Manaus/AM_Neste final de semana na capital metropolitana em Manaus, o foco dos holofotes da imprensa, foi juíza plantonista Luciana da Eira Nasser, que ganhou muitos elogios, sendo considerada nas redes sociais, grupos policiais e em toda região de norte a sul, como a Juiza justiceira, após revogar a prisão que sua colega magistrada Ana Paula Braga, liberou em audiência de custódia, três criminosos, suspeitos da morte do sargento reformado Luís Carlos da Silva Castro, morto na última quarta-feira (19).
De imediato, a Polícia Civil do Estado do Amazonas, em uma força tarefa, de cumprir a justiça, solicitou no sábado (22), a prisão preventiva do trio, Joelson Ferreira Soares, Marcley Moraes de Souza e Charles Sanches Morais, uma vez que um dos suspeitos, era foragido da justiça, e que no momento estava sendo procurado.
No plantão deste sábado (22), a juiza Luciana da Eira Nasser, após avaliar a situação, revogou a prisão dos suspeitos, solicitando de imediato a prisão dos homens.
Um dos suspeitos, com medo da "justiça do povo", se entregou voluntariamente na madrugada deste domingo (23).
Nos grupos militares, e nas redes sociais, a atitude da magistrada foi comemorada.
"É isso que a Justiça precisa fazer. Defender o cidadão”.
Destacada pelo trabalho no 2º Juizado Especializado no Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Luciana é conhecida entre os colegas pela grande capacidade de trabalho. Na Vara ela teve de encarar os desafios de um País com uma legislação ultrapassada e uma Lei que muitas vezes privilegia o criminoso. “Nossa falha é a morosidade para se conseguir punir de forma mais rápida o agressor. Se conseguíssemos pôr um fim no ciclo de violência logo no início desse processo, o agressor nunca mais ia bater em ninguém”, disse a juíza, já em 2014.
Luciana da Eira Nasser demonstra, não apenas na decisão que tomou sábado (22), mas durante toda a trajetória de sua carreira, o espírito público que um servidor deve ter. Nos processos contra homens agressores, ela também se indignou com a morosidade da polícia. “O atendimento nas delegacias demora muito. De um B.O (Boletim de Ocorrência) até o agressor ser ouvido pela polícia leva uns 20 dias. E isso é muito tempo. Para a mulher vítima de agressão é um perigo. Não podemos esperar todo esse tempo”, afirmou a magistrada, mostrando que faz muito mais do que um trabalho burocrático.