Em 10 de maio, data do nascimento do Marechal Manoel Luis Osorio, o Marquês do Herval, o Exército Brasileiro comemora o Dia da Arma de Cavalaria. Tramandaí (RS)_ No próximo sábado, dia 14 de maio, o Parque Histórico
Marechal Manoel Luis Osorio, será palco das comemorações do 214º Aniversário de
Nascimento do Patrono da Arma de Cavalaria. O evento está programado para acontecer as 10 horas da manhã.
Aberto ao público, o evento contará
com encenações sobre a vida do Marechal Osorio, desde a infância até a sua
participação em diversas batalhas ao longo da história nacional. Haverá também
demonstrações sobre a evolução da Cavalaria Brasileira. A organização é do 3º
Regimento de Cavalaria de Guarda, com o apoio do Comando Militar do Sul.
Em 10 de maio,
data do nascimento do Marechal Manoel Luis Osorio, o Marquês do Herval, o
Exército Brasileiro comemora o Dia da Arma de Cavalaria.
Nascido em
1808, na Vila de Nossa Senhora da Conceição do Arroio, atual município de
Tramandaí (RS), Manuel Luis Osorio, desde cedo, já demonstrava muito interesse
nas campanhas militares do pai, aprendendo a montar, a saltar, a domar e a
jogar o laço e as boleadeiras. Assentou praça aos 15 anos, na Cavalaria da
Legião de Tropas Ligeiras de São Paulo, tendo seu batismo de fogo à margem do
arroio Miguelete, em 1823, nas proximidades de Montevidéu, em um combate contra
a cavalaria portuguesa nas lutas pela independência.
No período de
1825 a 1827, participou das campanhas da Cisplatina quando, junto ao arroio
Sarandi, sob o comando de Bento Manuel, o Alferes Osorio combateu os orientais
à testa de seus lanceiros e se destacou por salvar a vida de seu comandante.
Tal fato ensejou o Coronel Bento Manuel a declarar: “Hei de legar-lhe a minha
lança, alferes, porque a levará aonde a tenha levado”. Lutou nas campanhas
contra Oribe e Rosas (1851-1852), destacando- se durante a Batalha de Monte
Caseros, ocorrida nos subúrbios de Buenos Aires, oportunidade em que, à frente
do 2º Regimento de Cavalaria, na vanguarda das tropas brasileiras, rompeu o
dispositivo inimigo, liderando decisivas operações de aproveitamento do êxito e
perseguição e sendo promovido a coronel no ano de 1852.
Em 1855, foi
nomeado para comandar a fronteira de São Borja quando, após a promoção a
brigadeiro-graduado, foi incumbido de organizar uma expedição para descobrir
ricos ervais no Alto-Uruguai, recebendo, como reconhecimento pelo sucesso da
missão, o título nobiliárquico do Marquês de Herval. Promovido a marechal
de campo no início da Guerra da Tríplice Aliança, Osorio vivenciou diversos
embates: Estero Bellaco, Tuiuti, Humaitá e, a maior das batalhas, Avaí, na qual
sofreu um grave ferimento no rosto. Mais tarde, deixou em definitivo a
campanha, forçado pela piora de sua saúde. De praça do Império a Ministro
da Guerra, galgou todos os postos da hierarquia militar até sua morte, em 4 de
outubro de 1879. O Marquês do Herval era modelo de soldado, líder e
cavalariano. Homem simples e nada aristocrático, conhecido por ser o possuidor
do “vício da bravura”, Osorio era dotado de liderança incomum sobre seus
subordinados, evidenciando em todas as suas ações coragem, espírito de corpo e
audácia diante do perigo, sendo, assim, cognominado de “O Legendário”.
Em 13 de março
de 1962, o Exército Brasileiro reconheceu seu valor e heroísmo e o eternizou,
por meio do Decreto nº 51.429, como o Patrono da Arma de Cavalaria.A Cavalaria
teve suas origens na idade antiga, no final do século V e início do século IV
antes de Cristo, com a finalidade de apoiar os infantes nas falanges gregas e
macedônicas, sofrendo inúmeras modificações ao longo do tempo. Tais
transformações tiveram início quando o homem deixou de combater somente a pé e
começou a lutar com o emprego de plataformas empurradas, inicialmente, pelo
próprio ser humano, mas, depois, por animais, tais como o camelo, o elefante e
o cavalo. Assim, uma nova forma de combater foi surgindo, que influía no
emprego de tropas nas mais diversas batalhas que ocorreram em várias partes do
mundo. Persas, árabes, mongóis, francos, alemães, ingleses e indianos, entre
outros povos, colocavam a “Arma Ligeira” em destaque nos seus exércitos.
