Até o momento duas pessoas foram presas por crimes ambientais
Divulgação SSPAM |
Diana Maia com informação junto a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas
Manaus/AM_ Desde agosto a operação Tamoiotatá, realizada pelo Governo do Amazonas nos municípios de Apuí, Humaitá, Lábrea e Boca do Acre, fiscalizou 41 áreas e aplicou mais de R$ 8,8 milhões em multas por crimes ambientais. Além das áreas vistoriadas, mais de 3 mil hectares foram embargados pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). A ação acontece no sul do Amazonas com o objetivo de combater o desmatamento e as queimadas.
A força-tarefa da Operação Tamoiotatá está atuando com 312 pessoas, sendo servidores do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) e da Força Nacional de Segurança, que integra as ações do Estado por meio da Operação Guardiões do Bioma; Polícia Civil (PC-AM), Polícia Militar (PMAM), Defesa Civil, Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).
Além das áreas vistoriadas, mais de 3 mil hectares foram embargados pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). A ação acontece no sul do Amazonas com o objetivo de combater o desmatamento e as queimadas.Por determinação do governador Wilson Lima, a operação foi reforçada com o início do período de queimadas. Com isso, o secretário de Segurança, general Mansur, articulou a duplicação do efetivo policial empregado na operação, permitindo maior capacidade de atuação nas áreas sob o risco de queimadas e outros crimes ambientais.
Durante a operação, duas pessoas foram presas por crimes ambientais. As equipes apreenderam duas armas de fogo calibre 12 e 28, sete motosserras, 21 munições intactas, três tratores, duas balsas com 200 metros cúbicos de madeira ilegal, além de galões de gasolina e galões de óleo queimando. A partir de análises de focos de calor por imagens de satélite, 26 ocorrências de incêndios foram combatidas pelos bombeiros. Os dados são do dia 17 de agosto a 19 de setembro.
Em Apuí, os agentes de fiscalização vistoriaram oito áreas com identificação de desmatamento ilegal, sendo uma delas o ramal vicinal Três Irmãos. Em outro ponto, as equipes verificaram situação de desmatamento em vicinais próximas ao ramal. Os responsáveis pelas propriedades foram intimados a comparecer na sede do Ipaam para os procedimentos cabíveis.
Já em Humaitá, as equipes fiscalizaram seis locais alvos de denúncias de desmatamento ilegal. No município, os agentes vistoriaram uma área na comunidade Realidade, que estava sendo desmatada com uso de fogo. O proprietário foi multado em R$ 4,7 milhões e vai responder a procedimentos administrativos.
Incêndios
No município de Humaitá, em uma das ocorrências monitorada por imagens de satélite, no dia 23 de agosto, um homem de 57 anos foi autuado em flagrante pelos crimes de desmatamento ilegal e queima ilegal. Com ele, as equipes apreenderam uma motosserra Stihl MS 650. A área de focos combatida se estendia por aproximadamente 9 quilômetros.
Prisões
Na BR-319, comunidade Santa Luzia, no município de Humaitá, um homem de 34 anos foi preso em flagrante em posse de arma de fogo de calibre 28 com 14 munições intactas. Além disso, foram apreendidas duas motosserras sem documentação. A prisão ocorreu no dia 4 de setembro.
Já no dia 3 de setembro, na BR-319, também município de Humaitá, um homem de 46 anos foi detido por crime ambiental. Durante as diligências, os policiais apreenderam uma arma de fogo calibre 12, sete munições intactas e duas motosserras.
As bases da ação estão localizadas em Apuí, Humaitá e Lábrea, ampliando a cobertura contra a degradação ambiental na região sul do Amazonas, considerada de maior vulnerabilidade no estado para crimes contra o meio ambiente relacionado à grilagem, uso irregular de terras, extração ilegal de madeira e garimpo.
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