Diana Maia/Jornalismo Imparcial
A Justiça Criminal de 1º Instância, no final do mês de abril/2018, proferiu a sentença dos envolvidos na "Operação Vaccari" , deflagrada, pela Delegacia Antidrogas em fevereiro de 2017, quando foram apreendidos mais de duzentos quilos de drogas, além de vários veículos, dinheiro e munições.
Os réus, Tarsísio Alves de Souza, Marcus Vinícius Alves Mesquita, Rudson Fernandes Mendes e Paulo Guilherme Santos Araújo, foram condenados no Tráfico de drogas e Associação para tráfico de drogas, sendo que os dois últimos foram condenados ainda por porte de munição de uso restrito.
O réu, Tarsísio Alves de Souza, foi também condenado em Lavagem de Dinheiro, por *Nove vezes, o que representa precedente importante na apuração e repressão de crimes relacionados ao Tráfico de Drogas, se tornando a primeira condenação referente aos crimes da Lei 9.613/98 (Lavagem de Valores), cuja investigação foi iniciada pela Delegacia Especializada Antidrogas. As penas somadas ficaram da seguinte forma: RUDSON, foi condenado a 11 anos de Reclusão, Paulo Guilherme 11 anos de Reclusão, Marcus Vinícius 08 anos de Reclusão, e Tarsísio 17 anos, 03 meses e 20 dias de Reclusão.
A decisão judicial indicou ainda o perdimento dos veículos apreendidos em favor da União, muitos dos quais já tiveram sua utilização deferida nos autos, sendo depositados judicialmente para uso nas atividades de segurança pública e atualmente integram a frota de veículos da Polícia Civil de Minas Gerais.
Dinâmica da Operação Vaccari, como tudo aconteceu, ano de 2017
Exatamente no dia 17 de fevereiro de 2017, a Polícia Civil de Minas Gerais, (PCMG), efetuou umas das maiores apreensões de drogas em Montes Claros, na época foram arrecados 200 quilos de maconha, equivalendo a um patrimônio de um milhão, retirado do poder de criminosos.
O líder da facção, conhecido como Tarcísio Vaccari, natural de São Paulo, juntamente com os demais integrantes da organização criminosa, eram os responsáveis, por abastecer toda a região do Norte de Minas vendendo drogas no varejo e atacado.
A quadrilha ostentava luxo e poder na região, o líder não possuía residência fixa, a Polícia Civil, informou que todos os dias o mesmo se hospedava em um hotel de luxo.
No dia, que comemorava o seu aniversário (16.05), foi surpreendido pelos agentes da Polícia Civil. No esquema, a quadrilha utilizava veículos roubados como moeda de troca no Paraguai e também da aquisição de veículos para lavar o dinheiro proveniente do tráfico.
Na operação, a Polícia Civil neutralizou um laboratório com equipamentos utilizados para refinamento de crack, localizado a 11 quilômetros de Montes Claros.
Foram apreendidos no local aproximadamente 200 quilos de maconha, crack, nove veículos, um Jet-ski, munição calibre 45, além de todos os equipamentos utilizados no refinamento dos narcóticos.
A apreensão é fruto da investigação das atividades de uma quadrilha que atuava com o refinamento de drogas, importando material base do Paraguai para o Brasil e, após manipulação, redistribuindo para a região de Montes Claros.
No dia 22 de maio de 2017, foi incinerada os 200 quilos de droga da Operação Vaccari, na presença do Ministério Público, Imprensa e Vigilância Sanitária.
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