A droga,
estava escondida dentro de material feito de borracha que imita bolachas
recheadas. Encomenda enviada via Sedex tinha até mesmo essência para tentar
burlar a segurança
Diana Maia_ Blog Jornalismo Imparcial
Montes Claros/MG_ No fim da tarde dessa quinta-feira 2/7, policiais penais do Presídio Regional de Montes Claros/Norte de Minas, interceptaram maconha, dentro de réplicas bem
elaboradas de biscoitos recheados de chocolate. A encomenda, foi enviada a um
custodiado via Sedex, tinha até mesmo cheiro de biscoitos, já que o remetente
aplicou essência de canela na embalagem para tentar impedir as ações de
segurança e fazer com que os policiais penais não abrissem o pacote.
A apreensão, mais uma vez, revela que o
modus operandi para tentar burlar o sistema de segurança está cada vez mais
sofisticado e criativo. Como protocolo de segurança, todos os itens
encaminhados aos internos passam por revista rigorosa. Neste caso, os policias
penais abriram a embalagem e perceberam que no lugar de biscoitos, havia
réplicas quase perfeitas da iguaria, feita de borracha e, no lugar do recheio,
que supostamente deveria ser de chocolate, estavam escondidos os ilícitos.
Foram apreendidos 40 tabletes da substância.
Os materiais foram encaminhados para a
delegacia de Polícia Civil, responsável pela investigação criminal. O familiar,
remetente do ilícito, tem a autorização de visitação suspensa por seis meses e,
também, fica impedido de enviar outros pertences pelo mesmo período.
Segundo o diretor-geral do Departamento
Penitenciário de Minas Gerais, da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança
Pública (Sejusp), Rodrigo Machado, é preciso executar a todo o momento a
repressão ao crime, incluindo o tráfico ilícito de drogas. “Os nossos policiais
penais trabalham em sintonia com os setores de Inteligência para compreender a
dinâmica criminal e efetuar o trabalho preventivo e repressivo com êxito. As
operações de revistas são rotineiras nas nossas unidades prisionais. O objetivo
é sempre coibir ao máximo a entrada e a permanência de materiais ilícitos no
interior dos estabelecimentos penais. Acredito que estamos conseguindo realizar
um excelente trabalho. O fruto dessas apreensões significa resultado positivo
de um trabalho bem sucedido", avalia Machado.
Sobre o envio de itens via postal
A Sejusp, por meio do Departamento
Penitenciário de Minas Gerais, informou ao Blog Jornalismo Imparcial, quê, como medida de prevenção e controle da
disseminação da covid-19 no ambiente prisional, suspendeu as visitas nas 194
unidades prisionais para diminuir a circulação de pessoas externas nos
estabelecimentos penais. Os kits suplementares contendo alimentos, remédios
entre outros itens, que antes da pandemia eram entregues pessoalmente, agora
podem ser entregues apenas via postal para evitar a circulação de materiais
contaminados. Destaca-se que esses itens continuam sendo fornecidos pelas
unidades prisionais e recebidos, ainda, via Correios. Todos os kits enviados
por meio postal são inspecionados, por questões de segurança, e estando em
conformidade com a legislação, são entregues aos presos.