sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Operação Data Broker_ Polícia Civil cumpre mandados contra organização criminosa suspeita de aplicar golpes por aplicativos de comunicação

Em Montes Claros, também foi cumprido dois mandados por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC)
Divulgação PC

Diana Maia com informação da PC/GO
dianamaiah@hotmail.com
A Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), deflagrou, na manhã desta sexta-feira (04), a Operação Data Broker. A ação teve como objetivo desarticular organização criminosa especializada na prática de fraudes através de aplicativos de mensagem. Para tanto, estão sendo cumpridos sete mandados de busca e apreensão nos estados do Goiás e de Minas Gerais.
A Operação contou com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Coordenação Geral de Combate ao Crime Organizado/Diretoria de Operações/Secretaria de Operações Integradas), especialmente na busca de elementos informativos coletados em ambientes virtuais, com indícios suficientes de autoria e materialidade delitiva. Durante as investigações, ficou demonstrada a participação de faccionados de uma organização criminosa na prática delitiva.
Os presos criavam perfis fakes no aplicativo de mensagens WhatsApp, utilizando-se de imagens e identificação de médicos, dentistas, promotores de justiça e juízes, e enviavam mensagens para os familiares próximos destes. Após a troca de algumas mensagens amistosas, o criminoso solicitava depósito de valores em contas de terceiros. O acesso às informações dos parentes da vítima era realizado por meio de bancos de dados ilegais disponibilizados na internet, plataformas sem regras específicas para a liberação de acesso aos serviços prestados.
Os criminosos utilizavam infraestruturas de venda ilegal de dados por meio dos quais buscavam números telefônicos de pessoas próximas da vítima. Em atendimento à representação da Polícia Civil de Goiás, o Poder Judiciário determinou o bloqueio desses serviços ilegais, com a respectiva exclusão dos sites abusivos em todo o território nacional. Os mandados foram expedidos por ordem da juíza Placidina Pires, da Vara dos Feitos Relativos a Organizações Criminosas e Lavagem de Capitais do Estado do Goiás.
Os sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos em quatro endereços de Goiânia e, com apoio da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária, também numa ala da Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia. Além disso, também foram realizadas buscas em dois endereços localizados na cidade mineira de Montes Claros, onde os mandados tiveram auxílio da Polícia Civil de Minas Gerais para cumprimento.


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