quinta-feira, 2 de maio de 2019

Homenagem ao Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, considerado o Patrono das Comunicações no país


No dia 5 de maio, comemora-se o Dia Nacional das Comunicações, uma homenagem ao Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, considerado o Patrono das Comunicações no país, sendo um dos principais responsáveis pela disseminação dos sistemas de comunicação no Brasil.
Nascido em 5 de maio em 1865, em berço humilde no estado do Mato Grosso,  descendente de índios e órfão, formou-se na escola normal em Cuiabá e, ainda muito jovem, demonstrou interesse e dedicação pelos estudos. Aos dezesseis anos, optou pela carreira das armas, ingressando na Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro.
Em sua trajetória como aluno, desenvolveu robusta capacidade acadêmica e científica, amparada na filosofia positivista, impulsionadora de suas ações durante toda sua vida, em particular quanto à perspectiva de desenvolvimento nacional aplicado aos segmentos populacionais mais vulneráveis.
Ainda jovem oficial, Rondon destacou-se nas missões de construção de linhas telegráficas, particularmente em seu estado natal, onde percebia as dificuldades e a importância de uma efetiva integração do oeste brasileiro às demais regiões do país, àquela época pouco desbravado.
Assim, naquele cenário desafiador, enfrentou inúmeras adversidades, tais como o terreno acidentado e de difícil progressão, as enfermidades às quais os membros de sua equipe eram expostos e a carência de recursos materiais e financeiros. A superação dessas dificuldades, graças à sua liderança participativa e ao seu espírito determinado, fez dele um exemplo de conduta altruísta para os homens de qualquer tempo.
Os trabalhos pioneiros, conduzidos sob severas condições, tornaram-se referência nas delimitações territoriais e nos mapeamentos geográficos de vastas áreas não exploradas da Amazônia. Humanista e patriota, Rondon dedicou atenção especial à situação dos povos indígenas, procurando protegê-los e integrá-los à realidade do país, respeitando suas crenças e raízes ancestrais. Essa atitude única foi sintetizada e eternizada pelo lema que adotou para suas expedições: “Morrer, se preciso for! Matar, nunca!”.
Ao longo dos anos, até o final da década de 1920, tais posturas e feitos, amplamente registrados nas épicas expedições exploratórias e para a construção de linhas telegráficas que contavam com sua participação e liderança, angariaram um prestigiado reconhecimento internacional, inclusive com uma indicação para o Prêmio Nobel da Paz em 1957.
Aos 90 anos de idade, por Lei Especial, Rondon recebeu o título de Marechal, vindo a falecer três anos mais tarde, em fevereiro de 1958, na cidade do Rio de Janeiro. Sua carreira e vida, inspiradoras e honradas, merecidamente o elevaram à justa condição de Patrono da Arma de Comunicações do Exército Brasileiro.
A Arma de Comunicações integra as ligações necessárias entre os escalões do comando em tempo de paz e de guerra. Sua atuação, essencial em todos os níveis de comando, define a função de suporte ao processo decisório e, por essa razão, é a “Arma do Comando” no Exército Brasileiro.
A história dos conflitos bélicos levou a perceber a necessidade de comunicação entre o comandante e as tropas, essencial fator para a vitória. A partir do uso pioneiro do telégrafo em campanha pelo Marquês de Caxias na campanha da Tríplice Aliança, passando pela criação da 1ª Companhia de Transmissões, junto à Força Expedicionária Brasileira na 2ª Guerra Mundial, e seguindo pelos inúmeros empregos em forças de paz, a Arma de Comunicações desempenha papel de relevância inquestionável no que concerne à ligação do comandante às tropas desdobradas em operações.
Atualmente, o controle do espectro eletromagnético, realizado por meio das atividades de Guerra Eletrônica e das ações de Defesa Cibernética, exige do militar de Comunicações aprimoramento constante a fim de acompanhar a evolução da tecnologia e da doutrina de emprego dessas capacidades em prol da Força Terrestre.
Comunicantes, orgulhem-se do seu passado de glória e sigam com ardor as trilhas do seu Patrono, instalando, explorando, protegendo e mantendo sistemas confiáveis de comunicações para o bom cumprimento da missão do Exército.
Rondon!

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