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O Governo do Amazonas está adotando uma série de medidas para reorganizar o fluxo de serviços em unidades de saúde de urgência e emergência que têm recebido pacientes suspeitos do novo coronavírus (Covid-19). Com o crescimento rápido no número de casos em Manaus, principalmente pelo descumprimento das regras de isolamento social, a Secretaria de Estado de Saúde (Susam) criou um grupo técnico para dar suporte administrativo nas unidades, adotou um novo sistema de identificação de pacientes e busca ampliar a contratação de pessoal de apoio, como maqueiros.
As medidas definidas pelo Comitê de Crise do Covid-19, que reúne diariamente representantes dos órgãos de governo envolvidos em ações de enfrentamento ao Covid-19, visam, sobretudo, garantir o abastecimento das unidades, melhorar a gestão de leitos e também a organização interna dos serviços, incluindo os cuidados pós-morte.
Entre as medidas anunciadas está a criação de um sistema de identificação de pacientes com uma pulseira padrão, escrita com caneta de marcação permanente, para que seja possível acompanhar o atendimento e, em caso de óbito, facilitar a identificação no momento de liberação do corpo para a família das vítimas. Também foi iniciado processo para contratação de recursos humanos, principalmente maqueiros, para atuar no manejo de pacientes dentro das unidades, bem como na destinação de corpos antes da liberação para família.
Foi criado um grupo de trabalho, composto por técnicos da Susam, Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM) e a Central de Medicamentos do Amazonas (Cema), que farão visitas diárias em todas as unidades, para acompanhar as necessidades e encaminhá-las para pronta resposta.
“As unidades tinham um fluxo estabelecido, mas que precisa ser mudado diante da excepcionalidade imposta pelo avanço do novo coronavírus. Para que possamos agilizar respostas às necessidades, o governo está fortalecendo essas unidades com equipe técnica para acompanhar todo o fluxo interno, o cumprimento das normas de acondicionamento e liberação de corpos, bem como a questão do abastecimento de insumos, EPIs, e, sobretudo, a gestão de leitos”, explica o governador Wilson Lima, que diariamente tem se reunido com os gestores de várias áreas de governo para avaliar as situações apresentadas na rotina dos hospitais.
O comitê vem dando suporte à Susam na gestão da crise. A secretaria sofre toda a pressão pela oferta de leitos na rede pública. Diferente de outras capitais, o Município de Manaus não tem participação na oferta de leitos de urgência e emergência nem de média e alta complexidade.
As 14 unidades de urgência e emergência, entre prontos-socorros, SPAs e até as UPAs, são do Estado, que tem ainda os hospitais Delphina Aziz e Nilton Lins para internações. Mais recentemente, o Governo precisou firmar parceria com o Hospital Getúlio Vargas, e tem pedido mais ajuda do Governo Federal para poder fazer frente às demandas.