Montes Claros/MG - Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (10/05), o Comandante do 7º Batalhão do Corpo de Bombeiros, a Polícia Civil e Militar, se reuniram na 11ª Risp_Região Integrada de Segurança Pública, para falar sobre o caso, envolvendo o sargento do Corpo de Bombeiros que se entregou na noite de ontem (09/05), após ter confessado ser o assassino do tenente da mesma corporação, Rafael Alves Veloso, de 42 anos, na última sexta-feira 5 de maio.
O Sgto Anderson Pinheiro Neves, vai responder pelo crime de Homicídio Qualificado Consumado, podendo agravar a pena. Além disso, haverá a quebra do sigilo telefônico para averiguar as conversas do investigado. A esposa do autor também contribuiu para localizar o réu foragido. O investigado possuía porte de arma, estando esta devidamente regularizada.
DINÂMICA DOS FATOS
Em primeiro momento, o Coronel Julio Cesar Toffoli, Comandante Geral do 7º Batalhão relatou que foi averiguado as fichas internas, tanto da vítima como do autor, e nenhum dos dois tinham problemas relatados em trabalhos em conjunto, além do autor do crime não apresentar qualquer problema de saúde, seja físico ou psicológico, descartando a hipótese de problemas psicológicos, que foi amplamente compartilhado nas redes sociais.
O Coronel disse ainda, que será instaurado um inquérito na esfera militar, para apurar a conduta do sargento. Apesar disso, o militar não vai responder pelo crime de deserção, pois este não chegou a se consumar, e ainda reforçou que o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, faz exames anualmente e regularmente para averiguar a saúde dos militares na ativa, e que a própria corporação possui um carinho fraterno, de sempre estar atento aos colegas.
Sendo ainda um mistério, a real motivação que causou este crime bárbaro, chocando a sociedade. Entendendo a importância de esclarecer os fatos, para que possivelmente o militar seja demitido da corporação.
Ainda o militar depois de ser conduzido para a Delegacia da Polícia Civil na data de ontem 9 de maio, não esclareceu os fatos conforme esperado.
POLÍCIA CIVIL
Durante a coletiva, o delegado Bruno Rezende, responsável pela Delegacia de Homicídios, relatou que o autor teria ido de encontro na casa da vítima, no bairro Ibituruna, para "conversar" sobre um mal-entendido no trabalho. Contudo, 14 disparos foram desferidos contra o tenente, que não resistiu e veio a óbito, seguindo em fuga para local desconhecido.
Foi relatado, que no dia do fato, o autor saiu de sua residência mais cedo, e que sua esposa estranhou atitude. E depois de ter executado a sangue frio o 2º tenente BM_ Rafael Alves Veloso, de 42 anos, com sua própria arma pessoal, empreendeu fuga para Salvador na Bahia, retornando de ônibus para Montes Claros e se entregando espontaneamente orientado por seus advogados. A defesa do investigado entregou para a PCMG uma mochila que continha uma arma Taurus, calibre 380, cartuchos, dinheiro em espécie e medicamentos psiquiátricos. No entanto o delegado rebate a questão que o militar fazia uso de remédios, sendo uma estratégia de defesa, uma vez que o Comandante Geral do 7º Batalhão, deixou bem claro, que ambos os militares não tinham histórico em suas fichas internas, sendo desmentido todos os Fake News, tendenciosos contra a honra da vítima.
Neste primeiro momento, o réu deve ficar preso por 30 dias no 10º Batalhão de Polícia Militar, subordinado a 11ª Região da PMMG, podendo ser convertida para prisão preventiva.
Segue agora o início das investigações, ficando o réu, a disposição da Justiça. Após a conclusão do inquérito policial, o 7º Batalhão deve deve entrar com o processo de demissão do militar.
O Sgto Anderson, se condenado na vara criminal, pelo crime de Homicídio Qualificado, cometido com uso de arma de fogo, eleva a pena para 12 a 30 anos de reclusão.
A missa de Sétimo Dia, em prol do Tenente Rafael Alves Veloso, acontece dia 11 de maio, as 18;30 na Paróquia N. Sra. do Perpétuo Socorro, bairro Todos os Santos.
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