No Ocidente,
durante a Idade Média, somente os nobres podiam se tornar cavaleiros e, durante
as batalhas campais, havia condutas e normas que deviam ser adotadas e
respeitadas. Honra, glória e nobreza são aspectos que, desde aquela época,
conformam a Arma, tanto nas suas atividades de emprego militar, como na
convivência entre seus integrantes. Inicialmente, foram utilizadas
plataformas empurradas pelos próprios soldados e, posteriormente, carros de
guerra tracionados por asnos selvagens, elefantes, camelos e cavalos. O
incremento na mobilidade, na posição superior e no poder de choque motivou a
larga utilização dessas plataformas por grandes guerreiros como Alexandre, o
Grande; Aníbal; Átila; e Gengis-Khan.
Do emprego
dessas plataformas dominantes, surgiu um novo modo de combater, origem do que,
mais tarde, seria chamado de Cavalaria: nominação herdeira do termo sânscrito
AKVA, que significava combater em vantagem de posição.Arma das “lanças
cruzadas”, das lendárias cargas, do destemor no campo de batalha, a Cavalaria
rejubila-se de haver recebido a alcunha de “Arma de Heróis”. Notáveis líderes
militares contribuíram com a história nacional e da Cavalaria: Marechal José
Pessoa Cavalcante de Albuquerque, reformulador do ensino militar, idealizador
da Academia Militar das Agulhas Negras e pioneiro na inserção dos
blindados no Brasil; General José Joaquim de Andrade Neves, o Barão do Triunfo,
combateu em diversas campanhas, sendo contra Solano Lopes a mais destacada;
General Plínio Pitaluga, comandante do 1º Esquadrão de Reconhecimento da Força
Expedicionária Brasileira; Tenente Antônio João, o Herói de Dourados, que
resistiu até a morte frente à invasão do solo pátrio pelo Exército Paraguaio; e
Osorio, o Legendário.
Desde a última
carga a cavalo em embates no Passo do Guedes (Santana do Livramento – RS) até
os dias atuais, a Cavalaria tem-se modernizado para atender à fugacidade do
combate multidimensional moderno. Os cascos foram trocados por pneus e
lagartas, possibilitando multiplicar a mobilidade, o poder de choque, a
potência de fogo, a proteção blindada e a capacidade de empregar comunicações
amplas e flexíveis.
No Brasil, a
Cavalaria modificou-se profundamente na década de 1960. Com o Acordo Militar
Brasil – Estados Unidos da América, os regimentos foram dotados dos mais
modernos materiais blindados da América do Sul à época. No início deste século,
o Exército adquiriu novos carros de combate, como o M 60 A3 TTS
(norte-americano), o Leopard 1A1 (alemão, de procedência belga) e, mais
recentemente, o Leopard 1A5 e as viaturas Lince (italianas), essas últimas para
o uso inicial na Intervenção Federal no Rio de Janeiro, em
2018. Atualmente, a Cavalaria está estruturada em três tipos: a de
guarda, responsável por operações de defesa interna, cerimoniais militares e
missões de representação do Exército; a mecanizada, caracterizada
pela mobilidade e pelo poder de fogo, possibilitando executar missões
de reconhecimento e segurança; e, por fim, a blindada, que é altamente
capacitada na operação das novas plataformas de combate e tem como fundamento o
emprego combinado dos carros de combate e dos fuzileiros blindados, com a
finalidade precípua de destruir o inimigo pelo poder de fogo de seus canhões e
pela capacidade de manobra. Ela realiza missões relativas à defesa da Pátria,
além de combater ilícitos transnacionais apoiada por projetos tecnológicos como
COBRA, SISFRON e GUARANI. Também é empregada na garantia da lei e da ordem e no
apoio à Defesa Civil, contribuindo com a sociedade brasileira. Tais atividades
da “Arma Ligeira”, concomitantemente com ações conjuntas entre as Armas,
Quadros e Serviços, são fundamentais para que a Força Terrestre execute suas
missões com êxito, contribuindo para a defesa da Pátria.
Nobres
cavalarianos, na data em que homenageamos seu legendário patrono, que a
liderança, o espírito agressivo, o patriotismo, a coragem, a lealdade e a
bravura sejam o apanágio de suas condutas, mantendo vivos os valores, as raízes
e as mais caras tradições da “Arma Ligeira” com a absoluta certeza de que SEMPRE
HAVERÁ UMA CAVALARIA!
