A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) esclarece que serão apuradas todas as condutas de servidores que contrariam determinação judicial ou recomendações do Ministério Público de Minas Gerais no tocante à paralisação de atividades ou no que diz respeito a comportamentos inadequados e inaceitáveis durante as manifestações das forças de segurança, realizadas em Belo Horizonte.
Belo Horizonte/MG_ Nesta
quarta-feira (9), durante as manifestações das Forças de
Segurança Pública, que
cobram recomposição salarial do governo de Minas, os jornalistas
da TV Band, Laura França e Caio Tárcia, foram alvos de
ataques de manifestantes da Segurança na
Praça da Estação em Belo Horizonte.
POSICIONAMENTO BAND MINAS - POLICIAIS SOLTAM BOMBA E FEREM REPÓRTER
A repórter Laura França, da TV
Band Minas, teve de ser socorrida após uma bomba estourar do lado da
profissional durante a cobertura da manifestação das forças de segurança
pública na praça da Estação, em Belo Horizonte. Segundo relato de profissionais
da imprensa presentes no protesto, apesar do pedido dos organizadores para os
manifestantes não soltarem bombas, os agentes da segurança pública presentes no
protesto ignoram o comando e continuam a explodir os artefatos durante o
trajeto. Além das bombas, vários policiais, contrariando decisão da Justiça,
protestam armados. A Band repudia a atitude dos manifestantes e cobra da
Polícia Militar o acompanhamento do protesto, garantindo a segurança dos
envolvidos, inclusive dos profissionais da imprensa. A emissora também exige
responsabilidade das categorias envolvidas no ato e solicita o acompanhamento
do caso pelo governo de Minas, pelo Ministério Público e pelo Tribunal de
Justiça de Minas Gerais (TJMG).
O sindicatos dos Jornalistas
Profissionais de Minas Gerais, também emitiu uma nota repudiando os ataques de
bombas contra os jornalistas.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJMPG) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiam mais uma violência sofrida por jornalistas em manifestações dos policiais e cobram do governo do estado, do Ministério Público e da própria Polícia Civil que os fatos sejam apurados e os responsáveis punidos. Hoje (9/3), durante manifestação dos policiais por melhorias salariais, no centro da capital mineira, uma equipe da Band Minas foi ferida e hostilizada. No último dia 25/2, uma equipe da TV Globo foi cercada, xingada e hostilizada, também durante a manifestação dos policiais, e teve que deixar o local.
Durante o ato,
enquanto trabalhava na cobertura, a repórter Laura França, da TV Band Minas,
foi ferida por uma bomba e sofreu um trauma auditivo, após o artefato estourar
do seu lado. O repórter Caio Tárcia, da Band News, também foi alvo de uma bomba
lançada contra ele quando seguia acompanhando a manifestação. Por sorte não foi
atingido, mas foi hostilizado e xingado durante a cobertura e teve que deixar o
ato.
Laura vai passar
por exames nesta tarde para avaliar a extensão do trauma e Caio para apurar se houve
algum dano. Os dois estão sendo assistidos pelo comando da emissora, que
divulgou uma nota repudiando a atitude dos manifestantes e cobrando da Polícia
Militar o acompanhamento do protesto, garantindo a segurança dos envolvidos,
inclusive dos profissionais da imprensa. A emissora também exigiu
responsabilidade das categorias envolvidas nas agressões e o acompanhamento do
caso pelo governo de Minas, Ministério Público e Justiça.
O SJPMG e a
Fenaj também querem garantia de segurança para os jornalistas em atos da
polícia e que os casos envolvendo os jornalistas da Band e do Globo sejam
rigorosamente apurados e severamente punidos. É inaceitável que as forças de
segurança do estado ajam com violência e hostilidade para impedir o trabalho da
imprensa.
Urge uma ação
efetiva do estado e suas instituições para coibir casos como esses. Sem punição
firme para casos como esses a violência contra jornalistas vai seguir crescendo
de maneira vertiginosa, colocando em risco não somente a vida dos trabalhadores
da notícia, mas também a liberdade de imprensa no Brasil. A violência contra
jornalistas é um ameaça à sociedade e à democracia. Exigimos apuração.
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