 18 aviões, 2 helicópteros, centenas de motores e dezenas de balsas, barcos e tratores. Também foram apreendidas até o momento 36 toneladas de cassiterita, 26 mil litros de combustível, além de equipamentos usados por criminosos. Imagens de satélite apontam uma redução de cerca de 80% de áreas desmatadas para mineração de fevereiro a abril em relação ao mesmo período do ano anterior.
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