*Com informação Exército Brasileiro
Tramandaí (RS)_ No próximo sábado, dia 14 de maio, o Parque Histórico Marechal Manoel Luis Osorio, será palco das comemorações do 214º Aniversário de Nascimento do Patrono da Arma de Cavalaria. O evento está programado para acontecer as 10 horas da manhã.
Aberto ao público, o evento contará
com encenações sobre a vida do Marechal Osorio, desde a infância até a sua
participação em diversas batalhas ao longo da história nacional. Haverá também
demonstrações sobre a evolução da Cavalaria Brasileira. A organização é do 3º
Regimento de Cavalaria de Guarda, com o apoio do Comando Militar do Sul.
Em 10 de maio,
data do nascimento do Marechal Manoel Luis Osorio, o Marquês do Herval, o
Exército Brasileiro comemora o Dia da Arma de Cavalaria.
Nascido em
1808, na Vila de Nossa Senhora da Conceição do Arroio, atual município de
Tramandaí (RS), Manuel Luis Osorio, desde cedo, já demonstrava muito interesse
nas campanhas militares do pai, aprendendo a montar, a saltar, a domar e a
jogar o laço e as boleadeiras. Assentou praça aos 15 anos, na Cavalaria da
Legião de Tropas Ligeiras de São Paulo, tendo seu batismo de fogo à margem do
arroio Miguelete, em 1823, nas proximidades de Montevidéu, em um combate contra
a cavalaria portuguesa nas lutas pela independência.
No período de
1825 a 1827, participou das campanhas da Cisplatina quando, junto ao arroio
Sarandi, sob o comando de Bento Manuel, o Alferes Osorio combateu os orientais
à testa de seus lanceiros e se destacou por salvar a vida de seu comandante.
Tal fato ensejou o Coronel Bento Manuel a declarar: “Hei de legar-lhe a minha
lança, alferes, porque a levará aonde a tenha levado”. Lutou nas campanhas
contra Oribe e Rosas (1851-1852), destacando- se durante a Batalha de Monte
Caseros, ocorrida nos subúrbios de Buenos Aires, oportunidade em que, à frente
do 2º Regimento de Cavalaria, na vanguarda das tropas brasileiras, rompeu o
dispositivo inimigo, liderando decisivas operações de aproveitamento do êxito e
perseguição e sendo promovido a coronel no ano de 1852.
Em 1855, foi
nomeado para comandar a fronteira de São Borja quando, após a promoção a
brigadeiro-graduado, foi incumbido de organizar uma expedição para descobrir
ricos ervais no Alto-Uruguai, recebendo, como reconhecimento pelo sucesso da
missão, o título nobiliárquico do Marquês de Herval. Promovido a marechal
de campo no início da Guerra da Tríplice Aliança, Osorio vivenciou diversos
embates: Estero Bellaco, Tuiuti, Humaitá e, a maior das batalhas, Avaí, na qual
sofreu um grave ferimento no rosto. Mais tarde, deixou em definitivo a
campanha, forçado pela piora de sua saúde. De praça do Império a Ministro
da Guerra, galgou todos os postos da hierarquia militar até sua morte, em 4 de
outubro de 1879. O Marquês do Herval era modelo de soldado, líder e
cavalariano. Homem simples e nada aristocrático, conhecido por ser o possuidor
do “vício da bravura”, Osorio era dotado de liderança incomum sobre seus
subordinados, evidenciando em todas as suas ações coragem, espírito de corpo e
audácia diante do perigo, sendo, assim, cognominado de “O Legendário”.
Em 13 de março
de 1962, o Exército Brasileiro reconheceu seu valor e heroísmo e o eternizou,
por meio do Decreto nº 51.429, como o Patrono da Arma de Cavalaria.A Cavalaria
teve suas origens na idade antiga, no final do século V e início do século IV
antes de Cristo, com a finalidade de apoiar os infantes nas falanges gregas e
macedônicas, sofrendo inúmeras modificações ao longo do tempo. Tais
transformações tiveram início quando o homem deixou de combater somente a pé e
começou a lutar com o emprego de plataformas empurradas, inicialmente, pelo
próprio ser humano, mas, depois, por animais, tais como o camelo, o elefante e
o cavalo. Assim, uma nova forma de combater foi surgindo, que influía no
emprego de tropas nas mais diversas batalhas que ocorreram em várias partes do
mundo. Persas, árabes, mongóis, francos, alemães, ingleses e indianos, entre
outros povos, colocavam a “Arma Ligeira” em destaque nos seus exércitos.
