sexta-feira, 18 de junho de 2021

PCMG prende um homem de alta periculosidade por homicídio, suspeito de liderar uma facção criminosa na capital

Belo Horizonte/MG

Um indivíduo de alta periculosidade, indiciado em nove homicídios e investigado em outros quatro, é um dos presos pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) na terceira fase da operação 5º Mandamento. O homem, de 34 anos, é apontado como líder de uma facção criminosa atuante no bairro Novo das Indústrias, região do Barreiro, capital. Contra ele já constam duas condenações judiciais pelo crime de homicídio, somando uma pena de 36 anos de reclusão. Ele estava foragido desde abril de 2019 e foi localizado em Buritizeiro, no Norte de Minas.

Conforme conta a chefe do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegada Letícia Gamboge, outras cinco pessoas dessa organização criminosa também foram presas nas últimas duas semanas, em razão do homicídio de um homem, de 22 anos, ocorrido no dia 20 de dezembro do último ano. Levantamentos apontam que a vítima foi morta por estar vendendo drogas em área dominada pelo grupo investigado. “Com isso, nós fechamos o cerco contra essa criminalidade violenta no bairro Novo das Indústrias, no Barreiro”, destaca Gamboge.

O chefe da Divisão Especializada em Investigação de Crimes Contra a Vida (DICCV), delegado Frederico Abelha, explica que o suspeito de 34 anos era “um dos alvos mais procurados do Barreiro, devido a periculosidade e a quantidade de crimes cometidos por ele”. Ainda segundo o delegado, nesse último homicídio, do dia 20 de dezembro, a vítima teria sido morta com 13 tiros disparados pelas costas.Durante os trabalhos policiais, foram apreendidos um veículo e celulares.

Homicídio

Câmeras de segurança flagraram a movimentação dos suspeitos, no dia do crime, em dois carros diferentes. Por meio do trabalho de inteligência policial, foi possível identificar que a vítima estaria vendendo drogas em uma rua sem saída quando dois integrantes do grupo o surpreenderam. “O resultado dessa investigação é muito importante porque, no mesmo inquérito, conseguimos identificar o líder, o gerente e os executores do homicídio. Podemos afirmar que a quadrilha está, momentaneamente, desarticulada”, frisa o delegado Alexandre Oliveira, que coordenou as investigações. Ele ainda destaca o fato de um dos executores, de 27 anos, ter sido morto pelos próprios comparsas, em uma possível ‘queima de arquivo’.

Grupo de alta periculosidade 

“Eu o conheço desde 2012, quando iniciei investigação sobre ele. O primeiro indiciamento de homicídio dele foi realizado por mim, assim como os demais [indiciamentos]. Em uma dessas apurações, ele me ameaçou de morte. É um homem extremamente perigoso”, relata o delegado Alexandre Oliveira sobre o homem de 34 anos, suspeito de liderar o grupo.Todos os homicídios envolvendo integrantes dessa organização criminosa estão relacionados ao tráfico de drogas ou por vingança.



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