terça-feira, 28 de setembro de 2021

Reunião na Câmara Municipal de Montes Claros é marcada por polêmicas durante votação de projetos nesta terça-feira 28/9.

Campanha “Junho Arco-Íris” e o dia Municipal do Orgulho LGBTQIA+ no calendário oficial do município de Montes Claros, não foi aprovado

Imagem Sarah Matias/Blog Jornalismo Imparcial
Sarah Matias/Diana Maia

Montes Claros - MG - Nesta terça-feira (28/9), aconteceu mais uma reunião na Câmara Municipal de Montes Claros, com o objetivo de votação de algumas pautas apresentadas pelos vereadores.

Dentre elas, estava o Projeto de Legislação nº 48/2021 – da Vereadora Cecília Meireles (PP), que institui a Campanha “Junho Arco-Iris” e o dia Municipal do Orgulho LGBTQIA+ no calendário oficial do município de Montes Claros.

A proposta apresentada pela vereadora gerou muitas polêmicas, já que algumas pessoas que são contra a ideia, estavam fora da Câmara, manifestando suas opiniões contrárias. Tinha algumas pessoas que apoiavam a proposta da vereadora presentes no momento, mas que não era permitida a entrada, mesmo estando o auditório apenas com um público de seis pessoas.

Porém, o que marcou de fato, foi o posicionamento dos vereadores que votaram contra. Muitos deles alegaram que não poderiam aprovar porque não foi feito uma Audiência Pública, ou mesmo, por serem pastores de diversas denominações não poderiam aprovar algo que iria contra os princípios cristãos, como manifestou o vereador de primeiro mandato o bispo Stalin Cordeiro (PODE).

Mas a pergunta que muitos faziam era: afinal, a Casa Legislativa é a casa do povo ou uma assembleia geral dos associados cristãos? Algumas pessoas entendem que ninguém é obrigado a fazer algo que não queira, com justificativa de seu posicionamento, mas a utilização de posicionamento religioso para embasar uma justificativa incomodou algumas pessoas.

Ao final da votação deste e de demais projetos, uma das poucas pessoas que conseguiu entrar na área interna da Câmara, que leva a planária, se pronunciou, ficando decepcionada não pelos votos contrários em si,mas que muitos dos vereadores que são representantes do povo utilizaram suas denominações religiosas para "justificar" a recusa.Mostrando parcialidade por parte dos vereadores.

Votaram a favor da proposta o vereador Daniel Dias (PC do B), Ceci Protetora (PP), Marlus do Independência (PT) e Professora Iara Pimentel (PT). Os vereadores Eldair Samambaia (PSD) e Igor Dias (PSL) tiveram Abstenção do voto.

Além disso, um questionamento feito por muitas pessoas foi a questão de a população não ter o livre acesso à Câmara Municipal, já que basicamente a maior parte do comércio voltou as atividades.

Como justificativa, a Câmara alega que é necessário agendar com qualquer um dos gabinetes a qual for sua demanda, mas ainda assim, pessoas sentem dificuldade com esse mecanismo.



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