No Ocidente,
durante a Idade Média, somente os nobres podiam se tornar cavaleiros e, durante
as batalhas campais, havia condutas e normas que deviam ser adotadas e
respeitadas. Honra, glória e nobreza são aspectos que, desde aquela época,
conformam a Arma, tanto nas suas atividades de emprego militar, como na
convivência entre seus integrantes. Inicialmente, foram utilizadas
plataformas empurradas pelos próprios soldados e, posteriormente, carros de
guerra tracionados por asnos selvagens, elefantes, camelos e cavalos. O
incremento na mobilidade, na posição superior e no poder de choque motivou a
larga utilização dessas plataformas por grandes guerreiros como Alexandre, o
Grande; Aníbal; Átila; e Gengis-Khan.
Do emprego
dessas plataformas dominantes, surgiu um novo modo de combater, origem do que,
mais tarde, seria chamado de Cavalaria: nominação herdeira do termo sânscrito
AKVA, que significava combater em vantagem de posição.Arma das “lanças
cruzadas”, das lendárias cargas, do destemor no campo de batalha, a Cavalaria
rejubila-se de haver recebido a alcunha de “Arma de Heróis”. Notáveis líderes
militares contribuíram com a história nacional e da Cavalaria: Marechal José
Pessoa Cavalcante de Albuquerque, reformulador do ensino militar, idealizador
da Academia Militar das Agulhas Negras e pioneiro na inserção dos
blindados no Brasil; General José Joaquim de Andrade Neves, o Barão do Triunfo,
combateu em diversas campanhas, sendo contra Solano Lopes a mais destacada;
General Plínio Pitaluga, comandante do 1º Esquadrão de Reconhecimento da Força
Expedicionária Brasileira; Tenente Antônio João, o Herói de Dourados, que
resistiu até a morte frente à invasão do solo pátrio pelo Exército Paraguaio; e
Osorio, o Legendário.
Desde a última
carga a cavalo em embates no Passo do Guedes (Santana do Livramento – RS) até
os dias atuais, a Cavalaria tem-se modernizado para atender à fugacidade do
combate multidimensional moderno. Os cascos foram trocados por pneus e
lagartas, possibilitando multiplicar a mobilidade, o poder de choque, a
potência de fogo, a proteção blindada e a capacidade de empregar comunicações
amplas e flexíveis.
No Brasil, a
Cavalaria modificou-se profundamente na década de 1960. Com o Acordo Militar
Brasil – Estados Unidos da América, os regimentos foram dotados dos mais
modernos materiais blindados da América do Sul à época. No início deste século,
o Exército adquiriu novos carros de combate, como o M 60 A3 TTS
(norte-americano), o Leopard 1A1 (alemão, de procedência belga) e, mais
recentemente, o Leopard 1A5 e as viaturas Lince (italianas), essas últimas para
o uso inicial na Intervenção Federal no Rio de Janeiro, em
2018. Atualmente, a Cavalaria está estruturada em três tipos: a de
guarda, responsável por operações de defesa interna, cerimoniais militares e
missões de representação do Exército; a mecanizada, caracterizada
pela mobilidade e pelo poder de fogo, possibilitando executar missões
de reconhecimento e segurança; e, por fim, a blindada, que é altamente
capacitada na operação das novas plataformas de combate e tem como fundamento o
emprego combinado dos carros de combate e dos fuzileiros blindados, com a
finalidade precípua de destruir o inimigo pelo poder de fogo de seus canhões e
pela capacidade de manobra. Ela realiza missões relativas à defesa da Pátria,
além de combater ilícitos transnacionais apoiada por projetos tecnológicos como
COBRA, SISFRON e GUARANI. Também é empregada na garantia da lei e da ordem e no
apoio à Defesa Civil, contribuindo com a sociedade brasileira. Tais atividades
da “Arma Ligeira”, concomitantemente com ações conjuntas entre as Armas,
Quadros e Serviços, são fundamentais para que a Força Terrestre execute suas
missões com êxito, contribuindo para a defesa da Pátria.
Nobres
cavalarianos, na data em que homenageamos seu legendário patrono, que a
liderança, o espírito agressivo, o patriotismo, a coragem, a lealdade e a
bravura sejam o apanágio de suas condutas, mantendo vivos os valores, as raízes
e as mais caras tradições da “Arma Ligeira” com a absoluta certeza de que SEMPRE
HAVERÁ UMA CAVALARIA!
*Com informação Exército Brasileiro
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